Questões Militares Sobre termos integrantes da oração: predicativo do sujeito e predicativo do objeto em português

Foram encontradas 84 questões

Q680483 Português

Observe:

Ó cavaleiro, quem és? que mistério,

Quem te força da morte no império pela noite assombrada a vagar?”

Assinale a alternativa cujo termo em destaque tem a mesma função sintática de “Ó cavaleiro”.

Alternativas
Q680481 Português
Assinale a alternativa em que o termo destacado é predicativo do sujeito.
Alternativas
Q581940 Português

Texto 01

       Quando se pergunta à população brasileira, em uma pesquisa de opinião, qual seria o problema fundamental do Brasil, a maioria indica a precariedade da educação. Os entrevistados costumam apontar que o sistema educacional brasileiro não é capaz de preparar os jovens para a compreensão de textos simples, elaboração de cálculos aritméticos de operações básicas, conhecimento elementar de física e química, e outros fornecidos pelas escolas fundamentais.

      [. • •]

      Certa vez, participava de uma reunião de pais e professores em uma escola privada brasileira de destaque e notei que muitos pais expressavam o desejo de ter bons professores, salas de aula com poucos alunos, mas não se sentiam responsáveis para participarem ativamente das atividades educacionais, inclusive custeando os seus serviços. Se os pais não conseguiam entender que esta aritmética não fecha e que a sua aspiração estaria no campo do milagre, parece difícil que consigam transmitir aos seus filhos o mínimo de educação.

      Para eles, a educação dos filhos não se baseia no aprendizado dos exemplos dados pelos pais.

      Que esta educação seja prioritária e ajude a resolver os outros problemas de uma sociedade como a brasileira parece lógico. No entanto, não se pode pensar que a sua deficiência depende somente das autoridades. Ela começa com os próprios pais, que não podem simplesmente terceirizar essa responsabilidade.

      Para que haja uma mudança neste quadro é preciso que a sociedade como um todo esteja convencida de que todos precisam contribuir para tanto, inclusive elegendo representantes que partilhem desta convicção e não estejam pensando somente nos seus benefícios pessoais.

      Sobre a educação formal, aquela que pode ser conseguida nos muitos cursos que estão se tornando disponíveis no Brasil, nota-se que muitos estão se convencendo de que eles ajudam na sua ascensão social, mesmo sendo precários. O número daqueles que trabalham para obter o seu sustento e ajudar a sua família, e ao mesmo tempo se dispõe a fazer um sacrifício adicional frequentando cursos até noturnos, parece estar aumentando.

      A demanda por cursos técnicos que elevam suas habilidades para o bom exercício da profissão está em alta. É tratada como prioridade tanto no governo como em instituições representativas das empresas. O mercado observa a carência de pessoal qualificado para elevar a eficiência do trabalho.

      Muitos reconhecem que o Brasil é um dos países emergentes que estão melhorando, a duras penas, a sua distribuição de renda. Mas, para que este processo de melhoria do bem-estar da população seja sustentável, há que se conseguir um aumento da produtividade do trabalho, que permita, também, o aumento da parcela da renda destinada à poupança, que vai sustentar os investimentos indispensáveis.

      A população que deseja melhores serviços das autoridades precisa ter a consciência de que uma boa educação, não necessariamente formal, é fundamental para atender melhor as suas aspirações.

   (YOKOTA, Paulo. Os problemas da educação no Brasil. Em http://www,cartacapital.com.br/

                          educacao/os-problemas-da-educacao-no-brasil- 657.html - Com adaptações)

Assinale a opção na qual o termo oracional foi classificado corretamente.
Alternativas
Q572232 Português
Assinale a alternativa em que o(s) termo(s) destacado(s) é (são) predicativo do objeto.
Alternativas
Q543159 Português
Nas passagens que se seguem as expressões sublinhadas cumprem a função de predicativo. Assinale a EXCEÇÃO.
Alternativas
Ano: 2015 Banca: IOBV Órgão: PM-SC Prova: IOBV - 2015 - PM-SC - Soldado da Polícia Militar |
Q500074 Português
Há um termo sintático negritado, classifique-o

