Questões de Concurso Militar PM-RN 2022 para Fisioterapia - Neurorreabilitação

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Q2090123 Fisioterapia
O trauma é a causa mais comum de morte antes dos 35 anos de idade e, normalmente, o traumatismo craniano é a causa mais comum de morte. Traumatismos Cranioencefálicos (TCE) ou lesões cerebrais traumáticas são termos utilizados para definir uma lesão física ao cérebro por uma força mecânica externa ou projétil, que apresenta como resultado perda de consciência, amnésia pós- -traumática e deficiências neurológicas. O TCE frequentemente ocorre em acidentes automobilísticos, industriais e esportivos, e as sequelas irão gerar problemas sociais, econômicos e de saúde para o paciente e seus familiares. (MCKINLAY et al., 1981 apud SHEPHERD, R e CARR, J., 2008.)
Atualmente, devido à etiologia dos TCE, a maioria dos pacientes é acometida pelo TCE fechado, em que a calota craniana não é penetrada. Nos casos de acidentes automobilísticos, nos quais ocorre o impacto brusco ou aceleração-desaceleração, geralmente acontecem danos cerebrais difusos com uma variedade de problemas comportamentais, físicos e cognitivos. Dessa forma, o papel da reabilitação é fundamental, a fim de maximizar a qualidade de vida reduzindo a incapacidade desses pacientes. Em relação à fisiopatologia do traumatismo cranioencefálico, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) Lesão cerebral focal: apresentando como resultado a contusão, laceração e hemorragia intracraniana por trauma local direto.
( ) Lesão cerebral difusa: causando lesão axonal difusa e aumento do tamanho do cérebro (edema) pelo mecanismo de aceleração/desaceleração.
( ) Resultado da lesão cerebral: definido por dois mecanismos ou estágios diferentes: lesão primária (ocorrida no momento do trauma); lesão secundária (sendo o processo patológico iniciado no momento do trauma com manifestações clínicas tardias).
A sequência está correta em
Alternativas
Q2090124 Fisioterapia
Há 40 anos, aproximadamente, a bola suíça vem sendo utilizada no conceito neuroevolutivo Bobath. Porém, atualmente, as bolas suíças têm sido utilizadas também em tratamentos de pacientes com sequelas neurológicas, ortopédicas e, inclusive, na terapia intensiva. As bolas suíças podem ser usadas tanto para o atendimento de crianças quanto em atendimento de adultos, inclusive, em vários setores: ambulatorial, hospitalar e domiciliar. (CARRIERE, B., 1999.)
O fisioterapeuta deve permanecer ao lado do paciente durante o atendimento com a bola suíça para que não ocorram quedas. Além disso, deve-se verificar se o solo e firme é não deslizante. O objetivo do tratamento com a bola suíça é a facilitação do controle motor. O tratamento com a bola suíça pode ser direcionado para um músculo ou um grupo de músculos específicos, para o ganho de força muscular e trofismo (técnica analítica) ou pode ser direcionado a diversos músculos de uma cadeia cinética motora, nesse caso encontra-se mais próximo das atividades funcionais da vida diária (técnica global). Em relação às posições do uso da bola suíça, analise as afirmativas a seguir.
I. Alongando-me: paciente fica deitado sobre a bola, encostando seu tronco com os pés apoiados no chão. O fisioterapeuta segura o antebraço do paciente realizando flexão de ombro.
II. Cowboy: paciente fica sentado sobre a bola e realiza movimentos com os membros inferiores e superiores, realizando oscilações; Trote: paciente fica deitado sobre a bola, encostando a barriga, apoiando os pés e mãos no chão e simulando movimentos de engatinhar.
III. Testa de ferro: paciente fica deitado sobre a bola, encostando a barriga, apoiando os joelhos e pés no chão e realizando hiperextensão de tronco.
IV. Movimento perpétuo: paciente fica deitado no chão, apoiando as pernas sobre a bola e realiza extensão, flexão, abdução e adução dos membros inferiores.
