Questões de Concurso Militar CBM-RJ 2021 para Aspirante
Foram encontradas 3 questões
Q1679533
História
No raiar do século XIX, a persistência de numerosos grupos de índios Botocudos numa
área cada vez mais valorizada era um dos principais desafios para o império luso-brasileiro.
As atividades de mineração nas Gerais, a transferência da capital da Bahia para o Rio de
Janeiro em 1763 e, ainda, a vinda da Corte para esta localidade em 1808 consolidavam novo
centro de poder. Aguçava-se o atrito com as tribos indígenas. Corresponde a esse momento a
Guerra de 1808-1824, decretada pelas autoridades luso-brasileiras contra os Botocudos. Essa
conflagração ocorreu no Espírito Santo e Minas Gerais, com reflexos na Bahia.
No contexto dessa guerra, o governador capixaba enviou dois presentes a D. João: uma mostra
de café finalmente transportado pelo rio Doce e uma “Selvagem Botocuda”. O príncipe regente
agradeceu o café, felicitou o êxito no combate aos “bárbaros”, mas condenou “atos violentos e
despóticos”, o que indica que o estado físico da índia devia ser deplorável.
Adaptado de MOREL, M. A saga dos Botocudos: guerra, imagens e resistência indígena. São Paulo: Hucitec, 2018.
O episódio relatado no texto descreve um dos muitos enfrentamentos entre populações indígenas e autoridades governamentais no Brasil. Nele, o príncipe regente usa a nomeação “bárbaro”, que indica uma compreensão distorcida dos atributos constitutivos dos indígenas. Na descrição do episódio de perseguição aos Botocudos, o uso do termo “bárbaro” possibilitou legitimar uma conjuntura de:
Adaptado de MOREL, M. A saga dos Botocudos: guerra, imagens e resistência indígena. São Paulo: Hucitec, 2018.
O episódio relatado no texto descreve um dos muitos enfrentamentos entre populações indígenas e autoridades governamentais no Brasil. Nele, o príncipe regente usa a nomeação “bárbaro”, que indica uma compreensão distorcida dos atributos constitutivos dos indígenas. Na descrição do episódio de perseguição aos Botocudos, o uso do termo “bárbaro” possibilitou legitimar uma conjuntura de:
Q1679540
História
Texto associado
Ver, interpretar, descrever e nomear não são atos mentais automáticos e dependentes de alguma
verdade substancial, mas sim construções conjecturais da precária relação entre o mundo e a
linguagem. (l. 26-28)
Imagine-se olhando para um mapa da Europa,
sem nenhuma indicação nele, com exceção da
cidade de Viena, perto do centro, e, ao norte
dela, a cidade de Berlim. Onde você localizaria as
cidades de Praga e Budapeste? Para a maioria das
pessoas que nasceram depois da Segunda Guerra
Mundial, ambas as cidades pertencem ao leste
Europeu, enquanto Viena pertence ao oeste e,
consequentemente, tanto Praga como Budapeste
deveriam ser localizadas a leste de Viena. Mas
olhe agora o mapa da Europa e veja a localização
real dessas duas cidades. Budapeste, com certeza,
está afastada ao leste, bem abaixo de Viena, ao
longo do Danúbio. Mas Praga está, na verdade,
mais a oeste do que Viena.
Adaptado de MOSCOVICI, S. Representações sociais: investigações em psicologia social. Petrópolis: Vozes, 2003.
![Imagem associada para resolução da questão](https://arquivos.qconcursos.com/images/provas/79086/db4a9dcc1647ae202b11.png)
A partir do trecho destacado do texto base e do exercício hipotético proposto nos anos de 1960 pelo psicólogo social Serge Moscovici, observa-se que certa subjetividade afetou a interpretação e a nomeação do espaço europeu.
Essa subjetividade é explicada por:
Adaptado de MOSCOVICI, S. Representações sociais: investigações em psicologia social. Petrópolis: Vozes, 2003.
![Imagem associada para resolução da questão](https://arquivos.qconcursos.com/images/provas/79086/db4a9dcc1647ae202b11.png)
A partir do trecho destacado do texto base e do exercício hipotético proposto nos anos de 1960 pelo psicólogo social Serge Moscovici, observa-se que certa subjetividade afetou a interpretação e a nomeação do espaço europeu.
Essa subjetividade é explicada por:
Q1679579
História
![Imagem associada para resolução da questão](https://arquivos.qconcursos.com/images/provas/79086/2c007b36da0307e71ed3.png)
A Guerra da Tríplice Aliança, mais conhecida como Guerra do Paraguai (1864–1870), envolveu os governos de Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, tendo sido uma das mais sangrentas do século XIX. No contexto do governo imperial brasileiro, o conflito explicitou ainda mais as contradições da escravidão, como ironiza o texto da charge.
De acordo com a charge, uma das contradições evidenciadas pela referida guerra foi: