Questões Militares Sobre funções da linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética. em português

Foram encontradas 91 questões

Q1663183 Português
Sobre os textos V e VI, assinale a alternativa INCORRETA.
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Q1662138 Português
Considerando os elementos visuais e verbais do texto V e VI, é correto afirmar que
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Q1646127 Português
No segundo parágrafo do texto (linhas 4-6), predomina a função da linguagem
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Q1613967 Português

A questão se refere ao texto a seguir.


O pai do herói autista


1. O canadense David Shore é o criador da série The Good Doctor, cujo personagem é Shaun Murphy, um médico dividido entre seus tormentos pessoais e a capacidade extraordinária de salvar vidas. Com o excelente Freddie Highmore na pele de um jovem cirurgião autista, a série, constituída de vários episódios, caiu nas graças dos brasileiros. Em parte da entrevista transcrita a seguir, Shore fala sobre os desafios para fazer de um autista um personagem tão pop.


2. Um diferencial de The Good Doctor é dar ao espectador a sensação de ver o mundo como um autista. Por que essa preocupação com as filigranas sensoriais? Não queria que as pessoas simplesmente vissem um autista na tela, mas que pudessem se identificar com ele e se colocassem no lugar de Shaun para poderem entendê-lo e amá-lo. Shaun não é perfeito, mas é o nosso herói, e ele tenta superar seus desafios com destemor. Queria que o público embarcasse nessa jornada de superação.


3. Como as pessoas com autismo e seus familiares têm reagido à série? Criaram-se expectativas. Foi muito gratificante. Havia nervosismos por parte da comunidade autista antes de a série ir ao ar, mas as respostas foram emocionantes e acolhedoras. Infelizmente existe muita conversa sobre diversidade na televisão, mas a realidade dos autistas nunca tinha sido abordada o suficiente. Eu sabia do risco de não agradar a todos, mas me sinto bem por ter feito um personagem como Shaun. Tenho orgulho dele.


4. Shaun enfrenta percalços como a falta de confiança dos pacientes e o desprezo dos colegas de profissão. Autistas que tentam trabalhar de forma regular vivem problemas semelhantes? Sim. Alimentei-me de muitas leituras e informações sobre isso. Os autistas enfrentam preconceitos, suposições, julgamentos injustos e prematuros. Todos nós, em alguma medida, encaramos desafios e somos julgados o tempo todo. Mas é um processo mais extremo para Shaun, sem dúvida. E o fato de ele não ficar para baixo nunca é uma das coisas mais inspiradoras para mim. Ele exibe uma atitude tão saudável que nos ensina a viver bem a vida.


Veja. 18 set. 2019, edição nº 2652, p. 110-101. Adaptado.

O texto O pai do herói autista apresenta partes de uma entrevista feita com o canadense David Shore, criador de The Good Doctor, uma série televisiva atual.
Considerando-se a entrevista como um gênero textual que circula, geralmente, na esfera jornalística, preencha as lacunas a seguir.
A entrevista é um texto _______________ cujo objetivo primordial é o de transmitir ao leitor _______________ e informações de uma pessoa conhecedora do assunto abordado. Nas perguntas feitas, o entrevistador apresenta a ideia essencial que _______________ o pensamento do entrevistado. É feita oralmente e depois transcrita para publicação, quando se suprimem as marcas de _______________.
A sequência que preenche corretamente as lacunas é
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Q1367737 Português

Leia o poema abaixo:

VIDA SEM SONHO


VIDA SEM SONHO É PRAIA SEM ONDA, É ONDA SEM SAL, É TRISTEZA SEM CONTA, É MARINHEIRO SEM NAU.

É BEIJO SEM FOME, É PEDRA, É PAU, É FILHO SEM NOME, É CHUVA DE VENTO QUE NÃO FAZ TEMPORAL.

(Lídia Vasconcelos)

(Disponível em::<https://www.culturalivre.net/2015/11/04/vida-sem-sonho/? Acesso em 25/11/2016)


Nesse texto, a função da linguagem predominante é a poética porque:

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Q1073020 Português

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Assinale a alternativa INCORRETA referente ao texto IV, “Poesia”. 

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Q1073019 Português

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Sobre o texto III, é correto afirmar que

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Q1061219 Português
Analisando a forma e o objetivo do texto II, é correto afirmar que
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Q1019460 Português

Texto 04 

Tempo dos Ponteiros


Uma menina coleciona relógios.

De papel, de plástico, de louça, de bronze, de madeira.

Relógios de antes e de agora.

Relógios grandes e pequenos.

Relógios de brincar e de usar.

De pulso, de bolso, de mesa, de parede.·

Ela gosta também de recortar relógios das revistas.

Brinca com os ponteiros.

Guarda um relógio que foi do bisavô.

Os ponteiros pararam.

Não andam mais.

Ela não conheceu o bisavô.

A menina conhece o tempo dos ponteiros.

(PARREIRAS, Ninfa. Poemas do Tempo. São Paulo: Paulinas, 2013, 4.ed.) 

Assinale a opção em que a função da linguagem está corretamente relacionada ao verso destacado do poema.
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Q990863 Português

Avalie as informações apresentadas sobre o texto.

I. Em “‘Ataque derruba defesa de PCs para minerar moeda virtual’. Boiei. Sei muito bem que minerar significa escavar, extrair – extrair de uma mina, por exemplo –, mas a frase continuou um mistério", identifica-se a presença da função metalinguística da linguagem.

II. Na frase "Na TV, um locutor disse que não sei quem iria fazer ‘meia culpa’ – o latim mea-culpa, imagino. Outra pronunciou o francês ‘Belle Époque’ como ‘béli-époki’”, identifica-se uma crítica ao emprego inadequado de uma expressão e à pronúncia equivocada de outra.

III. Nos períodos "Fulana 'é o crush' – a paquera – do Beltrano. Há semanas, li que alguém 'flopou' – fracassou", a expressão e a palavra em destaque podem ser consideradas manifestações da oralidade e, por conta disso, empobrecem o texto e ferem o estatuto da norma culta.

Está correto apenas o que se afirma em

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Q990859 Português
Leia o enunciado que visa sensibilizar a comunidade internauta para assumir uma atitude preventiva diante de situações de risco ao utilizar ferramentas informáticas.
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É correto afirmar que o modo verbal predominante no texto indica a presença da função da linguagem denominada
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Q990603 Português

Tempos de sofrência

Minerar, sindemia, flopar, kit-net, meia culpa – conhece?

Ruy Castro*

1. Há tempos venho me sentindo como Rip van Winkle, um personagem de ficção que, um dia, resolveu dar um passeio fora de sua aldeia.

2. Caminhou horas, subiu uma montanha e recostou-se sob uma árvore para dar um cochilo. Fechou os olhos e dormiu por 20 anos. Acordou sem saber de nada, voltou para sua terra e, lá, estranhou não reconhecer seus conterrâneos nem entender certas coisas. Ao dar um viva ao rei inglês, fizeram-lhe cara feia – ele deveria ter vivado o presidente americano, George Washington. Rip não sabia que, enquanto dormia, seu país ficara independente.

3. O autor dessa história, lançada em 1819, é Washington Irving, escritor americano, autor da obra homônima. Assim como Rip van Winkle, abri o jornal outro dia e li: “Ataque derruba defesa de PCs para minerar moeda virtual”. Boiei. Sei muito bem que minerar significa escavar, extrair – extrair de uma mina, por exemplo –, mas a frase continuou um mistério. Em outro jornal, deparei com o título: “Sindemia é maior ameaça à saúde humana e do planeta”. Alarmado, corri ao dicionário – o que seria uma “sindemia”? Mas o Houaiss e o Aurélio também devem ter dormido por 20 anos, porque não a registram. Reli o artigo e continuei sem entender. Parece ter a ver com a desnutrição ou com a obesidade ou talvez com as duas.

