Questões Militares
Sobre preposições em português
Foram encontradas 184 questões
Não era exatamente um trabalho muito agradável: Jordão
supervisionava o funcionamento de 20 câmeras de segurança
espalhadas numa área da cidade muito sujeita a assaltos (bancos,
lojas, joalherias etc.). Sua tarefa era certificar-se de que as câmeras
estavam captando e gravando adequadamente imagens que
poderiam servir de prova contra delinquentes.
Sandra, sua mulher, jovem e ambiciosa, achava esse trabalho um
lixo. Como o marido ganhava pouco, moravam num apartamento
minúsculo, desde que se casaram há mais de cinco anos e andavam de
ônibus, porém o sonho dela era ter uma mansão e um carro de luxo. Se
isso não acontecia era só por causa dele. “Você é um incompetente”,
dizia. Jordão optava por ignorar as observações da mulher, mesmo
porque tinha certeza de que, um dia, seu trabalho seria reconhecido.
Um dia ocorreria um assalto, ele identificaria os bandidos, seu nome
apareceria nos jornais. E aí Sandra teria de admitir seu erro. Mas,
enquanto isso, era um desagradável e irritante bate-boca atrás de
outro entre eles. Mas um dia, irritado, Jordão acabou gritando com
ela. “Vou me vingar”, ela prometeu, então, vermelha de raiva.
Um mês depois, ladrões, de madrugada, tiveram a ousadia de
entrar num banco vigiado pelas câmeras, levando todo o dinheiro.
Jordão foi chamado pela polícia e dirigiu-se, de manhã, para o
seu local de trabalho, precisava examinar e ampliar as gravações
feitas pelas câmeras. Sem demora, começou a trabalhar, e, de fato,
uma das câmeras captara o momento em que os criminosos, três,
saíam do banco com as sacolas de dinheiro. Todos estavam com
capuzes de lã preta na cabeça. Observava aquilo e então sentiu
um baque no coração: junto com os assaltantes havia uma mulher
que não usava capuz. Ao contrário, olhava de frente para a câmera
sorrindo ironicamente. Ele reconheceu: era Sandra, sua mulher.
Então deletou as imagens. À polícia disse que algum problema
acontecera com a câmera e que nada fora gravado. A tecnologia
é assim: quando menos se espera, ela nos trai.
(Moacyr Scliar, Folha de S.Paulo, 02.05.05. Adaptado)
Julgue cada item a seguir, como V (verdadeiro) ou F (falso), considerando o que se afirma sobre o emprego dos pronomes no texto II.
( ) Em “A bola o procura, o reconhece, precisa dele.” (l. 12) e “/.../ que não estão vendo o que acontece.” (l. 26 e 27), todos os termos assinalados são pronomes pessoais oblíquos átonos.
( ) No trecho “por obra e graça desses passes devolvidos num toque, essas fintas que desenham os zês na grama, esses golaços de calcanhar ou de bicicleta...” (l. 17 a 20), os pronomes grifados poderiam contrair-se com a preposição de sem prejuízo da correção gramatical.
( ) No trecho “No peito de seu pé, ela descansa e se embala. Ele lhe dá brilho e a faz falar...” (l. 12 a 14), todos os pronomes grifados têm o mesmo referente.
( ) Em “Esse corpo está com mais remendos ...” (l. 31 e 32), a substituição do pronome grifado por aquele acarretaria alteração de sentido no trecho.
A seqüência correta é:
Leia o período abaixo e assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas.
Ela está ____ espera da correção do valor de sua aposentadoria há muito tempo. Pediu ____ advogada que ____ ajudasse, mas ____ competência dessa profissional é muito duvidosa.
Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, os espaços da seguinte frase:
Nunca me veio ___ cabeça ___ possibilidade de admitir ___ sua renúncia devido___ uma questiúncula tão insignificante.
Eles blogam. E você?
Após o surgimento da rede mundial de computadores, no início da década de 1990, testemunhamos uma revolução nas tecnologias de comunicação instantânea. Nós, que nascemos em um mundo anterior à Internet, aprendemos a viver no universo constituído por coisas palpáveis: casas, máquinas, roupas etc. O contato se estabelecia entre seres humanos reais por meios "físicos": cartas, telefonemas, encontros.