                        A minha vontade é forte, mas a minha
                          disposição de obedecer-lhe é fraca.
                               Carlos Drummond de Andrade
Alternativas
Q1346317 Português
Os fragmentos retirados do texto 5 trazem palavras destacadas. De acordo com o sentido expresso no texto, marque o item que apresenta um predicativo do sujeito.
Alternativas
Q696161 Português

Texto II

                                       No aeroporto

      Viajou meu amigo Pedro. Fui levá-lo ao Galeão, onde esperamos três horas o seu quadrimotor. Durante esse tempo, não faltou assunto para nos entretermos, embora não falássemos da vã e numerosa matéria atual. Sempre tivemos muito assunto, e não deixamos de explorá-lo a fundo. Embora Pedro seja extremamente parco de palavras, e, a bem dizer, não se digne de pronunciar nenhuma. Quando muito, emite sílabas; o mais é conversa de gestos e expressões, pelos quais se faz entender admiravelmente. É o seu sistema.

      Passou dois meses e meio em nossa casa, e foi hóspede ameno. Sorria para os moradores, com ou sem motivo plausível. Era a sua arma, não direi secreta, porque ostensiva. A vista da pessoa humana lhe dá prazer. Seu sorriso foi logo considerado sorriso especial, revelador de suas boas intenções para com o mundo ocidental e oriental, e em particular o nosso trecho de rua. [...]

      Devo dizer que Pedro, como visitante, nos deu trabalho; tinha horários especiais, comidas especiais, roupas especiais, sabonetes especiais, criados especiais. Mas sua simples presença e seu sorriso compensariam providências e privilégios maiores. [...]

      Viajou meu amigo Pedro. Fico refletindo na falta que faz um amigo de um ano de idade a seu companheiro já vivido e puído. De repente o aeroporto ficou vazio.

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Cadeira de balanço. Reprod. em: Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1973, p. 1107-1108.)  

Associe as duas colunas relacionando os termos em destaque com suas respectivas funções sintáticas. A seguir, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

(1) Sujeito

(2) Predicativo

(3) Objeto direto

(4) Objeto indireto


( ) “Viajou meu amigo Pedro.” (1º§)

( ) “Fui levá-lo ao Galeão, [...]” (1º§)

( ) “De repente o aeroporto ficou vazio.” (4º§)

( ) “A vista da pessoa humana lhe dá prazer.” (2º§)

Alternativas
Q644586 Português

                             UM QUARTO DE RAPAZ

                                                                                                     Elsie Lessa

      Abro as venezianas na alegria do sol desta manhã e só não ponho a mão na cabeça porque, afinal das contas, o correr dos anos nos dá uma certa filosofia. Essa rapaziada parece que é mesmo toda assim.

      Quem sai para uma prova de matemática não há mesmo de ter deixado a cama feita, tanto mais quando ficou lendo Carlos Drummond de Andrade até às tantas, como prova este Poesia até agora, rubro de vergonha de ter sido largado no chão junto a este cinzeiro transbordante e às meias azuis de náilon. E dizer que desde que esse menino nasceu tento provar-lhe que já não estamos – hélas! – no tempo da escravidão e que somos nós mesmos, brancos, pretos ou amarelos, intelectuais ou estudantes em provas, que devemos encaminhar ao destino conveniente as roupas da véspera. Qual, ele não se convence. Também uma manta escocesa, de suaves lãs macias, que a mãe da gente trouxe embaixo do braço da Inglaterra até aqui, para que nos aqueça nas noites de inverno, não devia ser largada no chão, nem mesmo na companhia de um livro de versos. E quem é que está ligando para tudo isso?

