Questões de Concurso Militar CIAAR 2017 para Primeiro Tenente - Psiquiatria
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Menina de 2 anos, sem intercorrências na gestação ou no período perinatal, perímetro cefálico normal ao nascimento. Até os 6 meses teve um bom desenvolvimento neuropsicomotor, quando iniciou quadro de desaceleração do crescimento cefálico, movimentos estereotipados das mãos, prejuízo na interação social, dificuldade respiratória, retardo psicomotor importante e prejuízo de linguagem. Exames laboratoriais negativos para doenças de depósito e sem histórico de infecções prévias do sistema nervoso central. A interação social tem melhorado, mas os demais sinais e sintomas se mantêm inalterados.
O diagnóstico mais provável para esta criança é o transtorno
Paciente de 22 anos, branca, estudante universitária. Durante a aula sofre um desmaio, retomando o nível de consciência após 15 minutos. Durante o episódio, não houve liberação esfincteriana nem descarga motora. A paciente conversa normalmente, não tem queixas, referindo apenas amnésia dos últimos minutos. É levada por colegas ao serviço médico da universidade e, de lá, encaminhada a um hospital. São realizados exames de sangue, ressonância magnética de encéfalo e vídeo-eletroencefalograma de 24 horas, todos normais. A família é acionada e informa que a estudante passa por fase de rebeldia, tem faltado às aulas e teve um desempenho acadêmico ruim ao longo do último semestre. Após observação de 48 horas, a paciente tem alta. Sai sorrindo e planeja sair com amigos no mesmo dia. A aluna solicita perícia médica para trancamento de matrícula do semestre anterior e confidencia à melhor amiga que planejara todo o ocorrido porque não queria ser punida pelos pais. Nunca mais teve episódios semelhantes na vida e retomou o funcionamento anterior.
O diagnóstico mais provável desse paciente é
Avalie as afirmativas abaixo sobre psicopatologia.
I - Uma criança, ao observar nuvens e ver nelas as figuras de um dinossauro e de um cavalo, está experimentando uma pareidolia.
II - Ilusão e alucinação são sinônimos.
III - “Não tenho ânimo para nada”, “não tenho energia”, “estou sem pique” são expressões comumente utilizadas pelos pacientes para descrever a hipobulia.
IV -O ato impulsivo difere do ato compulsivo por ser reconhecido como indesejável e inadequado e por haver a tentativa de refreá-lo ou adiá-lo.
Está correto apenas o que se afirma em
Avalie as afirmativas sobre o tratamento indicado para o paciente citado na descrição anterior.
I - O tratamento do paciente descrito pode ser realizado ambulatorialmente, desde que um familiar se responsabilize por seus cuidados.
II - Se houver agitação, além dos benzodiazepínicos, podem ser utilizados neurolépticos de alta potência.
III - Clonidina pode ser indicada.
IV - A primeira medida deve ser a infusão de soro glicosado endovenoso para hidratação e reposição calórica.
Está correto apenas o que se afirma em
M. L. R., 29 anos, solteira, sem filhos, secretária-executiva de uma grande empresa. Desde a infância, demonstra incômodo com uma pequena mancha na região frontal próxima à implantação dos cabelos, de coloração bege-clara, hoje medindo cerca de 0,5cm de diâmetro. Já procurou diversos dermatologistas, que a tranquilizaram quanto à lesão, afirmando da sua benignidade. Apesar do pequeno tamanho e da coloração discreta, a paciente passou a tentar esconder a mancha, cobrindo-a com os cabelos e a maquiagem. A família insiste que a lesão não é chamativa, mas a paciente não concorda, diz que é a primeira coisa que todos reparam quando olham para seu rosto. Seu trabalho tem sido prejudicado, pois M. passa muito tempo se olhando no espelho para se certificar de que a mancha está bem escondida. Por vezes passa tanta maquiagem que a mesma se torna mais chamativa que a lesão. A paciente tem recusado convites para sair e não vai às festas da família para evitar que as pessoas percebam o “defeito” em seu rosto. M. reconhece o exagero de sua preocupação, mas não consegue evitar o pensamento de que deveria fazer uma cirurgia plástica para remover a lesão.
O diagnóstico mais provável para este caso é
H. M., 48 anos, casado, 3 filhos, trabalhador da construção civil, previamente hígido. Há 2 semanas presenciou o assassinato de um colega de trabalho, dependente químico, que devia dinheiro ao traficante local. H. M. não foi visto pelos bandidos e se escondeu durante o ocorrido, porém pôde ver toda a ação e o sofrimento do colega, sem poder ajudá-lo. Desde então, não consegue retornar ao local de trabalho, “tomou pavor” daquela construção. A esposa relata que H. parece distante, tem pesadelos e acorda gritando quase todas as noites. Já perdeu peso, pois não consegue se alimentar. Chora, relembra diariamente a cena. Quando os filhos estão por perto, sobressalta-se com os movimentos e ruídos dos mesmos.
O diagnóstico mais provável para o caso é o transtorno
Analise as afirmativas abaixo sobre o consumo de álcool e outras substâncias psicoativas.
I - Características individuais, tais como gênero, etnia e grau de instrução, influenciam no padrão de uso, bem como no desenvolvimento da dependência de álcool.
II - O consumo diário de mais de 5 doses de álcool para homens e 4 doses para mulheres já configura um padrão de dependência alcoólica (1 dose: 1 lata de cerveja ou 1 taça de vinho ou 1 dose de whisky).
III - Após um longo período de abstinência (mais de 10 anos), é possível ao dependente de álcool retomar um padrão social de uso.
IV -O delirium tremens é considerado um sintoma grave de abstinência alcoólica e pode ser letal.