4. Tenho tentado me atualizar com certas expressões ultimamente comuns no noticiário. Duas pessoas “dão um match”, ou seja, combinam. Fulana “é o crush” – a paquera – do Beltrano. Há semanas, li que alguém “flopou” – fracassou. Só falta alguém escrever que Sicrano “baixou um app para levar seu pet na bike”. E aprendi no Online uma nova e deliciosa maneira de grafar kitchenette: kit-net.

5. Na TV, um locutor disse que não sei quem iria fazer “meia culpa” – o latim mea-culpa, imagino. Outra pronunciou o francês “Belle Époque” como “béli-époki”.

6. Tempos de “sofrência” para quem lê ou ouve.

* Jornalista e escritor, autor das biografias de Carmen Miranda, Garrincha e Nelson Rodrigues.

(Folha de São Paulo, Caderno Opinião, 11 fev. 2019, p. A2. Adaptado.)

Avalie as informações apresentadas sobre o texto.

I. Em “‘Ataque derruba defesa de PCs para minerar moeda virtual’. Boiei. Sei muito bem que minerar significa escavar, extrair – extrair de uma mina, por exemplo –, mas a frase continuou um mistério", identifica-se a presença da função metalinguística da linguagem.

II. Na frase "Na TV, um locutor disse que não sei quem iria fazer ‘meia culpa’ – o latim mea-culpa, imagino. Outra pronunciou o francês ‘Belle Époque’ como ‘béli-époki’”, identifica-se uma crítica ao emprego inadequado de uma expressão e à pronúncia equivocada de outra.

III. Nos períodos "Fulana 'é o crush' – a paquera – do Beltrano. Há semanas, li que alguém 'flopou' – fracassou", a expressão e a palavra em destaque podem ser consideradas manifestações da oralidade e, por conta disso, empobrecem o texto e ferem o estatuto da norma culta.

Está correto apenas o que se afirma em

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Q990539 Português
Leia o enunciado que visa sensibilizar a comunidade internauta para assumir uma atitude preventiva diante de situações de risco ao utilizar ferramentas informáticas. Imagem associada para resolução da questão
(Disponível em:<https://clds3gpenela.wordpress.com/nao-perca-tempo-vigie-se/>. Acesso em: 04 fev. 2019.)
É correto afirmar que o modo verbal predominante no texto indica a presença da função da linguagem denominada
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Ano: 2018 Banca: Marinha Órgão: CFN Prova: Marinha - 2018 - CFN - Soldado |
Q968121 Português

Sabemos que a linguagem desempenha determinada função, de acordo com a ênfase que se queira dar a cada um dos componentes do ato de comunicação. Qual a função da linguagem está presente no texto 4?

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Q966620 Português

        TEXTO I

A regreção da redassão

Carlos Eduardo Novaes

        Semana passada recebi um telefonema de uma senhora que me deixou surpreso. Pedia encarecidamente que ensinasse seu filho a escrever.

        - Mas, minha senhora, - desculpei-me -, eu não sou professor.

        - Eu sei. Por isso mesmo. Os professores não têm conseguido muito.

        - A culpa não é deles. A falha é do ensino.

        - Pode ser, mas gostaria que o senhor ensinasse o menino. O senhor escreve muito bem.

        - Obrigado - agradeci -, mas não acredite muito nisso. Não coloco vírgulas e nunca sei onde botar os acentos. A senhora precisa ver o trabalho que dou ao revisor.

        - Não faz mal – insistiu -, o senhor vem e traz um revisor.

        - Não dá, minha senhora – tornei a me desculpar -, eu não tenho o menor jeito com crianças.

        - E quem falou em crianças? Meu filho tem 17 anos.

        Comentei o fato com um professor, meu amigo, que me respondeu: “Você não deve se assustar, o estudante brasileiro não sabe escrever”. No dia seguinte, ouvi de outro educador: “O estudante brasileiro não sabe escrever”. Depois li no jornal as declarações de um diretor de faculdade: “O estudante brasileiro escreve muito mal”. Impressionado, saí à procura de outros educadores. Todos disseram: “acredite, o estudante brasileiro não sabe escrever”. Passei a observar e notei que já não se escreve mais como antigamente. Ninguém faz mais diário, ninguém escreve em portas de banheiros, em muros, em paredes. Não tenho visto nem aquelas inscrições, geralmente acompanhadas de um coração, feitas em casca de árvore. Bem, é verdade que não tenho visto nem árvore.

        - Quer dizer – disse a um amigo enquanto íamos pela rua – que o estudante brasileiro não sabe escrever? Isto é ótimo para mim. Pelo menos diminui a concorrência e me garante o emprego por mais dez anos.

        - Engano seu – disse ele. – A continuar assim, dentro de cinco anos você terá que mudar de profissão. 

        - Por quê? – espantei-me. – Quanto menos gente sabendo escrever, mais chance eu tenho de sobreviver.

        - E você sabe por que essa geração não sabe escrever?

        - Sei lá – dei com os ombros –, vai ver que é porque não pega direito no lápis.

        - Não senhor. Não sabe escrever porque está perdendo o hábito de leitura. E quando perder completamente, você vai escrever para quem? 

        Taí um dado novo que eu não havia considerado. Imediatamente pensei quais as utilidades que teria um jornal no futuro: embrulhar carne? Então vou trabalhar em açougue. Serviria para fazer barquinhos, para fazer fogueira nas arquibancadas do Maracanã, para forrar sapato furado ou para quebrar um galho em banheiro de estrada? Imaginei-me com uns textos na mão, correndo pelas ruas para oferecer às pessoas, assim como quem oferece um bilhete de loteria: 

        - Por favor amigo, leia – disse, puxando um cidadão pelo paletó.

        - Não, obrigado. Não estou interessado. Nos últimos cinco anos a única coisa que leio é a bula de remédio.

        - E a senhorita não quer ler? - perguntei, acompanhando os passos de uma universitária. – A senhorita vai gostar. É um texto muito curioso.

        - O senhor só tem escrito? Então não quero. Por que o senhor não grava o texto? Fica mais fácil ouvi-lo no meu gravador.

        - E o senhor, não está interessado nuns textos?

        - É sobre o quê? Ensina como ganhar dinheiro?

        - E o senhor, vai? Leva três e paga um.

        - Deixa eu ver o tamanho – pediu ele.

        Assustou-se com o tamanho do texto:

        - O quê? Tudo isso? O senhor está pensando que sou vagabundo? Que tenho tempo para ler tudo isso? Não dá para resumir tudo isso em cinco linhas? 


NOVAES, Carlos Eduardo. In: A cadeira do dentista & outras crônicas. São Paulo: Ática, 1999. Para gostar de ler, vol. 15.



        TEXTO II

O fragmento de texto reproduzido a seguir faz parte da crônica “A menina que falava em internetês, escrito por Rosana Hermann. Na crônica, Wanda, uma mãe que gostava de acreditar-se moderna, compra um computador e, navegando, pela internet, inicia uma conversa “on-line” com a filha adolescente. Quase ao final do diálogo, mãe e filha escrevem: 

“[...]

        _ Antes de ir para casa eu vou passar no supermercado. O que você quer que compre para... para... para vc? É assim que se diz em internetês.

        _ refri e bisc8

        _ Refrigerante e biscoito? Biscoito? Filha, francamente, que linguagem é essa? Você estuda no melhor colégio, seu pai paga uma mensalidade altíssima, e você escreve assim na internet? Sem vogais, sem acentos, sem completar as palavras, sem usar maiúsculas no início de uma frase, com orações sem nexo e ainda por cima usando números no lugar de sílabas? Isso é inadmissível, Maria Eugênia!

        “_ xau mãe, c ta xata.”

        _ Maria Eugênia! Chata é com ch.

        _

        _ Maria Eugênia?

        _

        _ Desligou. [...]‟‟ 


HERMANN, Rosana. Lições de Gramática para que gosta de literatura. São Paulo: Panda Books, 2007

O efeito de humor, no trecho transcrito do texto II, foi provocado, sobretudo pelo diálogo entre mãe e filha usando, testando um canal, um suporte de comunicação, fato característico da função:
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Q937178 Português

                                                    TEXTO I


                   Por que a diversão é tão útil para a humanidade

                                                                                          Por Pâmela Carbonari

     

      Quem ama o tédio, divertido lhe parece. Apesar da diversão ser um conceito tão relativo quanto a beleza, a paródia do ditado é tão verdadeira quanto a de que a necessidade é a mãe da invenção.