Em um mundo concreto, a escola não poderia ser diferente: livros, giz, carteiras, quadro-negro, mural. Esse espaço é ainda hoje definido por uma série de símbolos de um tempo passado e tem se mantido relativamente inalterado desde o século XIX. Os alunos atuais, porém, são nativos digitais. Em outras palavras: nasceram em um mundo no qual já existiam computadores, Internet, telefone celular, tocadores de MP3, videogames, programas de comunicação instantânea (MSN, Google Talk etc.) e muitas outras ferramentas da era digital. Seu mundo é definido por coisas imateriais: imagens, dados e sons que trafegam e são armazenados no espaço virtual.
Um dos aspectos mais sedutores do ciberespaço é o seu poder de articulação social. Foi no fim da década de 1990 que os usuários da Internet descobriram uma ferramenta facilitadora da interação escrita entre diferentes pessoas conectadas em uma rede virtual: os weblogs, que logo ficaram conhecidos como blogs. O termo é formado pelas palavras web (rede, em inglês) e log (registro, anotação diária). A velocidade de reprodução da blogosfera é assustadora: 120 mil novos blogs por dia, 1,4 blog por semana.
O blog se caracteriza por apresentar as observações pessoais de seu "dono" (o criador do blog) sobre temas que variam de acordo com os interesses do blogueiro e também de acordo com o tipo de blog. As possibilidades são infinitas: há blogs pessoais, políticos, culturais, esportivos, jornalísticos, de humor etc.
Os textos que o blogueiro insere no blog são chamados de posts. Em português, o termo já deu origem a um verbo, "postar", que significa "escrever uma entrada em um blog". Os posts são cronológicos, porém apresentados em ordem inversa: sempre do mais recente para o mais antigo. Os internautas que visitam um blog podem fazer comentários aos posts.
Justamente porque facilitam a comunicação e permitem a interação entre usuários de todas as partes, os blogs são interessantes ferramentas pedagógicas. Se a escola é o espaço preferencial para a construção do conhecimento, nada mais lógico do que levar os blogs para a sala de aula, porque eles têm como vocação a produção de conteúdo. Por que não criar um blog de uma turma, do qual participem todos os alunos, para comentar temas atuais, para debater questões polêmicas, para criar um contexto real em que o texto escrito surja como algo natural?
Na blogosfera, informação é poder. E os jovens sabem disso, porque conhecem o ciberespaço. O entusiasmo pela criação de um blog coletivo certamente será acompanhado pelo desejo de transformá-lo em ponto de parada obrigatória para os leitores que vagam no universo virtual. E esse desejo será um motivador muito importante. Para conquistar leitores, os autores de um blog precisam não só ter o que dizer, mas também saber como dizer o que querem, escolher imagens instigantes, criar títulos provocadores.
Uma vez criado o blog da turma, as possibilidades pedagógicas a ele associadas multiplicam-se. Para gerar conteúdo consistente é necessário pesquisar, considerar diferentes pontos de vista sobre temas polêmicos, avaliar a necessidade de ilustrar determinados conceitos com imagens, definir critérios para a moderação dos comentários, escolher os temas preferenciais a serem abordados etc. Todos esses procedimentos estão na base da construção de conhecimento.
Outro aspecto muito importante é que os jovens, em uma situação rara no espaço escolar, vão constatar que, nesse caso, quem domina o conhecimento são eles. Pela primeira vez não precisarão virar "analógicos" para se adaptar ao universo da sala de aula. Eu blogo. Eles blogam. E você?
Maria Luiza Abaurre, in Revista Carta na Escola. (adaptado)
“Esse crescimento exponencial da população se reflete, também, na superexploração de recursos naturais e na degradação de ambientes em todo o planeta."
No trecho em destaque:
( ) As palavras se e na são classificadas como preposições acidentais.
( ) As palavras de e em são classificadas como preposições essenciais.
( ) A palavra da é classificada como uma preposição essencial combinada.
( ) A palavra na é classificada como uma preposição contraída graças à ressonância nasal.
Quando se aproximava ___ tarde, logo depois do almoço, ___ moça largava ___ roupas secando, para, ___ cinco, voltar com o ombro entulhado, ___ casa, direto ___ engoma ___ ferro de carvão.
“...num curioso teste de autoconhecimento: ..." (l.109 e 110)
Leia o texto a seguir.
Analise as afirmativas abaixo e marque “V" para as afirmações verdadeiras e“F" para as falsas
.( ) Os itens destacados nos trechos “até na identidade..." (1.1) e “Até o passado..." (1.2) pertencem à mesma classe de palavras.
