Questões de Concurso Militar CIAAR 2017 para Primeiro Tenente - Psiquiatria

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Q867233 Psiquiatria

Paciente de 22 anos, branca, estudante universitária. Durante a aula sofre um desmaio, retomando o nível de consciência após 15 minutos. Durante o episódio, não houve liberação esfincteriana nem descarga motora. A paciente conversa normalmente, não tem queixas, referindo apenas amnésia dos últimos minutos. É levada por colegas ao serviço médico da universidade e, de lá, encaminhada a um hospital. São realizados exames de sangue, ressonância magnética de encéfalo e vídeo-eletroencefalograma de 24 horas, todos normais. A família é acionada e informa que a estudante passa por fase de rebeldia, tem faltado às aulas e teve um desempenho acadêmico ruim ao longo do último semestre. Após observação de 48 horas, a paciente tem alta. Sai sorrindo e planeja sair com amigos no mesmo dia. A aluna solicita perícia médica para trancamento de matrícula do semestre anterior e confidencia à melhor amiga que planejara todo o ocorrido porque não queria ser punida pelos pais. Nunca mais teve episódios semelhantes na vida e retomou o funcionamento anterior.


O diagnóstico mais provável desse paciente é

Alternativas
Q867234 Psiquiatria

Avalie as afirmativas abaixo sobre psicopatologia.


I - Uma criança, ao observar nuvens e ver nelas as figuras de um dinossauro e de um cavalo, está experimentando uma pareidolia.

II - Ilusão e alucinação são sinônimos.

III - “Não tenho ânimo para nada”, “não tenho energia”, “estou sem pique” são expressões comumente utilizadas pelos pacientes para descrever a hipobulia.

IV -O ato impulsivo difere do ato compulsivo por ser reconhecido como indesejável e inadequado e por haver a tentativa de refreá-lo ou adiá-lo.


Está correto apenas o que se afirma em

Alternativas
Q867237 Psiquiatria

M. L. R., 29 anos, solteira, sem filhos, secretária-executiva de uma grande empresa. Desde a infância, demonstra incômodo com uma pequena mancha na região frontal próxima à implantação dos cabelos, de coloração bege-clara, hoje medindo cerca de 0,5cm de diâmetro. Já procurou diversos dermatologistas, que a tranquilizaram quanto à lesão, afirmando da sua benignidade. Apesar do pequeno tamanho e da coloração discreta, a paciente passou a tentar esconder a mancha, cobrindo-a com os cabelos e a maquiagem. A família insiste que a lesão não é chamativa, mas a paciente não concorda, diz que é a primeira coisa que todos reparam quando olham para seu rosto. Seu trabalho tem sido prejudicado, pois M. passa muito tempo se olhando no espelho para se certificar de que a mancha está bem escondida. Por vezes passa tanta maquiagem que a mesma se torna mais chamativa que a lesão. A paciente tem recusado convites para sair e não vai às festas da família para evitar que as pessoas percebam o “defeito” em seu rosto. M. reconhece o exagero de sua preocupação, mas não consegue evitar o pensamento de que deveria fazer uma cirurgia plástica para remover a lesão.


O diagnóstico mais provável para este caso é

Alternativas
Q867238 Psiquiatria

H. M., 48 anos, casado, 3 filhos, trabalhador da construção civil, previamente hígido. Há 2 semanas presenciou o assassinato de um colega de trabalho, dependente químico, que devia dinheiro ao traficante local. H. M. não foi visto pelos bandidos e se escondeu durante o ocorrido, porém pôde ver toda a ação e o sofrimento do colega, sem poder ajudá-lo. Desde então, não consegue retornar ao local de trabalho, “tomou pavor” daquela construção. A esposa relata que H. parece distante, tem pesadelos e acorda gritando quase todas as noites. Já perdeu peso, pois não consegue se alimentar. Chora, relembra diariamente a cena. Quando os filhos estão por perto, sobressalta-se com os movimentos e ruídos dos mesmos.


O diagnóstico mais provável para o caso é o transtorno

Alternativas
Q867240 Psiquiatria

P. H. D., 58 anos, casado, 2 filhas, engenheiro de minas. Há 20 anos trabalha em órgão público responsável pela fiscalização de barragens nas mineradoras de todo o país. Após grave acidente envolvendo o rompimento de uma destas barragens, ocorrido há 18 dias, o paciente desenvolveu importante sofrimento psíquico, passou a se isolar, parou de comer, perdeu mais de 10kg, não dorme, permanece o tempo todo na cama. Nos últimos 3 dias, além desses sintomas, passou a dizer também que havia câmeras que o vigiavam e escutas nos telefones. Acreditava que seria preso, perderia seus bens e que toda a família se envergonharia dele. Dizia ser o único culpado pela tragédia, pois teria estado no local do acidente três dias antes do ocorrido e dado o aval para a continuidade das atividades da mineradora. Sua mulher entrou em contato com os colegas de trabalho e verificou que o paciente esteve naquele local três anos antes do acidente e que, no último ano, o paciente esteve responsável apenas pelo trabalho burocrático no escritório. Mesmo confrontado com esta informação, P. H. D. insistia que esteve no local e que era o único responsável pelo acidente. Tentou se enforcar no banheiro de casa há dois dias, motivo pelo qual foi internado numa clínica psiquiátrica. A equipe de enfermagem o vigiava 24 horas por dia para evitar novas tentativas de autoextermínio, uma vez que o paciente reiterava a intenção de atentar contra a própria vida.


Antecedentes pessoais: sem história pregressa do uso de psicofármacos e de adoecimento psíquico. Como comorbidades clínicas, hipotireoidismo e acompanhamento nefrológico para investigação de redução aguda da função renal.

O diagnóstico mais provável para esse caso é
Alternativas
Respostas
6: A
7: B
8: C
9: A
10: D