      […]

      O escritor de ciência americano Steven Johnson acredita que o prazer é o motor da inovação. Em seu décimo livro, O poder inovador da diversão: como o prazer e o entretenimento mudaram o mundo, lançado no Brasil pela editora Zahar, ele mostra a importância da música, dos jogos, da mágica, da comida e de outras formas de diversão para chegarmos onde estamos e para que tipo de futuro esses passatempos nos levarão.

      […]

      Do jogo de dardos veio a estatística. A flauta de osso pode ser a ancestral do computador que você lê este artigo. As caixas de música serviram de inspiração para os teares. Com uma prosa leve e bemhumorada (à prova de hipocrisias), Johnson explica como tecnologias fundamentais para o nosso tempo nasceram e evoluíram de objetos e engrenagens que não tinham outro objetivo senão entreter. [...]

      Somos naturalmente hedonistas. E, como você diz, a diversão ajudou a moldar a humanidade. Você acha que o prazer é a chave para a inteligência?

      Eu não diria que o prazer é “a” chave para a inteligência, mas sim que é um elemento subestimado de inteligência. Em outras palavras, tendemos a supor que pessoas inteligentes usam suas habilidades mentais em busca de problemas sérios que tenham clara utilidade ou recompensa econômica por trás deles. Mas o pensamento inteligente é muitas vezes desencadeado por experiências mais lúdicas, como os nossos ancestrais do Paleolítico que, esculpindo as primeiras flautas de ossos de animais, descobriram como posicionar os buracos para produzir os sons mais interessantes. Essas inovações exigiram uma grande dose de inteligência – dado o estado do conhecimento humano sobre a música e o design de instrumentos há 50 mil anos – mas esse tipo de coisa não era “útil” em nenhum sentido tradicional.

      A história da diversão sempre esteve à margem dos registros históricos mais sérios e práticos, como guerras, poder e igualdade, por exemplo. Você acha que a diversão estava implícita nesses eventos ou foi ignorada pelos historiadores?

      Acho que tem sido amplamente ignorada pelos historiadores. E quando foi observada e narrada, os relatos históricos foram muito limitados: há histórias sobre moda, jogos ou temperos, mas como narrativas separadas. Olhamos para a longa história da civilização de maneira diferente se contarmos a história do comportamento “lúdico” como uma categoria mais abrangente – esse era meu objetivo ao escrever O poder inovador da diversão. Essa história é muito mais importante que a maioria das pessoas imagina.

      Nesse seu último livro, você diz que os prazeres inúteis da vida geralmente nos dão uma pista sobre futuras mudanças na sociedade. O que podemos prever para o futuro a partir dos nossos prazeres mais comuns agora?

      Provavelmente o melhor exemplo recente foi a mania de Pokémon Go. Eu posso imaginar-nos olhando para trás em 2025, quando muitos de nós estarão usando regularmente dispositivos de realidade aumentada para resolver “problemas sérios” no trabalho, e vamos perceber que a primeira adoção dominante dessa tecnologia veio de pessoas correndo pelas cidades capturando monstros japoneses imaginários em seus telefones. 


Por que a humanidade precisa se divertir?


      Esta é uma questão verdadeiramente profunda. Algumas coisas que consideramos divertidas (sexo, comida, por exemplo) têm claras explicações evolutivas sobre por que nossos cérebros devem achá-las prazerosas. Mas o tipo de diversão que descrevo em O Poder Inovador da Diversão – o prazer de ver uma boneca robô imitar um humano, ou a diversão de jogar um jogo de tabuleiro – é mais difícil de explicar. Eu acho que tem a ver com a experiência de novidade e surpresa; uma parte significativa de nossa inteligência vem do nosso interesse em coisas que nos surpreendem desafiando nossas expectativas. Quando experimentamos essas coisas, temos um pequeno estímulo que diz: “Preste atenção nisso, isso é novo”. E assim, ao longo do tempo, os sistemas culturais se desenvolveram para criar experiências cada vez mais elaboradas para surpreender outros seres humanos: desde as primeiras flautas de osso, até os novos e brilhantes padrões de tecido de chita, todas as formas de Pokémon Go. É uma história antiga; temos muito mais oportunidades e tecnologias para nos surpreender do que nossos ancestrais.