Está correto o que se afirma em
Alternativas
Q2090125 Fisioterapia
Estimulação Elétrica Funcional (FES) é o emprego da eletroterapia capaz de produzir contrações musculares com objetivos funcionais, ou como foi definida na década de 1960 por Vodovnik: “FES é promover contração em músculos privados de controle nervoso, tendo como resultado um movimento funcional”. Em vários centros de reabilitação ao redor do mundo, a eletroestimulação funcional tem sido utilizada para substituir a inervação da musculatura esquelética de músculos paralisados, que antes recebiam inervação do sistema nervoso central, ou seja, músculos enfraquecidos decorrentes de Lesão do Neurônio Motor Superior (LNMS), como resultado de Acidentes Vasculares Encefálicos (AVE), lesões medulares ou traumatismos cranioencefálicos, dentre outros. A eletroestimulação é considerada promessa como estratégia para auxiliar os pacientes na execução de movimentos funcionais e poderá conquistar ganhos importantes para aqueles que tenham perdido uma ou mais funções. A utilização de Estimulação Elétrica Funcional (FES) no tecido contrátil está associada a diversas aplicações; analise-as.
I. Prevenção de contraturas e trombose venosa profunda; redução de padrão motor espástico, bipedestação e deambulação.
II. Melhora da condição cardiopulmonar e metabólica; controle de movimentos de membro superior, como a preensão manual.
III. Movimentos para vencer a ação da gravidade e estimulação de movimentos finos como escrever.
IV. Respiração artificial com estimulação do nervo frênico; esvaziamento da bexiga e fortalecimento do assoalho pélvico.
Está correto o que se afirma em
Alternativas
Q2090126 Fisioterapia
Nos reflexos cutâneos superficiais, o estímulo é aplicado à pele, evocando a contração reflexa do músculo. São diferentes dos reflexos profundos devido à variedade de estímulos capazes de produzi-los. Enquanto cada músculo apresenta o seu reflexo miotático, apenas poucos músculos respondem ao reflexo superficial.
(TEIXEIRA, A. et al., 2007.) Nos reflexos superficiais (cutâneos e mucosos) o estímulo provocador do reflexo é superficial e feito, em geral, com um estilete de ponta romba (palito de fósforo); a resposta é a contração de um grupo muscular. Em relação a tais reflexos superficiais, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) Reflexo cutâneo abdominal: estimulação com um objeto semipontiagudo na região abdominal dos flancos para a cicatriz umbilical na região da inervação das raízes T7-T9, T9-T10, T11-T12, com o paciente deitado. É importante que o estímulo provocador seja rápido, sendo difícil provocar a resposta com a manobra lenta. Como resposta, haverá a contração da musculatura abdominal com desvio da cicatriz umbilical para o lado estimulado (músculo reto abdominal e oblíquos). Esse reflexo encontra-se abolido nas lesões segmentares da medula (T6-T12) e nas lesões piramidais acima de T6.
( ) Reflexo cutâneo plantar: estimulação com um objeto semipontiagudo na planta dos pés, do calcanhar em direção aos dedos, pela borda lateral do pé, com o paciente deitado. Como resposta, ocorrerá contração dos músculos flexores dos pododáctilos.
( ) Reflexo cutâneo plantar: estará abolido, sendo substituído pelo sinal de Babinski, nos casos de lesões nas vias piramidais.
A sequência está correta em
Alternativas
Q2090127 Fisioterapia
A paralisia cerebral é uma encefalopatia crônica infantil caracterizada por deficit motor não progressivo iniciado antes dos três anos de idade. As agressões ao cérebro em desenvolvimento acarretam distúrbios de motricidade, tônus e postura. A capacidade cognitiva pode estar preservada ou ocorrer deficit associado. A espasticidade é definida pelo aumento da resistência muscular ao alongamento passivo. Durante o exame físico, é importante lembrar que a espasticidade predomina em certos grupos musculares (grupos flexores dos membros superiores e grupos extensores dos membros inferiores). A resistência à movimentação passiva cede após algum esforço (lembrando a abertura de um canivete), permitindo o movimento. Ao término da manobra, o segmento examinado retorna espontaneamente à posição inicial. A escala de Ashworth pode ser usada para avaliar grau de espasticidade, sendo importante para avaliar a evolução e a resposta dos pacientes aos tratamentos propostos. Em relação a tal escala, analise as afirmativas a seguir.
I. 0: ausência de tônus.
II. –1: leve aumento do tônus. Mínima resistência a extensão máxima em movimento passivo; +1: leve aumento do tônus. Discreta resistência persiste em menos da metade do movimento passivo.
III. 2: aumento nítido do tônus, mas membro movido facilmente; 3: aumento considerável do tônus – dificuldade de movimentação passiva.
IV. 4: membro rígido na extensão e na flexão.
Está correto o que se afirma em 
Alternativas
Respostas
46: B
47: A
48: A
49: B
50: A