Questões Militares
Sobre encontros vocálicos: ditongo, tritongo, hiato em português
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Texto 4
Texto 4
Galvão Bertazzi. Folha de São Paulo, 20.8.24.
Texto 1
O seu CD favorito
Em sua enquete de domingo, há duas semanas, a Folha perguntou ao leitor: "Qual é o seu CD favorito? Você ainda tem exemplares físicos?". Seguiram-se 18 respostas. Li-as atentamente, fazendo uma tabulação de orelhada, apurei o seguinte.
Dos 18 discos citados, há apenas três de artistas brasileiros: Sandy & Junior, Marisa Monte e o Clube da Esquina. Três em 18. Não sei explicar essa desnacionalização do nosso gosto musical. Em outros tempos seriam citados Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Jorge Ben Jor, Wilson Simonal, Rita Lee, Elis Regina, Maria Bethânia, Gal Costa, Beth Carvalho, Clara Nunes, Fagner, Ney Matogrosso e outros, para ficarmos apenas nos artistas de grande vendagem e prestigio. Talvez fosse uma questão de idade - os leitores, certamente mais jovens, já não se identificariam com aqueles nomes, todos dos anos 60 e 70.
Mas, ao observar quais os discos estrangeiros, veem-se George Harrison, Bonnie Tyler, Iron Maiden, Pink Floyd, Queen, os Bee Gees e os Beatles, todos igualmente dos anos 60 e 70, e Madonna, o Tears for Fears e o Destruction, dos anos 80. A caçula das referências é a pop-punk Avril Lavigne, que já tem mais de 20 anos de carreira. Duas citações surpreendentes são o cantor folk-rock-country Kenny Rogers e a orquestra do francês Paul Mauriat, que vieram dos pré-diluvianos anos 50. Não se trata, pois, de uma questão de idade.
Nem de género musical porque, se os roqueiros ingleses e americanos predominam, os brasileiros estão conspicuamente ausentes — ninguém falou em Blitz, Titãs, Legião Urbana, RPM, Paralamas, Sepultura, Gang 90 & Absurdettes, Lobão e os Ronaldos. Ninguém se lembrou de Raul Seixas. E, em outra área, nem de Roberto Carlos, Waldick Soriano, Nelson Ned, Agnaldo Timóteo.
Onze dos 18 leitores ainda escutam "exemplares físicos". Há algo de errado aí - não se diz que ninguém mais quer saber deles?
CASTRO, Ruy. Folha de São Paulo, 20.6.24.

( ) A palavra “Republicana" é formada por um processo de derivação parassintética. Ela deriva do substantivo “público” pela adição do prefixo “Re-” e do sufixo “-ana”.
( ) O acento gráfico na palavra “Polícia” se justifica por ser uma paroxítona com ditongo crescente.
( ) Em “Corpo de Guardas Municipais Permanentes”, a palavra “permanentes” exerce função de um adjetivo.
( ) Na palavra “Dragões” em Dragões Del Rei nas Minas predomina a figura de linguagem denominada “Prosopopeia”.
Marque a alternativa que contém a sequência de respostas CORRETAS, na ordem de cima para baixo:
I - a) De acordo com a morfologia, as palavras “não”, “mais” e “desses” são classificadas, respectivamente, como: advérbio, conjunção e pronome. b) A palavra “treinamento” apresenta um sufixo nominal designativo de ação.
II - a) A translineação da palavra “atendente” pode ser “a-tendente” ou “aten-dente”. b) A cedilha é uma notação léxica colocada sobre a letra “c”, a fim de obter o fonema /s/ antes das vogais “a”, “o” e “u" como na palavra “organização”.
III - a) As palavras “sem” e “tem” apresentam encontros vocálicos. b) As palavras “você” e “abacaxí” são acentuadas porque são vocábulos oxítonos terminados em “e” fechado e em “i”.
Há, pelo menos, uma assertiva CORRETA em:
Quando encontra uma presa, o guepardo sai em disparada. Se demora muito para pegá-la, acaba desistindo, porque tem necessidade de descansar. Dependendo do esforço, ele vai tentar de novo no dia seguinte. Mas a verdade era que nosso felino estava furioso: era a quinquagésima vez que a zebra lhe dava um baile.


I. As palavras infortúnios (linha 1) e incêndios (linha 2) recebem acento gráfico porque são, ambas, paroxítonas terminadas em ditongo decrescente. II. A palavra mediterrânea (linha6) é classificada como polissílaba, além de apresentarem sua estrutura dois dígrafos e um hiato. III. Oplural de herbácea-arbustiva (linha 7) é herbácea-arbustivas, uma vez que essa palavra composta é constituída de dois adjetivos.
Pode-se concluir que
Texto IV
No terceiro quadrinho, a personagem menciona duas noções gramaticais: “ditongo” e “paroxítona”.
O vocábulo que exemplifica essas duas noções é
Lusco-fusco
Da alcova na penumbra andavam flutuando
Em tênue confusão fantasmas indecisos,
Gerados ao fulgor da luz reverberando
Nos límpidos cristais e nos dourados frisos.
Era como um sabbat fantástico e nefando!
Das velhas saturnais talvez tivesse uns visos
A enorme projeção das sombras vacilando
Esguias e sutis sobre os tapetes lisos.
Havia no ambiente uns mórbidos perfumes;
Os bronzes, biscuits, se olhavam com ciúmes
Nos dunkerques, de pé, por dentro das redomas.
Enquanto eu, sem temor, ao lado de uma taça,
Um conto oriental relia entre a fumaça
Dum charuto havanês de excêntricos aromas.
CARVALHO JÚNIOR, Francisco Antônio.
Disponível em: https://periodicos.ufes.br/reel/article/
view/3474/2742. Acesso em: 12 ago. 2021.
Leia:
Desde os cinco anos merecera eu a alcunha de ‘menino do diabo’; e verdadeiramente não era outra coisa; fui dos mais malignos do meu tempo, arguto, indiscreto, traquinas e voluntarioso. (Machado de Assis)
Em relação aos encontros vocálicos existentes no texto, é
correto afirmar que
Analise as afirmativas abaixo e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).
( ) “As andorinhas fizeram um vôo incomum”. O acento da palavra em destaque é obrigatório porque está sobre vogal tônica com terminação “oo (s)”.
( ) “O estranho é perceber que as novas comissárias têm medo de avião”. É obrigatório o uso de acento circunflexo sobre o verbo em destaque porque está na terceira pessoa do plural.
( ) “A feiúra é algo relativo e depende do ponto de vista de cada um”. O vocábulo em destaque é acentuado por possuir vogal tônica “u” em hiato, após um ditongo.
( ) “Semana passada, João não pôde sair de casa, mas agora pode”. A forma verbal destacada está incorretamente acentuada, visto que não há mais acento diferencial.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.
Analise as afirmativas propostas e, em seguida, escolha a alternativa correta:
I. As palavras mãe, ontem, chão e bem apresentam ditongos nasais.
II. As palavras baixo, jeito, chapéu e tesouro apresentam ditongos orais crescentes.
III. Os vocábulos área, dieta, mágoa e série possuem ditongos orais decrescentes.
“Hei de vencer. Hei de vencer. Hei de vencer” –
como o mantra da autoajuda pode te derrotar
Daniel Martins de Barros
O mantra da autoajuda, de visualizar o sucesso, é um passo para o fracasso. Felizmente, existem alternativas para nos motivar sem prejudicar o desempenho.
Uma das técnicas mais ensinadas por gurus da autoajuda diz que, para alcançar um objetivo, nós temos que visualizar nosso sucesso. Se conseguirmos nos ver no alto do pódio, ou na cadeira de chefe, tirando uma nota dez que seja, essas metas são alcançadas, já que o cérebro se convence do seu sucesso de antemão. Uma versão sofisticada do velho mantra “Hei de vencer”. Muito interessante. Pena que não funciona.
