Escolar com dois anos de idade, sexo feminino, é levada pela mãe na emergência pediátrica. A mãe referiu ter encontrado
alterações na região genital da criança após ela ter voltado de um fim de semana na casa do pai e relatou, ainda, que estava
com assadura e secreção vaginal amarelada e reclamava de dor para urinar. O casal estava separado há sete meses e a
menina era a única filha; disse com raiva que o pai da criança é muito mulherengo e informou que a criança passava quinzenalmente final de semana na casa do pai. Nos antecedentes pessoais, a mãe negou quaisquer antecedentes mórbidos
significativos, alimentação normal para a idade, vacinação em dia, desenvolvimento neuropsicomotor normal para a idade.
Os antecedentes familiares mostram que a mãe é jovem e o casal está separado e em conflito. O exame físico evidenciou:
paciente em bom estado geral; hidratada; corada; eupneica; afebril; tranquila; colaborativa; e, interagindo bem. Eutrófica,
no percentil 50 para peso e altura, sistemas cardiovascular e respiratório e abdômen sem alterações. Nos genitais: ausência
de sinais inflamatórios; sem secreção ou hiperemia de vulva; e, hímen íntegro. Considerando a situação hipotética, é possível
suscitar a suspeita de violência; a mais provável é: