Questões Militares Sobre noções gerais de compreensão e interpretação de texto em português

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Q765952 Português

Tempo de Escolher

“Um homem não é grande pelo que faz, mas pelo que renuncia.”

(Albert Schweitzer) 

    Muitos amigos leitores têm solicitado minha opinião acerca de qual rumo dar às suas carreiras. Alguns apreciam seu trabalho, mas não a empresa onde estão. Outros admiram a harmonia conquistada, mas não têm qualquer prazer no exercício de suas atividades. Uns recebem propostas para mudar de emprego, financeiramente desfavoráveis, porém desafiadoras. Outros têm diante de si um vasto leque de opções, muitas coisas por fazer, mas não conseguem abraçar a tudo.

    Todas estas pessoas têm algo em comum: a necessidade premente de escolhas. Lembro-me de Clarice Lispector: “Entre o sim e o não, só existe um caminho: escolher”.

    Acredito que quase todas as pessoas passam ao longo de sua trajetória pelo “dilema da virada”. Um momento especial em que uma decisão específica e irrevogável tem que ser tomada apenas porque a vida não pode continuar como está. Algumas pessoas passam por isso aos 15 anos, outras, aos 50. Algumas talvez nunca tomem esta decisão, e outras o façam várias vezes no decorrer de sua existência.

    Fazer escolhas implica renunciar a alguns desejos para viabilizar outros. Você troca segurança por desafio, dinheiro por satisfação, o pouco certo ao muito duvidoso. Assim, uma companhia que lhe oferece estabilidade com apatia pode dar lugar a uma dotada de instabilidade com ousadia. Analogamente, a aventura de uma vida de solteiro pode ceder espaço ao conforto de um casamento.


Prazer e Vocação

    Os anos ensinaram-me algumas lições. A primeira delas vem de Leonardo da Vinci que dizia: “A sabedoria da vida não está em fazer aquilo que se gosta, mas em gostar daquilo que se faz”. Sempre imaginei que fosse o contrário. Porém, refletindo, passei a compreender que quando estimamos aquilo que fazemos, podemos nos sentir completos, satisfeitos e plenos, ao passo que se apenas procurarmos fazer o que gostamos, sempre estaremos numa busca insaciável, porque o que gostamos hoje não será o mesmo que prezaremos amanhã.

    Todavia, é indiscutível a importância de alinhar o prazer às nossas aptidões. Encontrar o talento que reside dentro de cada um de nós ao que chamamos vocação. Oriunda do latim vocatione, e traduzida literalmente por “chamado”, simboliza uma espécie de predestinação imanente a cada pessoa, algo revestido de certa magia e divindade. Uma voz imaginária que soa latente, capaz de converter advogados em músicos, fazer engenheiros virarem suco. É um lugar no tempo e no espaço onde a felicidade tem sua morada.

    Escolhas são feitas com base em nossas preferências. E aí torno a recorrer à etimologia para descobrir que o verbo “preferir” vem do latim praeferere e significa “levar à frente”. Parece-me uma indicação clara de que nossas escolhas devem ser feitas com os olhos no futuro, no uso de nosso livre-arbítrio.

    O mundo corporativo nos reserva muitas armadilhas. Trocar de empresa ou mudar de atribuição, por exemplo, são convites permanentes. O problema de recusá- los é passar o resto da vida se perguntando: “O que teria acontecido se eu tivesse aceitado?”. Prefiro não carregar comigo o benefício da dúvida. Por isso, opto por assumir riscos calculados e seguir adiante. Somos livres para escolher, porém prisioneiros das consequências.

    Para aqueles insatisfeitos com seu ambiente de trabalho, uma alternativa à mudança de empresa é postular a melhoria do ambiente interno atual. Dialogar e apresentar propostas são um bom caminho. De nada adianta assumir uma postura defensiva e crítica. Lembre-se de que as pessoas não estão contra você, mas a favor delas.