Adaptado de:<https://super.abril.com.br/blog/literal/por-que-a-diversao-e-tao-util-para-a-humanidade/> . Acesso em: 22 jun. 2018.

No trecho “Quem ama o tédio, divertido lhe parece. Apesar da diversão ser um conceito tão relativo quanto a beleza, a paródia do ditado é tão verdadeira quanto a de que a necessidade é a mãe da invenção.”, a linguagem é trabalhada de modo a realçar qual função da linguagem?
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Q936173 Português

Leia a anedota, avalie as informações acerca da última frase do texto e complete as lacunas.


Imagem associada para resolução da questão

Disponível em:<http://www.topimagens.com.br/piadas/5307-piada-de-loira-no-medico.html> . Acesso em 30 mai. 2018. Adaptado.


A estrutura frasal está organizada com o verbo no ___________________, um modo verbal cujo verbo expressa uma ___________________. Identifica-se, ainda, na frase a presença da função _________________ da linguagem, comumente empregada com a finalidade de influenciar, persuadir o destinatário.


A sequência correta para o preenchimento das lacunas é

Alternativas
Ano: 2018 Banca: IBFC Órgão: PM-SE Prova: IBFC - 2018 - PM-SE - Soldado da Polícia Militar |
Q910070 Português
Texto I

A Rua
(Fragmento)

    EU AMO A RUA. Esse sentimento de natureza toda íntima não vos seria revelado por mim se não julgasse, e razões não tivesse para julgar, que este amor assim absoluto e assim exagerado é partilhado por todos vós. Nós somos irmãos, nós nos sentimos parecidos e iguais; nas cidades, nas aldeias, nos povoados, não porque soframos, com a dor e os desprazeres[...], mas porque nos une, nivela e agremia o amor da rua.
    (...) a rua é um fator da vida das cidades, a rua tem alma! (...) a rua é a agasalhadora da miséria. Os desgraçados não se sentem de todo sem o auxílio dos deuses enquanto diante dos seus olhos uma rua abre para outra rua (...).
    A rua nasce, como o homem, do soluço, do espasmo. Há suor humano na argamassa do seu calçamento. Cada casa que se ergue é feita do esforço exaustivo de muitos seres, e haveis de ter visto pedreiros e canteiros, ao erguer as pedras para as frontarias, cantarem, cobertos de suor, uma melopeia tão triste que pelo ar parece um arquejante soluço. A rua sente nos nervos essa miséria da criação, e por isso é a mais igualitária, a mais socialista, a mais niveladora das obras humanas. (...) A rua é a eterna imagem da ingenuidade. Comete crimes, desvaria à noite, treme com a febre dos delírios, para ela como para as crianças a aurora é sempre formosa, para ela não há o despertar triste, e quando o sol desponta e ela abre os olhos esquecida das próprias ações, é (...) tão modesta, tão lavada, tão risonha, que parece papaguear com o céu e com os anjos...
    A rua faz as celebridades e as revoltas, a rua criou um tipo universal, tipo que vive em cada aspecto urbano, em cada detalhe, em cada praça, tipo diabólico que tem, dos gnomos e dos silfos das florestas, tipo proteiforme, feito de risos e de lágrimas, de patifarias e de crimes irresponsáveis, de abandono e de inédita filosofia, tipo esquisito e ambíguo com saltos de felino e risos de navalha, o prodígio de uma criança mais sabida e cética que os velhos de setenta invernos, mas cuja ingenuidade é perpétua, voz que dá o apelido fatal aos potentados e nunca teve preocupações, criatura que pede como se fosse natural pedir, aclama sem interesse, e pode rir, francamente, depois de ter conhecido todos os males da cidade, poeira d’oiro que se faz lama e torna a ser poeira – a rua criou o garoto!

