Questões Militares
Sobre termos integrantes da oração: predicativo do sujeito e predicativo do objeto em português
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(Bechara, 2019: 428)
Com base na definição apresentada, as expressões “Nicolau.” (1° quadrinho), “de ‘Nico’” (2° quadrinho) e “como ‘Príncipe Nico’” (3° quadrinho) são classificadas, correta e respectivamente, como:
Inimigos
O apelido de Maria Teresa, para Norberto, era "Quequinha". Depois do casamento, sempre que queria contar para os outros uma de sua mulher, o Norberto pegava sua mão, carinhosamente, e começava:
- Pois a Quequinha...
E a Quequinha, dengosa, protestava:
- Ora, Beto!
Com o passar do tempo, o Norberto deixou de chamar a Maria Teresa de Quequinha. Se ela estivesse ao seu iado e ele quisesse se referir a ela, dizia:
- A mulher aqui...
Ou, às vezes:
- Esta mulherzinha...
Mas nunca mais Quequinha.
(O tempo, o tempo. O amor tem mil inimigos, mas o pior deles é o tempo. O tempo ataca em silêncio. 6 tempo usa armas químicas.)
Com o tempo, Norberto passou a tratar a mulher por "Eia”.
- Ela odeia o Charles Bronson.
- Ah, não gosto mesmo.
Deve-se dizer que o Norberto, a esta altura, embora a chamasse de E/a,ainda usava um vago gesto de mão para indicá-la. Pior foi quando passou a dizer "essa aí” e a apontar com o queixo.
- Essa ai...
E apontava com o queixo, até curvando a boca com certo desdém.
(O tempo, o tempo; O tempo captura o amor e não o mata na hora. Vai tirando uma asa, depois outra...) Hoje, quando quer contar alguma coisa da mulher, o Norberto nem olha na sua direção. Faz meneio de lado com a cabeça e diz:
-Aquilo...
VERÍSSIMO, Luís Fernando. Novas comédias da vida privada. Porto Alegre: L&PM, 1996. P. 70-71.
Observe:
Viajou sozinha a filha em busca do mundo. A mãe permaneceu preocupada na pequena cidade. Seu anjo voara para o desconhecido.
Analise as afirmações:
I. O predicado da primeira oração classifica-se como verbonominal. Ele é formado pelo verbo de ação viajou e o predicativo do sujeito sozinha.
II. Na segunda oração, temos o verbo de ligação permaneceu e o predicativo do sujeito preocupada, o que caracteriza o predicado nominal.
III. Na última oração, o predicado é formado pelo verbo de ação voara e pelo predicativo do sujeito desconhecido, o que caracteriza o predicado verbo-nominal.
Está correto o que se afirma apenas em
O fim do canudinho de plástico
Por Devorah Lev-Tov / Quinta-feira, 5 de Julho de 2018
Em 2015, um vídeo perturbador de uma tartaruga marinha oliva sofrendo com um canudo plástico preso em sua narina viralizou, mudando a atitude de muitos espectadores quanto ao utensílio plástico tão conveniente para muitos.
Mas, como pode o canudo plástico, um item insignificante utilizado brevemente antes de ser descartado, causar tanto estrago? Primeiramente, ele consegue chegar facilmente aos oceanos devido a sua leveza. Ao chegar lá, o canudo não se decompõe. Pelo contrário, ele se fragmenta lentamente em pedaços cada vez menores, conhecidos como microplásticos, que são frequentemente confundidos com comida pelos animais marinhos.
E, em segundo lugar, ele não pode ser reciclado. “Infelizmente, a maioria dos canudos plásticos são leves demais para os separadores manuais de reciclagem, indo parar em aterros sanitários, cursos d’água e, por fim, nos oceanos”, explica Dune Ives, diretor executivo da organização Lonely Whale. A ONG viabilizou uma campanha de marketing de sucesso chamada “Strawless in Seattle” (ou “Sem Canudos em Seattle”) em apoio à iniciativa “Strawless Ocean” (ou “Oceanos Sem Canudos”).
Nos Estados Unidos, milhões de canudos de plástico são descartados todos os dias. No Reino Unido, estima-se que pelo menos 4,4 bilhões de canudos sejam jogados fora anualmente. Hotéis são alguns dos piores infratores: o Hilton Waikoloa Village, que se tornou o primeiro resort na ilha do Havaí a banir os canudos plásticos no início deste ano, utilizou mais de 800 mil canudos em 2017.
Mas é claro que os canudos são apenas parte da quantidade monumental de resíduos que vão parar em nossos oceanos. “Nos últimos 10 anos, produzimos mais plástico do que em todo o século passado e 50% do plástico que utilizamos é de uso único e descartado imediatamente”, diz Tessa Hempson, gerente de operações do Oceans Without Borders, uma nova fundação da empresa de safáris de luxo & Beyond. “Um milhão de aves marinhas e 100 mil mamíferos marinhos são mortos anualmente pelo plástico nos oceanos. 44% de todas as espécies de aves marinhas, 22% das baleias e golfinhos, todas as espécies de tartarugas, e uma lista crescente de espécies de peixes já foram documentados com plástico dentro ou em volta de seus corpos”.
Mas, agora, o próprio canudo plástico começou a finalmente se tornar uma espécie ameaçada, com algumas cidades nos Estados Unidos (Seattle, em Washington; Miami Beach e Fort Myers Beach, na Flórida; e Malibu, Davis e San Luis Obispo, na Califórnia) banindo seu uso, além de outros países que limitam itens de plástico descartável, o que inclui os canudos. Belize, Taiwan e Inglaterra estão entre os mais recentes países a proporem a proibição.
Mesmo ações individuais podem causar um impacto significativo no meio ambiente e influenciar a indústria: a proibição em uma única rede de hotéis remove milhões de canudos em um único ano. As redes Anantara e AVANI estimam que seus hotéis tenham utilizado 2,49 milhões de canudos na Ásia em 2017, e a AccorHotels estima o uso de 4,2 milhões de canudos nos Estados Unidos e Canadá também no último ano.
Embora utilizar um canudo não seja a melhor das hipóteses, algumas pessoas ainda os preferem ou até necessitam deles, como aqueles com deficiências ou dentes e gengivas sensíveis. Se quiser usar um canudo, os reutilizáveis de metal ou vidro são a alternativa ideal. A Final Straw, que diz ser o primeiro canudo retrátil reutilizável do mercado, está arrecadando fundos através do Kickstarter.
“A maioria das pessoas não pensa nas consequências que o simples ato de pegar ou aceitar um canudo plástico tem em suas vidas e nas vidas das futuras gerações” diz David Laris, diretor de criação e chef do Cachet Hospitality Group, que não utiliza canudos de plástico. “A indústria hoteleira tem a obrigação de começar a reduzir a quantidade de resíduos plásticos que gera”.
Adaptado de https://www.nationalgeographicbrasil.com/planeta-ou-plastico/2018/07/ fim-canudinhoplastico-canudo-poluicao-oceano . Acesso em 14 de março de 2019.
Analise o período a seguir e marque a alternativa correta.
“Se quiser usar canudo, os reutilizáveis de metal ou vidro são a alternativa ideal.”
Isso transformou senhores de engenho no Brasil em benfeitores, uma vez que eles seriam responsáveis por “humanizarem” os escravos e as escravas, ao levá-los para as águas do batismo. (linhas 39 e 40)
A respeito do período acima, analise as afirmativas a seguir:
I. O termo benfeitores exerce função de predicativo do objeto.
II. A palavra “humanizarem” se colocou entre aspas por referir a expressão que os senhores de engenho empregavam, o que a coloca no âmbito de citação.
III. O pronome Isso apresenta função anafórica.
Assinale
Analise o trecho a seguir.