    Por fim, combata a mediocridade em todas as suas vertentes. A mediocridade de trabalhos desconectados com sua vocação, de empresas que não lhe valorizam, de relacionamentos falidos. Sob este aspecto, como diria Tolstoi, “Não se pode ser bom pela metade”. Meias-palavras, meias-verdades, mentiras inteiras, meio caminho para o fim.

    Os gregos não escreviam obituários. Quando um homem morria, faziam uma pergunta: “Ele viveu com paixão?”.

QUAL SERIA A RESPOSTA PARA VOCÊ? 

COELHO, Tom. Disponível em http://www.guiarh.com.br. Acesso em: 15 out. 2016

Em relação às ideias apresentadas no fragmento “Prazer e Vocação”, marque a alternativa INCORRETA:
Alternativas
Q765893 Português

Texto I

Microscópio impulsionou descobertas

    Os microscópios ganharam a tecnologia básica de hoje a partir do começo do século 19. Mas, mesmo no século anterior, j á havia microscópios com form as semelhantes. No século 17, descobertas importantes foram feitas com esse tipo de aparelho. “Noventa por cento das descobertas em citologia, o estudo das células, foram feitas com microscópios rudimentares”, diz o biólogo Nelio Bizzo, especialista em ensino de biologia na Faculdade de Educação da USP (Universidade de São Paulo).

    “O microscópio é uma ferramenta indispensável para quem estuda biologia”, afirma Bizzo. “Deveria haver uma lei federal proibindo escolas de comprar computadores se não tiverem um microscópio.” Para o professor da USP, “quem vê uma foto de vírus, de bactérias, e que nunca manipulou um microscópio, não tem condição de entender como a foto foi feita”. O microscópio teve para a biologia o mesmo impacto que seu parente para ver mais longe, o telescópio, teve na astronomia. Graças ao telescópio foi possível enxergar novos planetas e novas luas girando em torno deles, e confirmar a hipótese de que a Terra não era o centro do universo, mas sim apenas mais um corpo celeste que girava em torno do Sol. G raças aos microscópios foi possível descobrir todo um novo mundo desconhecido da ciência: aquele dos seres vivos de dimensões muito pequenas, microscópicas, os chamados micróbios. Um dos mais notáveis pioneiros foi o holandês Antonie van Leeuwenhoek (1632-1723), o primeiro pesquisador a observar micróbios como bactérias e protozoários.

    Ele batizou esses seres de “animálculos”, pequenos animais que pôde observar na água ou no interior do próprio corpo humano. Nem todos podem hoje ser chamados de “animais”, mas com seus esforços Leeuwenhoek abriu toda uma área de pesquisa científica. Leeuwenhoek usava um microscópio de um modelo bem simples, que se constituía basicamente de duas placas de latão entre as quais havia apenas uma lente, com um parafuso ajustável para manter o espécime sendo observado. Apesar da simplicidade do microscópio, ele conseguiu enxergar as bactérias, pela primeira vez em 1676, com um instrumento que tinha uma ampliação de no máximo 280 vezes.

    Tanto telescópios como microscópios surgiram no momento em que se criaram as bases da ciência moderna, a chamada Revolução Científica. Eles foram tanto causa como efeito dessa revolução.

(Adaptado de: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc1S119821.htm)

“Os microscópios ganharam a tecnologia básica de hoje a partir do começo do século 19”. Para a adequada compreensão, é necessário identificar, na frase anterior, o seguinte pressuposto:
Alternativas
Q765892 Português

Texto I

Microscópio impulsionou descobertas

    Os microscópios ganharam a tecnologia básica de hoje a partir do começo do século 19. Mas, mesmo no século anterior, j á havia microscópios com form as semelhantes. No século 17, descobertas importantes foram feitas com esse tipo de aparelho. “Noventa por cento das descobertas em citologia, o estudo das células, foram feitas com microscópios rudimentares”, diz o biólogo Nelio Bizzo, especialista em ensino de biologia na Faculdade de Educação da USP (Universidade de São Paulo).