      Ó mocidade inquieta, só mesmo o que está em ordem dentro deste quarto são os montes de discos. E estes livros, meu Deus? Como é que gente que gosta de ler pode deixar os próprios livros numa bagunça dessas? Coitado do Pablo Neruda, olha onde foi parar! E o Dom Quixote de la Mancha, Virgem Santíssima! Há três gerações que os antepassados desse menino não fazem outra coisa senão escrever livros, e ele os trata assim!

      − Livro é pra ler! Não é para enfeitar estante!

      − Está certo! Que não enfeite, mas também não precisam ser empurrados desse jeito, lá para o fundo, com esse monte de revistas de jazz em cima! E custava, criatura, custava você pendurar essas calças nesse guarda-roupa que é para você, sozinho, que é provido de cabides, que não têm outro destino senão abrigar as suas calças?

      − Mania de ordem é complexo de culpa, já te avisei! Meu quarto está ótimo, está formidável. E não gosto que mexa, hein, senão depois não acho as minhas coisas!

      E pensar que esse menino um dia casa e vai levar essas noções de arrumação para a infeliz da esposa, e que juízo, que juízo vai fazer essa moça de mim, meu Deus do céu! Há bem uns quinze anos que esse problema me atormenta, tenho trocado confidências com amigas e há várias opiniões a respeito. Umas acham que um dia dá um estalo de Padre Vieira na cabeça desses moleques e passam a pendurar a roupa, tirar pó de livro, desamarrar o sapato antes de tirar do pé.

      Pode ser. Deus permita! Mas que agonia, enquanto isso não acontece.

      Dizer que peregrinei por antiquários para descobrir nobres jacarandás, de boa estirpe, que o rodeassem em todas as suas horas, que lhe infundissem o gosto das coisas belas. Qual! Pendurei a balada do “If”1 em cima de todos esses discos de jazz, e sobre a vitrola, já nem sei por quê, esse belo retrato de Napoleão, em esmalte, vindo das margens do Sena! E ele está se importando? O violão está sem cordas, e em cima do meu retrato, radioso retrato da minha juventude, ele já pôs o Billy Eckstine, a Sarah Vaughan, a Ava Gardner de biquíni e duas namoradas ora descartadas! E não tira um, antes de colocar o outro! Vai empurrando por cima e já a moldura estoura com essa variedade de predileções! São Sebastião, na sua peanha dourada, está de olhos erguidos para o alto e, felizmente, não vê a desordem que anda cá por baixo.

      Vejo eu, olho em roda para saber por onde começar. Custava ele despejar esses cinzeiros? Onde já se viu fumar na cama e fazer furos nos meus lençóis? E, em tempos de provas, é hora de ficar folheando livros de versos, até tarde da noite, desse jeito? O caderno de física está assim de poesias e letras de fox e caricaturas de colegas, não sei também se de algum professor! E para que seis caixas de fósforo em cima dessa vitrola? E onde já se viu misturar na mesma mesa esse nunca assaz manuseado Manuel Bandeira, e El son entero, de Nicolás Guillén, e os poemas de Mário de Andrade, e os Pássaros Perdidos de Tagore, e Fernando Pessoa, e esse pocket book policial? Quer ler Graham Greene, e fazer versos, e fumar feito um desesperado, e não perder praia no Arpoador, nem broto na vizinhança, nem filme na semana e passar nas provas. E em que mundo isso é possível?

      Guardo os chinelos, que ficam sempre emborcados. Já lhe disse que isso é atraso de vida. E ele morre de rir. E ponho as cobertas em cima da cama. E abro as janelas, para sair esse cheiro de fumo. E deixo só uma caixa de fósforos. Mas não faço mais nada, porque abri um caderno, de letra muito ruim, até a metade com os seus versos.

1 Poema célebre do escritor indiano Rudyard Kipling (1865- 1936), Prêmio Nobel de Literatura de 1907.

OBS.: O texto foi adaptado às regras do Novo Acordo Ortográfico.