RIO, João do. A alma encantadora das ruas. São Paulo: Companhia das Letras, 1997, pp. 28–31.

Vocabulário
Agremia: do verbo agremiar; juntar num mesmo grupo.
Canteiros: pedreiros responsáveis pelas construções com pedra.
Frontarias: fachada principal; frente.
Melopeia: melodia; canção melodiosa.
Silfos: seres mágicos do ar presente em mitologias europeias.
Proteiforme: que muda de forma frequentemente.
Potentados: majestades; maiorais; pessoas de grande poder.
Ao tratar da rua, nota-se que o autor privilegia uma abordagem essencialmente:
Alternativas
Q905633 Português

Texto I


                                    Após a guerra

                                                            (Lima Barreto)


      Decididamente, os homens não tomam juízo e mesmo a Morte, que deve ser a soberana de todos nós, é impotente para nos pôr na cachola um pouco de bom senso elementar.

      Há um ano que as hostilidades entre povos de diversos feitios e estágios de civilização foram suspensas, após uma carnificina nunca vista nos anais da história escrita.

      As mais cruéis campanhas da antiguidade, com os seus massacres subsequentes, nada são comparadas com essa guerra que se desdobrou por todo o antigo continente.

      Cidades, aldeias, monumentos insubstituíveis do passado foram destruídos, sem dó nem piedade, à bala de canhões descomunais e pelo fogo implacável.

      Aquela região da Europa que, depois da Itália, é das mais interessantes sob o ponto de vista artístico, além de outros, foi calcada aos pés pelos exércitos alemães, arrasada, queimada. Quero falar da Flandres, tanto a belga como a francesa.

      O espetáculo após a guerra é de uma tristeza sem limites. Não é daquela grandiosa tristeza do Oceano que nos leva a grandes pensamentos; é o de uma tristeza que nos arrasta a pensar na imensa maldade da espécie humana.

      Não se sente isso só no que se vê ou se tem notícia por aqueles que viram; mas também na fome, na miséria que lavra nas populações dos países vencidos e vencedores.

      Coisas mais invisíveis ainda enchem-nos dessa tristeza inqualificável que nos faz maldizer a espécie humana, a sua inteligência, a sua capacidade de aproveitar as forças naturais, de aprender um pouco do mistério das coisas, para fazer tanto mal.

      Os nascimentos, se não diminuíram aqui e ali, a mortalidade infantil aumentou e as crianças defeituosas ou sem peso normal surgiram à luz em número maior que nos transatos anos de paz.

      A atividade intelectual toda ela se orientou para os malefícios da guerra; e foi um nunca acabar de inventar engenhos mortíferos ou aumentar o poder dos já existentes. Os químicos, os maiores, trataram de combinar nos seus laboratórios corpos de modo a obter gases que fossem portadores da morte e misturas incendiárias que o mesmo fizessem. [...] 

Considerando o tema do texto e a abordagem dispensada a ele pelo autor, é correto afirmar que há um predomínio da seguinte função da linguagem:
Alternativas
Q891721 Português
Funções da linguagem configuram as formas como cada indivíduo organiza sua fala, dependendo da mensagem que deseja transmitir.
A esse respeito, leia o texto seguinte.
Imagem associada para resolução da questão

(Disponível em: < http://noticiaurbana.com.br/old/coluna-pet-protetor-nao-compra-ele-estimula-a-adocao/> Acesso em 08 fev. 2018).
I . Segundo o texto publicitário, conclui-se que, nele, pode ser identificada a função conativa ou apelativa da linguagem.
PORQUE
II . Apresenta uma reflexão acerca do conteúdo e do valor das palavras, isto é, sobre o uso da língua e sua função social.
Em relação a essas duas assertivas, é correto afirmar que
Alternativas
Respostas
21: D
22: B
23: D
24: A
25: C
26: B
27: C
28: D
29: E
30: C
31: D
32: C
33: D
34: C
35: C
36: E
37: B
38: A
39: C
40: B