    “O microscópio é uma ferramenta indispensável para quem estuda biologia”, afirma Bizzo. “Deveria haver uma lei federal proibindo escolas de comprar computadores se não tiverem um microscópio.” Para o professor da USP, “quem vê uma foto de vírus, de bactérias, e que nunca manipulou um microscópio, não tem condição de entender como a foto foi feita”. O microscópio teve para a biologia o mesmo impacto que seu parente para ver mais longe, o telescópio, teve na astronomia. Graças ao telescópio foi possível enxergar novos planetas e novas luas girando em torno deles, e confirmar a hipótese de que a Terra não era o centro do universo, mas sim apenas mais um corpo celeste que girava em torno do Sol. G raças aos microscópios foi possível descobrir todo um novo mundo desconhecido da ciência: aquele dos seres vivos de dimensões muito pequenas, microscópicas, os chamados micróbios. Um dos mais notáveis pioneiros foi o holandês Antonie van Leeuwenhoek (1632-1723), o primeiro pesquisador a observar micróbios como bactérias e protozoários.

    Ele batizou esses seres de “animálculos”, pequenos animais que pôde observar na água ou no interior do próprio corpo humano. Nem todos podem hoje ser chamados de “animais”, mas com seus esforços Leeuwenhoek abriu toda uma área de pesquisa científica. Leeuwenhoek usava um microscópio de um modelo bem simples, que se constituía basicamente de duas placas de latão entre as quais havia apenas uma lente, com um parafuso ajustável para manter o espécime sendo observado. Apesar da simplicidade do microscópio, ele conseguiu enxergar as bactérias, pela primeira vez em 1676, com um instrumento que tinha uma ampliação de no máximo 280 vezes.

    Tanto telescópios como microscópios surgiram no momento em que se criaram as bases da ciência moderna, a chamada Revolução Científica. Eles foram tanto causa como efeito dessa revolução.

(Adaptado de: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc1S119821.htm)

De acordo com o texto, é possível identificar a seguinte relação entre o instrumento microscópio e o avanço tecnológico:
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Ano: 2016 Banca: UFPR Órgão: PM-PR Prova: UFPR - 2016 - PM-PR - Aspirante |
Q2015235 Português

Livro e futebol


       O leitor a quem se dirige esse livro não é evidente: em geral, quem vive o futebol não está interessado em ler sobre ele mais do que a notícia de jornal ou revista, e quem se dedica a ler livros e especulações poucas vezes conhece o futebol por dentro. Pierre Bourdieu observa, por exemplo, que a sociologia esportiva é desdenhada pelos sociólogos e menosprezada pelos envolvidos com o esporte. A observação pode valer também para ensaios como este aqui, embora ele não seja do gênero sociológico. No limite, a onipresença do jogo de bola soa abusiva e irrelevante para quem acompanha a discussão cultural. Assim, mais do que um desconhecimento recíproco entre as partes, pode-se falar, de fato, de uma dupla resistência. Viver o futebol dispensa pensá-lo, e, em grande parte, é essa dispensa que se procura nele. Os pensadores, por sua vez, à esquerda ou à direita, na meia ou no centro, têm muitas vezes uma reserva contra os componentes anti-intelectuais e massivos do futebol, e temem ou se recusam a endossálos, por um lado, e a se misturar com eles, por outro. Tudo isso, por si só, já daria um belo assunto: o futebol como o nó cego em que a cultura e a sociedade se expõem no seu ponto ao mesmo tempo mais visível e invisível. E esse não deixa de ser o tema deste livro, que talvez possa interessar a quem esteja disposto a lê-lo independentemente de conhecer o futebol ou de ser ou não “intelectual”.

        Não é incomum, também, que intelectuais vivam intensamente o futebol, sem pensá-lo, e que resistam, ao mesmo tempo, a admiti-lo na ordem do pensamento. Nesse caso, aqueles dois personagens a que nos referimos no começo podem se encontrar numa pessoa só. [...]