Considerando a predicação das formas verbais sublinhadas que se seguem, aquela que se DISTINGUE das demais está na opção
Alternativas
Q505511 Português
                                                    No aeroporto

     Viajou meu amigo Pedro. Fui levá-lo ao Galeão, onde esperamos três horas o seu quadrimotor. Durante esse tempo, não faltou assunto para nos entretermos, embora não falássemos da vã e numerosa matéria atual. Sempre tivemos muito assunto, e não deixamos de explorá-lo a fundo. Embora Pedro seja extremamente parco de palavras, e, a bem dizer, não se digne de pronunciar nenhuma. Quando muito, emite sílabas; o mais é conversa de gestos e expressões, pelos quais se faz entender admiravelmente. É o seu sistema.

     Passou dois meses e meio em nossa casa, e foi hóspede ameno. Sorria para os moradores, com ou sem motivo plausível. Era a sua arma, não direi secreta, porque ostensiva. A vista da pessoa humana lhe dá prazer. Seu sorriso foi logo considerado sorriso especial, revelador de suas boas intenções para com o mundo ocidental e oriental, e em particular o nosso trecho de rua. [...]

     Devo dizer que Pedro, como visitante, nos deu trabalho; tinha horários especiais, comidas especiais, roupas especiais, sabonetes especiais, criados especiais. Mas sua simples presença e seu sorriso compensariam providências e privilégios maiores. [...]

     Viajou meu amigo Pedro. Fico refletindo na falta que faz um amigo de um ano de idade a seu companheiro já vivido e puído. De repente o aeroporto ficou vazio.

                                                 ( ANDRADE, Carlos Drummond de. Cadeira de balanço. Reprod. em:
                                   Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1973, p. 1107-1108
.)


Associe as duas colunas relacionando os termos em destaque com suas respectivas funções sintáticas. A seguir, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

(1) Sujeito
(2) Predicativo
(3) Objeto direto
(4) Objeto indireto

( ) “Viajou meu amigo Pedro''.(1°§)
( ) “Fui levá-lo ao Galeão, [...]" (1°§)
( ) “De repente o aeroporto ficou vazio''.(4°§)
( ) “A vista da pessoa humana lhe dá prazer." (2°§)
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Q503055 Português
Assinale a alternativa em que o termo destacado é predicativo do sujeito.
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Q494089 Português
Observe:

Viajou sozinha a filha em busca do mundo. A mãe permaneceu preocupada na pequena cidade. Seu anjo voara para o desconhecido.

Analise as afirmações:

I. O predicado da primeira oração classifica-se como verbo- nominal. Ele é formado pelo verbo de ação viajou e o predicativo do sujeito sozinha.

II. Na segunda oração, temos o verbo de ligação permaneceu e o predicativo do sujeito preocupada, o que caracteriza o predicado nominal.

III. Na última oração, o predicado é formado pelo verbo de ação voara e pelo predicativo do sujeito desconhecido, o que caracteriza o predicado verbo-nominal.

Está correto o que se afirma apenas em
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Q494082 Português
Assinale a alternativa em que o termo destacado classifica- se como predicativo do sujeito.
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Q457542 Português
Apenas um tiroteio na madrugada

São 2:30 da madrugada e eu deveria estar dormindo, mas acordei com uma rajada de metralhadora na escuridão. É mais um tiroteio na favela ao lado.

Além dos tiros de metralhadora, outros tiros se seguem, mais finos, igualmente penetrantes, continuando a fuzilaria. Diria que armas de diversos calibres estão medindo seu poder de fogo a uns quinhentos metros da minha casa.

No entanto, estou na cama, tecnicamente dormindo. Talvez esteja sonhando, talvez esteja ouvindo o tiroteio de algum filme policial. Tento em princípio descartar a ideia de que há uma cena de guerrilha ao lado. Aliás, é fim de ano, e quem sabe não estão soltando foguetes por aí em alguma festa de rico?

Não. É tiroteio mesmo. Não posso nem pensar que são bombas de São João, como fiz de outras vezes, procurando ajeitar o corpo insone no travesseiro.

Estou tentando ignorar, mas não há como: é mais um tiroteio na favela ao lado. [...]

