Questões Militares
Sobre acentuação gráfica: proparoxítonas, paroxítonas, oxítonas e hiatos em português
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Podemos dizer que o TEXTO II foi escrito antes desse acordo ser homologado ao observar como está grafada a palavra
Sobre o texto II, responda à questão.
Sobre o texto 5, responda o item.
TEXTO 5
Leia as afirmações abaixo sobre a tirinha de Garfield, texto 5:
I - Posicionando o adjetivo “terrível” antes do substantivo “encontro”, a ideia expressa por John, no primeiro balão, sofrerá alteração.
II - Se substituirmos o pronome “dele” por “sua”, no terceiro quadrinho, a fala de John tornar-se-á ambígua.
III - A palavra “nós”, no segundo quadrinho da tira, recebe acento gráfico pelo mesmo motivo que “trenós”.
Está(ao) correta(s):
O monumento do centro da metrópole foi construído há décadas. Seu criador, quando o construíu, quis levá-lo para a perifería, mas foi legalmente impedido. Compulsóriamente, o artista acatou a decisão.
Analise as afirmativas abaixo e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).
( ) “As andorinhas fizeram um vôo incomum”. O acento da palavra em destaque é obrigatório porque está sobre vogal tônica com terminação “oo (s)”.
( ) “O estranho é perceber que as novas comissárias têm medo de avião”. É obrigatório o uso de acento circunflexo sobre o verbo em destaque porque está na terceira pessoa do plural.
( ) “A feiúra é algo relativo e depende do ponto de vista de cada um”. O vocábulo em destaque é acentuado por possuir vogal tônica “u” em hiato, após um ditongo.
( ) “Semana passada, João não pôde sair de casa, mas agora pode”. A forma verbal destacada está incorretamente acentuada, visto que não há mais acento diferencial.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.
O apanhador de desperdícios
Uso a palavra para compor meus silêncios.
Não gosto das palavras
fatigadas de informar.
Dou mais respeito
às que vivem de barriga no chão
tipo água pedra sapo.
Entendo bem o sotaque das águas
Dou respeito às coisas d es importantes
e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas mais que a dos mísseis.
Tenho em mim um atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo.
Sou um apanhador de desperdícios;
Amo os restos
como as boas moscas.
Queria que a minha voz tivesse um formato de canto.
Porque eu não sou da informática:
eu sou da invencionática.
Só uso a palavra para compor meus silêncios.
(Manoel de Barros)
Fonte:<http://recantodas/>
Sobre a Escrita...
Meu Deus do céu, não tenho nada a dizer. O som
de minha máquina é macio.
Que é que eu posso escrever? Como recomeçar a anotar frases? A palavra é o meu meio de comunicação. Eu só poderia amá-la. Eu jogo com elas como se lançam dados: acaso e fatalidade. A palavra é tão forte que atravessa a barreira do som. Cada palavra é uma ideia. Cada palavra materializa o espírito. Quanto mais palavras eu conheço, mais sou capaz de pensar o meu sentimento.
Devemos modelar nossas palavras até se tornarem o mais fino invólucro dos nossos pensamentos. Sempre achei que o traço de um escultor é identificável por uma extrema simplicidade de linhas. Todas as palavras que digo - é por esconderem outras palavras
Qual é mesmo a palavra secreta? Não sei é porque a ouso? Não sei porque não ouso dizê-la? Sinto que existe uma palavra, talvez unicamente uma, que não pode e não deve ser pronunciada. Parece-me que todo o resto não é proibido. Mas acontece que eu quero é exatamente me unir a essa palavra proibida. Ou será? Se eu encontrar essa palavra, só a direi em boca fechada, para mim mesma, senão corro o risco de virar alma perdida por toda a eternidade. Os que inventaram o Velho Testamento sabiam que existia uma fruta proibida. As palavras é que me impedem de dizer a verdade.
Simplesmente não há palavras.
O que não sei dizer é mais importante do que o que eu digo. Acho que o som da música é imprescindível para o ser humano e que o uso da palavra falada e escrita são como a música, duas coisas das mais altas que nos elevam do reino dos macacos, do reino animal, e mineral e vegetal também. Sim, mas é a sorte às vezes.