“De repente lá vinha um homem a cavalo. Eram dois. Um senhor de fora, o claro de roupa. Miguilim saudou, pedindo a bênção. O homem trouxe o cavalo cá bem junto. Ele era de óculos, corado, alto, com um chapéu diferente, mesmo. – Deus te abençoe, pequenino. Como é teu nome? – Miguilim. Eu sou irmão do Dito. – E o seu irmão Dito é o dono daqui? – Não, meu senhor. O Ditinho está em glória.”
(ROSA, João Guimarães. Manuelzão e Miguilim. 9ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984).
No fragmento, o termo em destaque apresenta função sintática de
Indique se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma sobre a função sintática das expressões e dos termos grifados.
( ) “Nosso compromisso é oferecer oportunidades para que você leia muitos textos literários [...].” – Objeto direto
( ) “Um texto é apenas uma porção de letras impressas, até que o leitor se aproprie do que ele diz [...].” – Predicativo do sujeito
( ) “O desenvolvimento das competências profissionais dos educadores passa necessariamente pela ampliação do universo de conhecimentos e pela reflexão sobre a prática [...].” - Sujeito simples
( ) “A frase que eu digo não será a mesma frase se sair da sua boca. Ou se eu a disser dentro de um período [...].” – Adjunto adnominal
De acordo com as afirmações, assinale a sequência correta.
Leia:
A conversa corre alegre. (Ciro dos Anjos)
Aprendi novas palavras
e tornei outras mais belas. (Drummond)
Os adjetivos grifados nos versos acima classificam-se respectivamente como predicativo
Leia o trecho a seguir para responder à questão.
Melissa, dizem que esse galo cantou no Rio de Janeiro colonial, provavelmente numa
madrugada da segunda metade do século XVIII.
A expressão MELISSA, no trecho, é classificada como:
A dor do mundo
Por muito tempo achei – escrevi e disse – que os males humanos foram sempre mais ou menos os mesmos, e que a loucura toda já contamina o nosso café da manhã pelo universo cibernético. As aflições, as malandragens, as corrupções, os assassinatos absurdos, os piores aleijões morais, tudo é meu, seu, nosso pão de cada dia. Mas, de tempos para cá, comecei a achar que era lirismo sentimental meu. Estamos bem piores, sim. Por sermos mais estressados, por termos valores fracos, tortos ou nenhum, porque estamos incrivelmente fúteis e nos deixamos atingir por qualquer maluquice, porque até nossos ídolos são os mais transtornados, complicados. Nossos desejos não têm limite, nossos sonhos, por outro lado, andam ralinhos. Temos manias de gourmet, mas não podemos comer. Vivemos mais tempo, mas não sabemos o que fazer com ele. Podemos ter mais saúde, mas nos intoxicamos com excesso de remédios. Drogas habituais não bastam, então usamos substâncias e doses cavalares.
A sexualização infantil é um fato e começa em casa com mães amalucadas e programas de televisão pornográficos a qualquer hora do dia. O endeusamento da juventude a enfraquece, os adolescentes lidam sozinhos com a explosão de seus hormônios e a permissividade geral que anula limites e desorienta.
”(...)”
Uma cantora pop, que me desinteressava pela aparência e por algumas músicas, morre, mata-se, por uso desmedido de drogas (álcool sendo uma delas) aos 27 anos. Logo se exibe (quase com orgulho, ou isso já é maldade minha?) uma lista de brilhantes artistas mortos na mesma idade pela mesma razão. Nas homenagens que lhe fazem, de repente escuto canções lindas, com uma voz extraordinária: mais triste ainda, pensar que esse talento se perdeu.
“(...)”