(José Miguel Wisnik. Veneno Remédio: o Futebol e o Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.)
O autor inicia o texto dizendo que o leitor de seu livro não é evidente, porque o tema por ele tratado, o futebol, é abordado de maneira incomum. Tendo isso em vista, considere as seguintes afirmativas:
1. Os apaixonados pelo futebol anseiam há muito por uma abordagem sociológica do esporte.
2. Pensar o futebol do ponto de vista intelectual é algo muito comum num país em que esse esporte é o mais apreciado, e é esse tratamento que predomina hoje em jornais e revistas.
3. O livro aborda o futebol do ponto de vista cultural, intelectual, distanciando-se do tratamento do senso comum que impera em jornais e revistas.
4. Viver e pensar o futebol são coisas diferentes e independentes, mas é possível uma abordagem intelectual que agrade os dois tipos de espectador.
Assinale a alternativa correta. 
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Ano: 2016 Banca: UFPR Órgão: PM-PR Prova: UFPR - 2016 - PM-PR - Aspirante |
Q2015232 Português

Por que a cultura do sul ficou de fora do retrato do Brasil nas olimpíadas?

        Depois de uma abertura que falou das etnias que formaram o povo brasileiro, a cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, realizada neste domingo (21), teve mais cara de carnaval. A ideia da diretora criativa da festa, Rosa Magalhães, era mostrar “o sentimento de brasilidade”, conforme ela explicou ao jornal “O Globo” dias antes da cerimônia.
      Carnavalesca da escola de samba carioca São Clemente, Rosa usou elementos alegóricos para mostrar a arte feita pelo povo do país – para ela, “marca da nossa identidade cultural”. Teve menção a choro, samba carioca, Carmem Miranda, mulheres rendeiras da Bahia, bonecos de cerâmica do pernambucano Vitalino, Heitor Villa-Lobos, carnaval.
     Entre as ausências, as expressões culturais do Sul do Brasil – o que alimentou algum debate em redes sociais: se a ideia era representar o país todo, por que ficamos de fora?
      Para a antropóloga Selma Baptista, professora-doutora aposentada da UFPR, a pergunta deveria ser outra: por que as expressões culturais do Sul participariam do recorte da carnavalesca carioca se elas não estão presentes nem em nossas próprias festas? “Essa questão da representação de identidades regionais se dá a partir da construção da identidade dentro de seus próprios redutos. Cabe perguntar até que ponto nossas representações da cultura popular têm expressividade entre nós mesmos para que alcancem uma representatividade nacional”, questiona.
      Patrícia Martins, antropóloga e docente do Instituto Federal do Paraná (IFPR) em Paranaguá, lembra que o Sul tende inclusive a negar o tipo de “brasilidade” representada na cerimônia de encerramento, mais ligada à cultura indígena e afro-brasileira. “Aqui há uma autorrepresentação que passa por uma cultura europeia”, diz. Para ela, o recorte mostrado na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos tem ligações com uma identidade brasileira que vem sendo construída desde o Estado Novo (1937-1945), que incorporou o samba carioca. “Existe um patrimônio rico no Sul – há os batuques do Rio Grande do Sul, o fandango caiçara. Teria muita coisa a mostrar, mas nem nós sabemos que existe isso em nossa região”.
    Na opinião de Tau Golin, jornalista, historiador e professor do curso de Pós-Graduação em História da Universidade de Passo Fundo (UPF), esse tipo de questionamento sobre representações regionais é uma “briga simbólica” já bem conhecida – principalmente dos gaúchos. “É uma briga de poder pela representatividade, por quem representa mais a nação”, diz. “Como é um país com regiões que se formaram antes da nação, as regionalidades querem estar presentes em tudo o que acontece no país. Se fosse insignificante, não brigariam. Mas, como é para se mostrar para o exterior, a briga é compreensível historicamente”. Para ele, o desejo do Sul de estar presente nesse tipo de representação, dada a relação difícil da região com a “brasilidade”, é um fator surpreendente. “É uma novidade, que merece estudos daqui para a frente”, diz.

(Rafael Rodrigues Costa, Gazeta do Povo, Curitiba, 22/08/2016)
O texto tematiza a ausência de manifestações culturais da região Sul na festa de encerramento dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. As duas antropólogas entrevistadas compartilham uma mesma opinião sobre a questão levantada. Assinale a alternativa que apresenta essa opinião.
Alternativas
Ano: 2016 Banca: UFPR Órgão: PM-PR Prova: UFPR - 2016 - PM-PR - Aspirante |
Q2015230 Português
O texto a seguir é referência para as questão.

Vós, diz Cristo, Senhor nosso, falando com os pregadores, sois o sal da terra: e chama-lhes sal da terra, porque quer que façam na terra o que faz o sal. O efeito do sal é impedir a corrupção; mas quando a terra se vê tão corrupta como está a nossa, havendo tantos nela que têm ofício de sal, qual será, ou qual pode ser a causa desta corrupção? Ou é porque o sal não salga, ou porque a terra se não deixa salgar. Ou é porque o sal não salga, e os pregadores não pregam a verdadeira doutrina; ou porque a terra se não deixa salgar e os ouvintes, sendo verdadeira a doutrina que lhes dão, a não querem receber. Ou é porque o sal não salga, e os pregadores dizem uma cousa e fazem outra; ou porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes querem antes imitar o que eles fazem, que fazer o que dizem. Ou é porque o sal não salga, e os pregadores se pregam a si e não a Cristo; ou porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes, em vez de servir a Cristo, servem a seus apetites. Não é tudo isto verdade? Ainda mal!

(Antônio Vieira, Sermão de Santo Antônio, em:<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000033.pd> .)

O excerto acima é o início do “Sermão de Santo António aos Peixes” escrito por Antônio Vieira, que se imortalizou pela coerência lógica de seus textos, além de suas qualidades literárias. 
O texto trabalha fundamentalmente com duas metáforas: o sal e a terra, que representam, respectivamente, os pregadores (aqueles que deveriam propagar a palavra de Cristo) e os ouvintes (aqueles que deveriam ser convertidos). O tema central do texto é a reflexão sobre as possíveis causas da ineficiência dos pregadores. Para tanto, o autor levanta algumas hipóteses. Tendo isso em vista, considere as seguintes afirmativas:
1. Os pregadores não pregam o que deveriam pregar.
2. Os ouvintes se recusam a aceitar o que os pregadores pregam.
3. Os pregadores não agem de acordo com os valores que pregam.
4. Os ouvintes agem como os pregadores em vez de agir de acordo com o que eles pregam.
5. Os pregadores promovem a si mesmos na pregação ao invés de promover as palavras de Cristo.

Constituem hipóteses levantadas pelo autor do texto: 
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Ano: 2016 Banca: UFPR Órgão: PM-PR Prova: UFPR - 2016 - PM-PR - Aspirante |
Q2015227 Português
A épica narrativa de nosso caminho até aqui

       Quando viajamos para o exterior, muitas vezes passamos pela experiência de aprender mais sobre o nosso país. Ao nos depararmos com uma realidade diferente daquela em que estamos imersos cotidianamente, o estranhamento serve de alerta: deve haver uma razão, um motivo, para que as coisas funcionem em cada lugar de um jeito. Presentes diferentes só podem resultar de passados diferentes. Essa constatação pode ser um poderoso impulso para conhecer melhor a nossa história.

     Algo assim vem ocorrendo no campo de estudos sobre o Sistema Solar. O florescimento da busca de planetas extrassolares – aqueles que orbitam em torno de outras estrelas – equivaleu a dar uma espiadinha no país vizinho, para ver como vivem “seus habitantes”. Os resultados são surpreendentes. Em certos sistemas, os planetas estão tão perto de suas estrelas que completam uma órbita em poucos dias. Muitos são gigantes feitos de gás, e alguns chegam a possuir mais de seis vezes a massa e quase sete vezes o raio de Júpiter, o grandalhão do nosso sistema. Já os nossos planetas rochosos, classe em que se enquadram Terra, Mercúrio, Vênus e Marte, parecem ser mais bem raros do que imaginávamos a princípio.