( ) “punks, metaleiros, pagodeiros, sertanejos." (1.3) é um exemplo de aposto explicativo distributivo.
( ) "na opinião do musicólogo" (1.8) sinaliza uma relação de conformidade.
( ) “Conhecer diariamente artistas de diversos gêneros" (1.4) e “noções como a personalidade de certo artista ou a coerência da totalidade de sua obra" (1.7-8) exercem a mesma função sintática.
A alternativa que apresenta a seqüência correta, de cima para baixo, é:
Aumenta o número de adultos que não consegue focar sua atenção em uma única coisa por muito tempo. São tantos os estímulos e tanta a pressão para que o entorno seja completamente desvendado que aprendemos a ver e/ou fazer várias coisas ao mesmo tempo. Nós nos tornamos, à semelhança dos computadores, pessoas multitarefa, não é verdade?
Vamos tomar como exemplo uma pessoa dirigindo. Ela precisa estar atenta aos veículos que vêm atrás, ao lado e à frente, à velocidade média dos carros por onde trafega, às orientações do GPS ou de programas que sinalizam o trânsito em tempo real, às informações de alguma emissora de rádio que comenta o trânsito, ao planejamento mental feito e refeito várias vezes do trajeto que deve fazer para chegar ao seu destino, aos semáforos, faixas de pedestres etc.
Quando me vejo em tal situação, eu me lembro que dirigir, após um dia de intenso trabalho no retorno para casa, já foi uma atividade prazerosa e desestressante.
O uso da internet ajudou a transformar nossa maneira de olhar para o mundo. Não mais observamos os detalhes, por causa de nossa ganância em relação a novas e diferentes informações. Quantas vezes sentei em frente ao computador para buscar textos sobre um tema e, de repente, me dei conta de que estava em temas que em nada se relacionavam com meu tema primeiro.
Aliás, a leitura também sofreu transformações pelo nosso costume de ler na internet. Sofremos de uma tentação permanente de pular palavras e frases inteiras, apenas para irmos direto ao ponto. O problema é que alguns textos exigem a leitura atenta de palavra por palavra, de frase por frase, para que faça sentido. Aliás, não é a combinação e a sucessão das palavras que dá sentido e beleza a um texto?
Se está difícil para nós, adultos, focar nossa atenção, imagine, caro leitor, para as crianças. Elas já nasceram neste mundo de profusão de estímulos de todos os tipos; elas são exigidas, desde o início da vida, a dar conta de várias coisas ao mesmo tempo; elas são estimuladas com diferentes objetos, sons, imagens etc.
Aí, um belo dia elas vão para a escola. Professores e pais, a partir de então, querem que as crianças prestem atenção em uma única coisa por muito tempo. E quando elas não conseguem, reclamamos, levamos ao médico, arriscamos hipóteses de que sejam portadoras de síndromes que exigem tratamento etc.
A maioria dessas crianças sabe focar sua atenção, sim. Elas já sabem usar programas complexos em seus aparelhos eletrônicos, brincam com jogos desafiantes que exigem atenção constante aos detalhes e, se deixarmos, passam horas em uma única atividade de que gostam.
Mas, nos estudos, queremos que elas prestem atenção no que é preciso, e não no que gostam. E isso, caro leitor, exige a árdua aprendizagem da autodisciplina. Que leva tempo, é bom lembrar.
As crianças precisam de nós, pais e professores, para começar a aprender isso. Aliás, boa parte desse trabalho é nosso, e não delas.
Não basta mandarmos que elas prestem atenção: isso de nada as ajuda. O que pode ajudar, por exemplo, é analisarmos o contexto em que estão quando precisam focar a atenção e organizá-lo para que seja favorável a tal exigência. E é preciso lembrar que não se pode esperar toda a atenção delas por muito tempo: o ensino desse quesito no mundo de hoje é um processo lento e gradual.
SAYÃO, Rosely. Profusão de estímulos. Folha de São Paulo, 11
fev. 2014 - adaptado.
I) "Até que não custei tanto assim a aderir [...]." (TEXTO 1, 2 °§) II) "[...] levam o celular até para o banheiro." (TEXTO 2, 5 °§)
Assinale a opção em que o comentário sobre o emprego dos elementos destacados está correto.
João namora _____ menina , mas simpatiza _____ Joana e prefere doce _____salgado.