V - De acordo com o DSM-IV-TR, os critérios diagnósticos para a dependência de substância podem ser aplicados para qualquer classe de substâncias.
Está correto apenas o que se afirma em
P. H. D., 58 anos, casado, 2 filhas, engenheiro de minas. Há 20 anos trabalha em órgão público responsável pela fiscalização de barragens nas mineradoras de todo o país. Após grave acidente envolvendo o rompimento de uma destas barragens, ocorrido há 18 dias, o paciente desenvolveu importante sofrimento psíquico, passou a se isolar, parou de comer, perdeu mais de 10kg, não dorme, permanece o tempo todo na cama. Nos últimos 3 dias, além desses sintomas, passou a dizer também que havia câmeras que o vigiavam e escutas nos telefones. Acreditava que seria preso, perderia seus bens e que toda a família se envergonharia dele. Dizia ser o único culpado pela tragédia, pois teria estado no local do acidente três dias antes do ocorrido e dado o aval para a continuidade das atividades da mineradora. Sua mulher entrou em contato com os colegas de trabalho e verificou que o paciente esteve naquele local três anos antes do acidente e que, no último ano, o paciente esteve responsável apenas pelo trabalho burocrático no escritório. Mesmo confrontado com esta informação, P. H. D. insistia que esteve no local e que era o único responsável pelo acidente. Tentou se enforcar no banheiro de casa há dois dias, motivo pelo qual foi internado numa clínica psiquiátrica. A equipe de enfermagem o vigiava 24 horas por dia para evitar novas tentativas de autoextermínio, uma vez que o paciente reiterava a intenção de atentar contra a própria vida.
Antecedentes pessoais: sem história pregressa do uso de psicofármacos e de adoecimento psíquico. Como comorbidades clínicas, hipotireoidismo e acompanhamento nefrológico para investigação de redução aguda da função renal.
P. H. D., 58 anos, casado, 2 filhas, engenheiro de minas. Há 20 anos trabalha em órgão público responsável pela fiscalização de barragens nas mineradoras de todo o país. Após grave acidente envolvendo o rompimento de uma destas barragens, ocorrido há 18 dias, o paciente desenvolveu importante sofrimento psíquico, passou a se isolar, parou de comer, perdeu mais de 10kg, não dorme, permanece o tempo todo na cama. Nos últimos 3 dias, além desses sintomas, passou a dizer também que havia câmeras que o vigiavam e escutas nos telefones. Acreditava que seria preso, perderia seus bens e que toda a família se envergonharia dele. Dizia ser o único culpado pela tragédia, pois teria estado no local do acidente três dias antes do ocorrido e dado o aval para a continuidade das atividades da mineradora. Sua mulher entrou em contato com os colegas de trabalho e verificou que o paciente esteve naquele local três anos antes do acidente e que, no último ano, o paciente esteve responsável apenas pelo trabalho burocrático no escritório. Mesmo confrontado com esta informação, P. H. D. insistia que esteve no local e que era o único responsável pelo acidente. Tentou se enforcar no banheiro de casa há dois dias, motivo pelo qual foi internado numa clínica psiquiátrica. A equipe de enfermagem o vigiava 24 horas por dia para evitar novas tentativas de autoextermínio, uma vez que o paciente reiterava a intenção de atentar contra a própria vida.
Antecedentes pessoais: sem história pregressa do uso de psicofármacos e de adoecimento psíquico. Como comorbidades clínicas, hipotireoidismo e acompanhamento nefrológico para investigação de redução aguda da função renal.
Um médico infectologista é convidado para programa de emissora de televisão a fim de prestar esclarecimentos sobre uma doença.
De acordo com o Código de Ética Médica, o médico pode
Leia a situação a seguir.
Um médico cardiologista pediátrico assiste regularmente a paciente de 05 (cinco) anos de idade, devido à insuficiência cardíaca congestiva, secundária à miocardiopatia dilatada de origem viral. Ao sair do ambulatório, o paciente foi vítima de atropelamento e faleceu no local, tendo sido atendido pelo Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU).
Baseie-se na situação descrita acima e considere as seguintes afirmativas.
I - De acordo com o Código de Ética Médica, o cardiologista pediátrico não pode emitir o Atestado de Óbito.
PORQUE
II - É vedado ao médico atestar óbito quando não o tenha verificado pessoalmente ou quando não tenha prestado assistência ao paciente, salvo, no último caso, se o fizer como plantonista, médico substituto ou em caso de necropsia e verificação médico-legal.
Sobre as duas afirmativas, é correto afirmar que
No seu consultório, um médico oncologista recebe a filha de um paciente que está sob seus cuidados com um tumor em fase terminal. A filha informa que o paciente faleceu, cerca de uma hora antes, no domicílio, que fica a um quarteirão do consultório.
De acordo com o Código de Ética Médica, o médico deve imediatamente:
I - Preencher o Atestado de Óbito e entregar à filha do paciente.
II - Orientar que a família acione o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU) para que compareça ao domicílio e ateste o óbito.
III - Orientar que a família acione a polícia para que o corpo seja encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para que seja atestado o óbito.
Sobre as afirmativas:
Segundo o Código de Ética Médica, é vedado ao médico realizar procriação medicamente assistida para
I - criar embriões para investigação.
II - possibilitar a escolha do sexo do embrião.
III - criar seres humanos geneticamente modificados.
De acordo com as afirmações acima
Um médico cardiologista tem consultório e trabalha também como médico perito em uma Junta Médica Oficial de um órgão público. Ao iniciar a perícia, o médico reconhece que o servidor é seu paciente de consultório.
Neste caso, qual a conduta a ser adotada pelo médico, de acordo com o Código de Ética Médica?