      A constatação de que somos quase um ponto fora da curva (pelo menos no que tange ao nosso atual estágio de conhecimento de sistemas planetários) provocou os astrônomos a formular novas teorias para explicar como o Sistema Solar adquiriu sua atual configuração. Isso implica responder perguntas tais como quando se formaram os planetas gasosos, por que estão nas órbitas em que estão hoje, de que forma os planetas rochosos surgiram etc.

        Nosso artigo de capa traz algumas das respostas que foram formuladas nos últimos 15 a 20 anos. Embora não sejam consensuais, teorias como o Grand Tack, o Grande Ataque e o Modelo de Nice têm desfrutado de grande prestígio na comunidade astronômica e oferecem uma fascinante narrativa da cadeia de eventos que pode ter permitido o surgimento da Terra e, em última instância, da vida por aqui. [...]


(Paulo Nogueira, editorial de Scientific American – Brasil – n o 168, junho 2016.)
Ser “quase um ponto fora da curva” significa:
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Ano: 2016 Banca: UFPR Órgão: PM-PR Prova: UFPR - 2016 - PM-PR - Aspirante |
Q2015225 Português
A épica narrativa de nosso caminho até aqui

       Quando viajamos para o exterior, muitas vezes passamos pela experiência de aprender mais sobre o nosso país. Ao nos depararmos com uma realidade diferente daquela em que estamos imersos cotidianamente, o estranhamento serve de alerta: deve haver uma razão, um motivo, para que as coisas funcionem em cada lugar de um jeito. Presentes diferentes só podem resultar de passados diferentes. Essa constatação pode ser um poderoso impulso para conhecer melhor a nossa história.

     Algo assim vem ocorrendo no campo de estudos sobre o Sistema Solar. O florescimento da busca de planetas extrassolares – aqueles que orbitam em torno de outras estrelas – equivaleu a dar uma espiadinha no país vizinho, para ver como vivem “seus habitantes”. Os resultados são surpreendentes. Em certos sistemas, os planetas estão tão perto de suas estrelas que completam uma órbita em poucos dias. Muitos são gigantes feitos de gás, e alguns chegam a possuir mais de seis vezes a massa e quase sete vezes o raio de Júpiter, o grandalhão do nosso sistema. Já os nossos planetas rochosos, classe em que se enquadram Terra, Mercúrio, Vênus e Marte, parecem ser mais bem raros do que imaginávamos a princípio.

      A constatação de que somos quase um ponto fora da curva (pelo menos no que tange ao nosso atual estágio de conhecimento de sistemas planetários) provocou os astrônomos a formular novas teorias para explicar como o Sistema Solar adquiriu sua atual configuração. Isso implica responder perguntas tais como quando se formaram os planetas gasosos, por que estão nas órbitas em que estão hoje, de que forma os planetas rochosos surgiram etc.

        Nosso artigo de capa traz algumas das respostas que foram formuladas nos últimos 15 a 20 anos. Embora não sejam consensuais, teorias como o Grand Tack, o Grande Ataque e o Modelo de Nice têm desfrutado de grande prestígio na comunidade astronômica e oferecem uma fascinante narrativa da cadeia de eventos que pode ter permitido o surgimento da Terra e, em última instância, da vida por aqui. [...]


(Paulo Nogueira, editorial de Scientific American – Brasil – n o 168, junho 2016.)
O autor inicia o texto falando de nosso estranhamento quando conhecemos outros países, com seus usos e costumes. Ao fazer isso, sua intenção é:
Alternativas
Q1367740 Português
Os textos, de uma forma geral, podem recorrer a elementos verbais e a não verbais em sua estrutura. Nos textos desta prova, há, predominantemente, a intenção de convencer o leitor de que a realização de um sonho está vinculada a(ao)
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Q1367738 Português

Observe os textos 1, 2 e 3 para responder à questão.


Texto 1

Utopia s.f. 1 qualquer descrição imaginativa de uma sociedade ideal, fundamentada em leis justas e em instituições político-econômicas verdadeiramente comprometidas com o bem-estar da coletividade 2 p.ext. projeto de natureza irrealizável; ideia generosa, porém impraticável; quimera, fantasia.

(Houaiss, Antônio. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. 1ª Reimpressão com alterações. Editora Objetiva. Rio de Janeiro, 2004. p. 2817.)