O tiroteio continua e estamos fingindo que nada acontece.

Sinto-me mal com isso. Me envergonho com o fato de que nos acostumamos covardemente a tudo. Me escandalizo que esse tiroteio não mais me escandalize. Me escandaliza que minha mulher durma e nem ouça que há uma guerra ao lado, exatamente como ela já se escandalizou quando em outras noites ouvia a mesma fuzilaria e eu dormia escandalosamente e ela ficava desamparada com seus ouvidos em meio à guerra.

Sei que vai amanhecer daqui a pouco. E vai se repetir uma cena ilustrativa de nossa espantosa capacidade de negar a realidade, ou de diminuir seu efeito sobre nós por não termos como administrá-la. Vou passar pela portaria do meu edifício e indagar ao porteiro e aos homens da garagem se também ouviram o tiroteio. Um ou outro dirá que sim. Mas falará disso como de algo que acontecesse inexplicavelmente no meio da noite.

No elevador, um outro morador talvez comente a fuzilaria com o mesmo ar de rotina com que se comenta um Fia - Flu. E vamos todos trabalhar. As crianças para as escolas. As donas de casa aos mercados. Os executivos nos seus carros.

Enquanto isso, as metralhadoras e as armas de todos os calibres se lubrificam. Há um ou outro disparo durante o dia. Mas é à noite que se manifestam mais escancaradamente. Ouvirei de novo a fuzilaria. Rotineiramente. É de madrugada e na favela ao lado recomeça o tiroteio. Não é nada.

Ouvirei os ecos dos tiros sem saber se é sonho ou realidade e acabarei por dormir. Não é nada. É apenas mais um tiroteio de madrugada numa favela ao lado.

Affonso Romano de Sant'Anna. Porta de colégio. São Paulo. Ática, 1995, p. 69-71.
Que função sintática exerce o termo destacado em: “ ...em outras noites ouvia AMESMA FUZILARIA...”?
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Q753373 Português

Leia o trecho a seguir para responder à questão.

Melissa, dizem que esse galo cantou no Rio de Janeiro colonial, provavelmente numa madrugada da segunda metade do século XVIII. 


A expressão MELISSA, no trecho, é classificada como: 

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Q678461 Português

Observe a oração destacada a seguir:

Olhar para as intrigantes imagens criadas por Escher é uma experiência inesquecível.” (linha 4, texto 1)

Em qual das opções abaixo a expressão em destaque exerce função sintática distinta daquela da expressão destacada acima?

Alternativas
Q646510 Português

Falta de educação e velocidade 

    Os anjos da morte estão cansados de nos recolher, a nós que nos matamos ou somos assassinados no tráfego das estradas, cidades, esquinas deste país. Os anjos da morte estão exaustos de pegar restos de vidas botadas fora. Os anjos da morte andam fartos de corpos mutilados e almas atônitas. Os anjos da morte suspiram por todo esse desperdício.
Não sei se as propagandas que tentam aos poucos aliviar essa tragédia ajudam tanto a preservar vidas quanto as intermináveis, ricas e coloridas propagandas de cerveja ajudam a beber mais e mais e mais, colaborando para uma parte dessa carnificina. Mas sei que estou no limite. Não apenas porque abro jornais, TV e computador e vejo a mortandade em andamento, mas porque tenho observado as coisas em questão. Recentemente, dirigindo numa autoestrada, percebi um motorista tentando empurrar para o canteiro central um carro que seguia à minha frente na faixa esquerda, na velocidade adequada ao trajeto. Chegava provocadoramente perto, pertinho, pertíssimo, quase batia no outro, que se desviava um pouco lutando para manter-se firme no seu trajeto sem despencar.
    [...]
    Atenção: os jovens são – em geral, mas não sempre – mais arrojados, mais imprudentes, têm menos experiência na direção. Portanto, são mais inclinados a acidentes, bobos ou fatais, em que a gente mata e morre. Mas há um número impressionante de adultos – mais homens do que mulheres, diga-se de passagem, porque talvez sejam biologicamente mais agressivos – cometendo loucuras ao dirigir, avançando o sinal, quase empurrando o veículo da frente com seu parachoque, não cedendo passagem, ultrapassando em locais absurdos sem a menor segurança, bebendo antes de dirigir, enfim, usando o carro como um punhal hostil [...].
    Cada um se porta como quer – ou como consegue. Isso vem do caráter inato, combinado com a educação recebida em casa. Quando esse comportamento ultrapassa o convívio cotidiano e pode mutilar pais de família, filhos e filhas amados, amigos preciosos, ou seja lá quem for, então é preciso instaurar leis férreas e punições comparáveis. Que não permitam escapadelas nem facilitem cometer a infração com branda cobrança. Que não admitam desculpas e subterfúgios, não premiem o erro, não pequem por uma criminosa omissão.
    Precisamos em quase tudo de autoridade e respeito, para que haja uma reforma generalizada, passando da desordem e do caos a algum tipo de segurança e bem-estar. [...]
Autoridade justa, mas muito rigorosa, é o que talvez nos deixe mais lúcidos e mais bem-educados: em casa, na escola, na rua, na estrada, no bar, no clube, dentro do nosso carro. E os fatigados anjos da morte poderão, se não entrar em férias, ao menos relaxar um pouco.