Viramos assassinos ao volante, de preferência bêbados. Nossos edifícios precisam ter portarias treinadas como segurança, nossas casas, mil artifícios contra invasores, andamos na rua feito coelhos assustados. Não há lugar nas prisões, então se solta a bandidagem, as penas são cada vez mais brandas ou não há pena alguma. Pena temos nós, pena por nós, pela tão espalhada dor do mundo. Sempre falando em trilhões, brigando por quatrilhões, diante da imagem das crianças morrendo de fome na Etiópia, na Somália e em outros países, tão fracas que não têm mais força para engolir o mingau que alguma alma compadecida lhes alcança: a mãe observa apática as moscas que pousam no rostinho sofrido. Estou me repetindo, eu sei, talvez assim alivie um pouco a angústia da também repetida indagação: que sociedade estamos nos tornando?
Eu, recolhida na ponta inferior deste país, sou parte dela e da loucura toda: porque tenho alguma voz, escrevo e falo, sem ilusão de que adiantará alguma coisa. Talvez, como na vida das pessoas, esta seja apenas uma fase ruim da humanidade, que conserva fulgores de solidariedade e beleza. Onde não a matamos, a natureza nos fornece material de otimismo: uma folha de outono avermelhada que a chuva grudou na vidraça, a voz das crianças que estão chegando, uma música que merece o termo “sublime”, gente honrada e produtiva, ou que cuida dos outros. Ainda dá para viver neste planeta. Ainda dá para ter esperança de que, de alguma forma, algum dia, a gente comece a se curar enquanto sociedade, e a miséria concreta não mate mais ninguém, enquanto líderes mundiais brigam por abstratos quatrilhões.
(Lya Luft – Revista Veja – Edição 2228 – ano 44 – nº 31 – 3 de agosto de 2011)
Em relação às palavras ou expressões grifadas nas orações abaixo e sua função sintática, indique se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma e, em seguida, assinale a alternativa que possui a sequência correta.
( ) “... que os males humanos foram sempre mais ou menos os mesmos.” (1º§) – sujeito
( ) “... e programas de televisão pornográficos a qualquer hora...” (2º§) – adjunto adverbial
( ) “... os adolescentes lidam sozinhos com a explosão de seus hormônios...” (2º§) – objeto direto
( ) “... a mãe observa apática as moscas...” (4º§) – predicativo
Texto II
No aeroporto
Viajou meu amigo Pedro. Fui levá-lo ao Galeão, onde esperamos três horas o seu quadrimotor. Durante esse tempo, não faltou assunto para nos entretermos, embora não falássemos da vã e numerosa matéria atual. Sempre tivemos muito assunto, e não deixamos de explorá-lo a fundo. Embora Pedro seja extremamente parco de palavras, e, a bem dizer, não se digne de pronunciar nenhuma. Quando muito, emite sílabas; o mais é conversa de gestos e expressões, pelos quais se faz entender admiravelmente. É o seu sistema.
Passou dois meses e meio em nossa casa, e foi hóspede ameno. Sorria para os moradores, com ou sem motivo plausível. Era a sua arma, não direi secreta, porque ostensiva. A vista da pessoa humana lhe dá prazer. Seu sorriso foi logo considerado sorriso especial, revelador de suas boas intenções para com o mundo ocidental e oriental, e em particular o nosso trecho de rua. [...]
Devo dizer que Pedro, como visitante, nos deu trabalho; tinha horários especiais, comidas especiais, roupas especiais, sabonetes especiais, criados especiais. Mas sua simples presença e seu sorriso compensariam providências e privilégios maiores. [...]
Viajou meu amigo Pedro. Fico refletindo na falta que faz um amigo de um ano de idade a seu companheiro já vivido e puído. De repente o aeroporto ficou vazio.
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Cadeira de balanço. Reprod. em: Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1973, p. 1107-1108.)
Associe as duas colunas relacionando os termos em destaque com suas respectivas funções sintáticas. A seguir, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
(1) Sujeito
(2) Predicativo
(3) Objeto direto
(4) Objeto indireto
( ) “Viajou meu amigo Pedro.” (1º§)
( ) “Fui levá-lo ao Galeão, [...]” (1º§)
( ) “De repente o aeroporto ficou vazio.” (4º§)
( ) “A vista da pessoa humana lhe dá prazer.” (2º§)