A partir da leitura dos textos 1, 2 e 3, pode-se dizer que todas as afirmativas abaixo estão corretas, EXCETO:
Alternativas
Q1367735 Português
O anúncio acima faz parte de uma campanha publicitária, elaborada com imagens e textos que constituem um recurso multimodal, ou seja, em que se empregam formas de apresentação diversas. Todas as alternativas abaixo interpretam corretamente o texto, EXCETO:
Alternativas
Q1367734 Português
“Tenho uma espécie de dever de sonhar sempre, pois, não sendo mais, nem querendo ser mais que um espectador de mim mesmo, tenho que ter o melhor espetáculo que posso. Assim me construo a ouro e sedas, em salas supostas, palco falso, cenário antigo, sonho criado entre jogos de luzes brandas e músicas invisíveis.” (PESSOA, Fernando. Livro do desassossego, por Bernardo Soares. São Paulo: Montecristo, 2012)

Considere o seguinte trecho de Fernando Pessoa: “(...) assim me construo a ouro e sedas, em salas supostas, palco falso, cenário antigo, sonho criado entre jogos de luzes brandas e músicas invisíveis.”

Esse trecho privilegia todos os aspectos abaixo, EXCETO:
Alternativas
Q1367733 Português
A palavra destacada estabelece uma relação semântico-discursiva de comparação em:
Alternativas
Q1367732 Português
Em relação aos elementos que constituem a construção de significado do texto, todas as alternativas abaixo são verdadeiras, EXCETO:
Alternativas
Q1367731 Português


VOCABULÁRIO –

Texto: “COISAS QUE EU FARIA”

Trufas: cogumelo comestível; bombom aromatizado com conhaque.

Bazuca: lança-foguetes; arma que dispara granadas.

Proust: escritor francês; autor de “Em busca do tempo perdido”.

Engajado: empenhado, comprometido.

Bolsa sabática: bolsa de estudos para cursos no exterior.

Farniente: ociosidade agradável; fazer nada, ócio.

In loco: no lugar; no próprio local.

Contrita: constrangida; contida; arrependida.

Altruísta: aquele que se preocupa com o bem-estar e a felicidade alheios.

Tonitruante: com estrondo, muito ruidoso.

Fariseus: membros de um grupo judaico que vivia na estrita observância de preceitos religiosos; pessoas que seguem rigorosamente as formalidades de uma religião. 

Nos trechos abaixo, todas as palavras destacadas são articuladores sintáticos e estabelecem as relações semânticas indicadas, EXCETO:
Alternativas
Q1367729 Português


VOCABULÁRIO –

Texto: “COISAS QUE EU FARIA”

Trufas: cogumelo comestível; bombom aromatizado com conhaque.

Bazuca: lança-foguetes; arma que dispara granadas.

Proust: escritor francês; autor de “Em busca do tempo perdido”.

Engajado: empenhado, comprometido.

Bolsa sabática: bolsa de estudos para cursos no exterior.

Farniente: ociosidade agradável; fazer nada, ócio.

In loco: no lugar; no próprio local.

Contrita: constrangida; contida; arrependida.

Altruísta: aquele que se preocupa com o bem-estar e a felicidade alheios.

Tonitruante: com estrondo, muito ruidoso.

Fariseus: membros de um grupo judaico que vivia na estrita observância de preceitos religiosos; pessoas que seguem rigorosamente as formalidades de uma religião. 

Leia os trechos abaixo:


“A minha instituição financiaria um ano de ociosidade (...)” (l.10)

“Se eu fosse o presidente dos Estados Unidos (...)” (l.16)

“Passaria a eternidade me esbaldando por aí.” (l.25)


O autor emprega verbos e pronomes em 1ª pessoa para:

Alternativas
Q1367728 Português


VOCABULÁRIO –

Texto: “COISAS QUE EU FARIA”

Trufas: cogumelo comestível; bombom aromatizado com conhaque.

Bazuca: lança-foguetes; arma que dispara granadas.

