Questões de Concurso Militar APMBB 2011 para Aspirante da Polícia Militar
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No tempo de Péricles, a população de Atenas era de, aproximadamente, 400 mil habitantes. Mas os cidadãos com direitos plenos não passavam de 40 mil. (...)
(Luiz Koshiba. História: origens, estruturas e processos, 2000.)
Na época tratada no fragmento, eram considerados cidadãos em Atenas apenas os
Leia o registro de um contemporâneo da peste negra.
Eis que, em outubro do ano de 1347 da Encarnação do Senhor, (...) muitos genoveses, em doze galeras, fugindo à cólera divina que se abatera sobre eles em razão da sua iniquidade, acostaram no porto da cidade de Messina. Os genoveses transportavam consigo (...) uma doença tal que quem quer que tivesse falado com um deles era atingido por essa enfermidade mortal (...). As pessoas odiavam-se umas às outras a ponto de, se um filho fosse atingido pelo mal, o pai se recusar terminantemente a ficar do seu lado; e se ousasse aproximar-se dele, seria de tal modo atingido pelo mal que não haveria modo de escapar à morte (...).
(Michel de Piazza. Historia secula ab anno 1337 ad annum 1361.
Apud Georges Duby. A Europa na Idade Média, 1988.)
A partir do trecho, pode-se afirmar que a peste negra era encarada
como
Esse movimento intelectual – que atingiu sua maturidade e maior expressão na França do século XVIII – tinha como fundamentos a crença inabalável na razão e a ideia de que o progresso do homem pode ser infinito, desde que o espírito humano, através do livre exercício de suas faculdades, se liberte do emaranhado de superstições, tolices, misticismo, ignorância, etc, a que até então estivera subordinado.
(Ricardo de Moura Faria et al. História, vol. 1, 1989. Adaptado.)
O fragmento faz referência
A Revolução Industrial inglesa foi precedida por aproximadamente duzentos anos de desenvolvimento econômico e político em que se elaboraram as condições para a implantação de uma sociedade capitalista contemporânea. Fatores políticos e condições históricas se combinaram, detonando o processo pioneiro de industrialização acelerada na Inglaterra (e não em qualquer outro país mercantilista).
(Carlos Guilherme Mota. História moderna e contemporânea, 1986.)
Podem ser apontadas como condições para o pioneirismo britânico nesse processo
Em 1962 foi oficializada a independência da Argélia, que passou a ser governada por Ahmed Ben Bella.
(...)
Em 15 de agosto de 1947, a Índia foi declarada independente e dividida em dois Estados soberanos: Índia e Paquistão. Destinado aos muçulmanos, este último era formado por dois territórios, separados um do outro por 2 mil quilômetros de distância: o Paquistão Ocidental (atual Paquistão) e o Paquistão Oriental (atual Bangladesh).
(Alceu L. Pazzinato e Maria Helena V. Senise. História moderna e
contemporânea, 2002. Adaptado.)
A Argélia e a Índia foram, respectivamente, colônias
O principal motivo da criação da capitania de Mato Grosso, em 1748, foi impedir que os espanhóis tomassem a região e chegassem a Goiás e Minas Gerais. Era a época em que Portugal e Espanha discutiam as cláusulas do Tratado de Madri, finalmente assinado em 1750, que fixou os contornos aproximados da atual fronteira brasileira, substituindo o Tratado de Tordesilhas (1494).
(Masilia Aparecida da Silva Gomes. Comer, beber, governar. In Revista de
História da Biblioteca Nacional, setembro de 2010, n.º 60.)
A expansão territorial da América portuguesa teve relação com
[Foi] uma das revoltas que evidenciaram, no período regencial, as crises que marcaram a organização do país independente, mobilizando a província do Rio Grande de São Pedro e alcançando Santa Catarina, entre 1835 e 1845.
(...)
À diferença da repressão da maioria das rebeliões do período regencial, nas quais a participação popular e dos grupos médios urbanos foi expressiva, o governo imperial assumiu, nesse caso, postura que aliou negociação e repressão.
(Ronaldo Vainfas (org). Dicionário do Brasil Imperial, 2002.)
O fragmento apresenta a
Em 1890 a população geral do estado de São Paulo era de 1 384 753 e já em 1900 quase dobrou o número de habitantes, com a estimativa de um total de 2 279 608. No período relacionado, do total de 1 351 459 imigrantes entrados no país, temos 690 365 italianos (de 1890 a 1899), equivalente a 51%. Somente o estado de São Paulo absorveu mais da metade dos imigrantes, num total de 430 243 italianos no mesmo período.
(...)