Quando pesquisadores resolveram testar a ideia perceberam que tais técnicas não eram apenas inúteis, eram prejudiciais. Alunos que “visualizavam” boas notas acreditavam mesmo que iriam bem nas provas, e por isso mesmo deixavam de estudar. Resultado? Bomba! Pessoas em dieta que se imaginavam resistindo bravamente aos alimentos calóricos caíam mais nas tentações do que aqueles que eram instruídos a lembrar que a carne é fraca.
Mas nem tudo está perdido. Existem sim técnicas motivacionais que podem nos levar a melhorar nossa performance. O segredo é o foco. Vale recitar mantra ou tentar a visualização, mas em vez de se voltar para o resultado final, é importante pensar no processo. Um estudo on-line com mais de quarenta mil pessoas testou diferentes abordagens. O desafio era um jogo de atenção e velocidade, no qual tinham que clicar nos números de 1 a 36, embaralhados numa matriz de 6×6, na sequência correta. Para aumentar a pressão, o jogo era contra um oponente (na verdade, um software, mas os voluntários não sabiam disso). Diversas intervenções foram testadas, mas as que melhoraram o desempenho dos jogadores foram as que os instruíam a visualizar (ou recitar para si mesmos) não o resultado, mas os processos ou os outcomes (que em inglês mais do que resultado, traz a noção de consequência, desenlace). A instrução com foco no processo era “Quero que você se veja jogando, sabendo que dessa vez você pode reagir mais rapidamente”. Note que a ênfase está na velocidade de reação, em vez de no resultado dela. Já para o outcome era “Quero que você se veja jogando, e se imagine batendo o score anterior” Novamente, não basta se ver “vencendo”, mas melhorando em relação ao esforço anterior.
Dizem que tudo o que a gente pode pensar já foi descoberto na Grécia Antiga. Bom, se é verdade que ter certeza da vitória nos leva a colocar menos esforço na tarefa (aumentando as chances de derrota), e se está provado que o foco tem que ser no processo e não no resultado, então, mil anos atrás, Esopo já havia ensinado essa lição. Nem todos irão concordar comigo, mas essa parece ser uma moral possível de se tirar da fábula sobre a lebre e a tartaruga, na qual a ligeira lebre perde uma corrida para a lerda tartaruga. Acreditando na vitória fácil, ela cai no sono, enquanto a tartaruga vence por manter o foco no esforço. As lições da fábula variam muito, desde “Quanto maior a pressa, pior a velocidade”, até “O sucesso depende de usar os talentos, não apenas de tê-los”. Mas nós bem poderíamos acrescentar: “Quem acredita que a vitória é certa, certamente acaba derrotado”.
Adaptado de: http://vida-estilo.estadao.com.br/blogs/daniel-martinsde-barros/hei-de-vencer-hei-de-vencer-hei-de-vencer-como-o-mantra-da-autoajuda-pode-te-derrotar/
Referente aos excertos “O mantra da autoajuda, de visualizar o sucesso, é um passo para o fracasso.” e “Quero que você se veja jogando, sabendo que dessa vez você pode reagir mais rapidamente”, é correto afirmar que há dígrafo em “mantra”, “sucesso”, “Quero” e “dessa” e há ditongo decrescente em “mais”.
Dígrafo é o grupo de duas letras formando um só fonema. Ditongo é a combinação de uma
vogal com uma semivogal, ou vice-versa, na mesma sílaba. Nas palavras “também” e “ontem”,
observa-se que há, para cada palavra, respectivamente,
Leia:
“Diante dos fatos marcantes da infância, eu não podia acreditar na inocência de meu pai.”
As palavras podia e pai apresentam, respectivamente,
(Obs.: Os acentos gráficos foram retirados propositadamente.)