Proust: escritor francês; autor de “Em busca do tempo perdido”.

Engajado: empenhado, comprometido.

Bolsa sabática: bolsa de estudos para cursos no exterior.

Farniente: ociosidade agradável; fazer nada, ócio.

In loco: no lugar; no próprio local.

Contrita: constrangida; contida; arrependida.

Altruísta: aquele que se preocupa com o bem-estar e a felicidade alheios.

Tonitruante: com estrondo, muito ruidoso.

Fariseus: membros de um grupo judaico que vivia na estrita observância de preceitos religiosos; pessoas que seguem rigorosamente as formalidades de uma religião. 

A relação semântica estabelecida pela conjunção na oração: “(...) até chegar a 58 elefantes ou até o Serviço Secreto cortar a transmissão (...)” (l.20), encontra-se também em:
Alternativas
Q1367726 Português


VOCABULÁRIO –

Texto: “COISAS QUE EU FARIA”

Trufas: cogumelo comestível; bombom aromatizado com conhaque.

Bazuca: lança-foguetes; arma que dispara granadas.

Proust: escritor francês; autor de “Em busca do tempo perdido”.

Engajado: empenhado, comprometido.

Bolsa sabática: bolsa de estudos para cursos no exterior.

Farniente: ociosidade agradável; fazer nada, ócio.

In loco: no lugar; no próprio local.

Contrita: constrangida; contida; arrependida.

Altruísta: aquele que se preocupa com o bem-estar e a felicidade alheios.

Tonitruante: com estrondo, muito ruidoso.

Fariseus: membros de um grupo judaico que vivia na estrita observância de preceitos religiosos; pessoas que seguem rigorosamente as formalidades de uma religião. 

No texto, as “realidades” são construídas ficcionalmente porque o narrador
Alternativas
Q1367725 Português


VOCABULÁRIO –

Texto: “COISAS QUE EU FARIA”

Trufas: cogumelo comestível; bombom aromatizado com conhaque.

Bazuca: lança-foguetes; arma que dispara granadas.

Proust: escritor francês; autor de “Em busca do tempo perdido”.

Engajado: empenhado, comprometido.

Bolsa sabática: bolsa de estudos para cursos no exterior.

Farniente: ociosidade agradável; fazer nada, ócio.

In loco: no lugar; no próprio local.

Contrita: constrangida; contida; arrependida.

Altruísta: aquele que se preocupa com o bem-estar e a felicidade alheios.

Tonitruante: com estrondo, muito ruidoso.

Fariseus: membros de um grupo judaico que vivia na estrita observância de preceitos religiosos; pessoas que seguem rigorosamente as formalidades de uma religião. 

A ideia de possibilidade, sugerida no título do texto “Coisas que eu faria”, está relacionada sintática e semanticamente
Alternativas
Q1367724 Português


VOCABULÁRIO –

Texto: “COISAS QUE EU FARIA”

Trufas: cogumelo comestível; bombom aromatizado com conhaque.

Bazuca: lança-foguetes; arma que dispara granadas.

Proust: escritor francês; autor de “Em busca do tempo perdido”.

Engajado: empenhado, comprometido.

Bolsa sabática: bolsa de estudos para cursos no exterior.

Farniente: ociosidade agradável; fazer nada, ócio.

In loco: no lugar; no próprio local.

Contrita: constrangida; contida; arrependida.

Altruísta: aquele que se preocupa com o bem-estar e a felicidade alheios.

Tonitruante: com estrondo, muito ruidoso.

Fariseus: membros de um grupo judaico que vivia na estrita observância de preceitos religiosos; pessoas que seguem rigorosamente as formalidades de uma religião. 

No texto “Coisas que eu faria”, o autor devaneia, sonha, imagina. O trecho a seguir que NÃO traduz o sonho do autor é:
Alternativas
Respostas
1881: B
1882: B
1883: C
1884: C
1885: D
1886: E
1887: A
1888: D
1889: D
1890: D
1891: B
1892: D
1893: D
1894: B
1895: B
1896: E
1897: A
1898: C
1899: E
1900: A