Sempre quis atingir através da palavra alguma coisa que fosse ao mesmo tempo sem moeda e que fosse e transmitisse tranquilidade ou simplesmente a verdade mais profunda existente no ser humano e nas coisas. Cada vez mais eu escrevo com menos palavras. Meu livro melhor acontecerá quando eu de todo não escrever. Eu tenho uma falta de assunto essencial. Todo homem tem sina obscura de pensamento que pode ser o de um crepúsculo e pode ser uma aurora.
Simplesmente as palavras do homem.
(Clarice Lispector)
Fonte: contobrasileiro.com.br/sobre-a-escrita-conto-declarice-lispector/
O apanhador de desperdícios
Uso a palavra para compor meus silêncios.
Não gosto das palavras fatigadas de informar.
Dou mais respeito
às que vivem de barriga no chão
tipo água pedra sapo.
Entendo bem o sotaque das águas
Dou respeito às coisas desimportantes
e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade das tartarugas mais que a dos mísseis.
Tenho em mim um atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo.
Sou um apanhador de desperdícios;
Amo os restos
como as boas moscas.
Queria que a minha voz tivesse um formato de canto.
Porque eu não sou da informática:
eu sou da invencionática.
Só uso a palavra para compor meus silêncios.
(Manoel de Barros)
Fonte:<http://recantodas/>
O apanhador de desperdícios
Uso a palavra para compor meus silêncios.
Não gosto das palavras
fatigadas de informar.
Dou mais respeito
às que vivem de barriga no chão
tipo água pedra sapo.
Entendo bem o sotaque das águas
Dou respeito às coisas desimportantes
e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas mais que a dos mísseis.
Tenho em mim um atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo.
Sou um apanhador de desperdícios:
Amo os restos
como as boas moscas.
Queria que a minha voz tivesse um formato de canto.
Porque eu não sou da informática:
eu sou da invencionática.
Só uso a palavra para compor meus silêncios.
(Manoel de Barros)
Fonte:<http://recantodas/>
Texto 1
Sobre a Escrita...
Meu Deus do céu, não tenho nada a dizer. O som
de minha máquina é macio.
Que é que eu posso escrever? Como recomeçar a
anotar frases? A palavra é o meu meio de comunicação.
Eu só poderia amá-la. Eu jogo com elas como se lançam
dados: acaso e fatalidade. A palavra é tão forte que
atravessa a barreira do som. Cada palavra é uma ideia.
Cada palavra materializa o espírito. Quanto mais palavras
eu conheço, mais sou capaz de pensar o meu sentimento.
Devemos modelar nossas palavras até se
tornarem o mais fino invólucro dos nossos pensamentos.
Sempre achei que o traço de um escultor é identificável
por uma extrema simplicidade de linhas. Todas as
palavras que digo - é por esconderem outras palavras.
Qual é mesmo a palavra secreta? Não sei é
porque a ouso? Não sei porque não ouso dizê-la? Sinto
que existe uma palavra, talvez unicamente uma, que não
pode e não deve ser pronunciada. Parece-me que todo o
resto não é proibido. Mas acontece que eu quero é
exatamente me unir a essa palavra proibida. Ou será? Se
eu encontrar essa palavra, só a direi em boca fechada,
para mim mesma, senão corro o risco de virar alma
perdida por toda a eternidade. Os que inventaram o Velho
Testamento sabiam que existia uma fruta proibida. As
palavras é que me impedem de dizer a verdade.
Simplesmente não há palavras.
O que não sei dizer é mais importante do que o
que eu digo. Acho que o som da música é imprescindível
para o ser humano e que o uso da palavra falada e escrita
são como a música, duas coisas das mais altas que nos
elevam do reino dos macacos, do reino animal, e mineral e
vegetal também. Sim, mas é a sorte às vezes.
Sempre quis atingir através da palavra alguma
coisa que fosse ao mesmo tempo sem moeda e que fosse
e transmitisse tranquilidade ou simplesmente a verdade
mais profunda existente no ser humano e nas coisas.
Cada vez mais eu escrevo com menos palavras. Meu livro
melhor acontecerá quando eu de todo não escrever. Eu
tenho uma falta de assunto essencial. Todo homem tem
sina obscura de pensamento que pode ser o de um
crepúsculo e pode ser uma aurora.
Simplesmente as palavras do homem.
(Clarice Lispector)
Fonte: contobrasileiro.com.br/sobre-a-escrita-conto-declarice-iispector/