Lya Luft

Em : “Chegou a hora de a alegria aparecer”. ,os termos destacados têm a função sintática de
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Q633580 Português

Leia o texto abaixo e responda à questão.

VELHO MARINHEIRO

Homenagem aos marinheiros

de sempre... e para sempre.

 

    Sou marinheiro porque um dia, muito jovem, estendi meu braço diante da bandeira e jurei lhe dar minha vida. 

   Naquele dia de sol a pino, com meu novo uniforme branco, senti-me homem de verdade, como se estivesse dando adeus aos tempos de garoto. Ao meu lado, as vozes de outros jovens soavam em uníssono com a minha, vibrantes, e terminamos com emoção, de peitos estufados e orgulhosos. Ao final, minha mãe veio em minha direção, apressada em me dar um beijo. Acariciou-me o rosto e disse que eu estava lindo de uniforme. O dia acabou com a família em festa; eu lembro-me bem, fiquei de uniforme até de tarde... 

    Sou marinheiro, porque aprendi, naquela Escola, o significado nobre de companheirismo. Juntos no sofrimento e na alegria, um safando o outro, leais e amigos. Aprendi o que é civismo, respeito e disciplina, no princípio, exigidos a cada dia; depois, como parte do meu ser e, assim, para sempre. A cada passo havia um novo esforço esperando e, depois dele, um pequeno sucesso. Minha vida, agora que olho para trás, foi toda de pequenos sucessos. A soma deles foi a minha carreira. 

      No meu primeiro navio, logo cedo, percebi que era novamente aluno. Todos sabiam das coisas mais do que eu havia aprendido. Só que agora me davam tarefas, incumbências, e esperavam que eu as cumprisse bem. Pouco a pouco, passei a ser parte da equipe, a ser chamado para ajudar, a ser necessário. Um dia vi-me ensinando aos novatos e dei-me conta de que me tornara marinheiro, de fato e de direito, um profissional! O navio passou a ser minha segunda casa, onde eu permanecia mais tempo, às vezes, do que na primeira. Conhecia todos, alguns mais até do que meus parentes. Sabia de suas manhas, cacoetes, preocupações e de seus sonhos. Sem dar conta, meu mundo acabava no costado do navio. 

    A soma de tudo que fazemos e vivemos, pelo navio, é uma das coisas mais belas, que só há entre nós, em mais nenhum outro lugar. Por isso sou marinheiro, porque sei o que é espírito de navio. 

     Bons tempos aqueles das viagens, dávamos um duro danado no mar, em serviço, postos de combate, adestramento de guerra, dia e noite. O interessante é que em toda nossa vida, quando buscamos as boas recordações, elas vêm desse tempo, das viagens e dos navios. Até as durezas por que passamos são saborosas ao lembrar, talvez porque as vencemos e fomos adiante. 

É aquela história dos pequenos sucessos. 

     A volta ao porto era um acontecimento gostoso, sempre figurando a mulher. Primeiro a mãe, depois a namorada, a noiva, a esposa. Muita coisa a contar, a dizer, surpresas de carinho. A comida preferida, o abraço apertado, o beijo quente... e o filho que, na ausência, foi ensinado a dizer papai. 

     No início, eu voltava com muitos retratos, principalmente quando vinha do estrangeiro, depois, com o tempo, eram poucos, até que deixei de levar a máquina. Engraçado, vocês já perceberam que marinheiro velho dificilmente baixa a terra com máquina fotográfica? Foi assim comigo.

    Hoje os navios são outros, os marinheiros são outros - sinto-os mais preparados do que eu era - mas a vida no mar, as viagens, os portos, a volta, estou certo de que são iguais. Sou marinheiro, por isso sei como é. 

      Fico agora em casa, querendo saber das coisas da Marinha. E a cada pedaço que ouço de um amigo, que leio, que vejo, me dá um orgulho que às vezes chega a entalar na garganta. Há pouco tempo, voltei a entrar em um navio. Que coisa linda! Sofisticado, limpíssimo, nas mãos de uma tripulação que só pode ser muito competente para mantê-lo pronto. Do que me mostraram eu não sabia muito. Basta dizer que o último navio em que servi já deu baixa. Quando saí de bordo, parei no portaló, voltei-me para a bandeira, inclinei a cabeça... e, minha garganta entalou outra vez. 

     Isso é corporativismo; não aquele enxovalhado, que significa o bem de cada um, protegido à custa do desmerecimento da instituição; mas o puro, que significa o bem da instituição, protegido pelo merecimento de cada um. 

Sou marinheiro e, portanto, sou corporativista. 

Muitas vezes a lembrança me retorna aos dias da ativa e morro de saudades. Que bom se pudesse voltar ao começo, vestir aquele uniforme novinho - até um pouco grande, ainda recordo - Jurar Bandeira, ser beijado pela minha falecida mãe... 

    Sei que, quando minha hora chegar, no último instante, verei, em velocidade desconhecida, o navio com meus amigos, minha mulher, meus filhos, singrando para sempre, indo aonde o mar encontra o céu... e, se São Pedro estiver no portaló, direi:

-  Sou marinheiro, estou embarcando. 

(Autor desconhecido. In: Língua portuguesa: leitura e produção de texto. Rio de Janeiro: Marinha do Brasil, Escola Naval, 2011. p. .6-8} 

GLOSSÁRIO Portaló - abertura no casco de um navio, ou passagem junto à balaustrada, por onde as pessoas transitam para fora ou para dentro, e por onde se pode movimentar carga leve. 
Em que opção o termo sublinhado tem o mesmo valor sintático que a oração destacada em "No meu primeiro navio, logo cedo, percebi que era novamente aluno."(4 ° §)? 
Alternativas
Q505440 Português
                                                O padeiro

       Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento - mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a “greve do pão dormido". De resto não é bem uma greve, é um lockout, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo.
      Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:
      - Não é ninguém, é o padeiro!
      Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?
      “Então você não é ninguém?" Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não senhora, é o padeiro". Assim ficara sabendo que não era ninguém…
      Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina - e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.
      Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!" E assobiava pelas escadas.

                 (Rubem Braga. Disponível em: http://www.sul21.com.br/jornal/2013/01/100-anos-do...)


Analise sintaticamente a oração a seguir: “[...] eu era rapaz naquele tempo!” (8º§). Assinale a alternativa que apresenta a função, na oração anterior, desempenhada pela palavra destacada.
Alternativas
Respostas
41: A
42: C
43: A
44: A
45: A
46: A
47: D
48: A
49: B
50: A
51: B
52: C
53: C
54: E
55: C
56: D
57: D
58: E
59: E
60: D