A entrada de trabalhadores europeus e seus familiares estava além da atração exercida pela cafeicultura, o artesanato e a indústria. Ao lado do estímulo oferecido pelo subsídio e o trabalho na lavoura, havia na Europa mudanças significativas e generalizadas que impulsionaram a liberação de habitantes dos setores agrícolas e também das cidades. O desejo por trabalho e uma vida melhor na América colocou os imigrantes italianos entre as principais etnias preferidas pela política imigratória paulista.
(Rosana Aparecida Cintra. In Anais do XX Encontro Regional de História:
História e Liberdade. ANPUH/SP – UNESP-Franca, 2010.)
A partir do texto, é correto reconhecer que o grande fluxo de
imigrantes para São Paulo relaciona-se com
Leia as afirmações sobre as constituições republicanas brasileiras.
I. Inspirada na Constituição dos Estados Unidos, a Carta de 1891 optou pela organização federalista.
II. A Constituição de 1934 trouxe como importante novidade a presença do voto secreto.
III. A Carta de 1937 foi apelidada de polaca, pois foi inspirada na Constituição fascista da Polônia.
IV. As Constituições de 1946 e de 1967 são consideradas as mais liberais da história republicana, pois reconheceram o direito de voto aos analfabetos e reforçaram o Poder Judiciário.
V. A Carta de 1988, chamada de Constituição Cidadã, criou a possibilidade da iniciativa popular de projeto de lei.
Estão corretas as afirmativas
Graças à bem-sucedida industrialização substitutiva das importações, conduzida nas décadas de 1950, 1960 e 1970, o Brasil se ergueu à posição de nona potência econômica do mundo. É hoje um país mal desenvolvido por ter adotado um padrão de crescimento socialmente perverso. Ostenta uma das mais regressivas repartições da renda no mundo, com diferenças abismais entre a minoria dos ganhadores e a massa dos sacrificados.
(Ignacy Sachs. Quo Vadis, Brasil? In Ignacy Sachs, Jorge Wilheim e Paulo
Sérgio Pinheiro (org.). Brasil: um século de transformações, 2001.)
A partir do fragmento, é correto considerar:
Assinale a alternativa que está de acordo com as colocações do texto.
Por trás dos véus: garota olha entre mulheres afegãs com burcas.
(http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/islamismo/contexto_debate.html)
Os termos ética e moral são muitas vezes empregados como sinônimos, mesmo tendo diferentes sentidos. O termo ética pode ser entendido como: (1) o conjunto de princípios ou regras que norteiam a conduta social dos seres humanos ou (2) a disciplina filosófica que analisa e discute as regras da conduta humana, os valores subjacentes a ela, a natureza dos princípios que lhe servem de base, dentre outros temas. Já o termo moral possui frequentemente uma conotação religiosa, referindo-se a prescrições específicas adotadas pelos seguidores desta ou daquela crença. Por exemplo, há religiões que prescrevem um certo modo de vestir-se que, quando desobedecido, pode gerar punições físicas, como é o caso de mulheres islâmicas que não usam o véu (burca) em público.
De acordo com o texto e seus conhecimentos, pode-se afirmar
que
(Cândido Portinari, Os retirantes.)
As reflexões filosóficas sobre as artes, como música, literatura, teatro, pintura, entre outras, são muito antigas. Uma importante discussão diz respeito à natureza do belo, especialmente nas artes plásticas: haveria um belo em si mesmo que pudesse servir como parâmetro para avaliar a beleza de uma obra? Se não houver um parâmetro, como poderemos distinguir o belo do feio? Uma obra de arte sobre algo feio pode ser bela, como é o caso da condição social retratada em Os retirantes, de Cândido Portinari? Será que a concepção de belo se atualiza constantemente de acordo com a própria dinâmica da sociedade em que a obra é produzida? Filósofos da arte responderam estas perguntas de modos muito diferentes, o que nos permite perceber que nenhuma das respostas oferecidas foi considerada satisfatória.
A partir do texto, é correto afirmar que:
José Murilo de Carvalho caracteriza a cidadania como o exercício pleno dos direitos políticos, civis e sociais. Segundo ele, a cidadania envolve o exercício da liberdade, a qual combinaria proporcionalmente igualdade e participação numa sociedade ideal. A cidadania real, para Carvalho, é tão problemática quanto a sociedade em que se realiza. Nesse sentido, a cidadania ideal é naturalizada pelas práticas cotidianas: o exercício da cidadania nunca é pleno na sociedade real, embora esse ideal permaneça como um pano de fundo para algumas sociedades humanas em busca de aperfeiçoamento.
Segundo Carvalho,
Eu quisera nascer num país em que o soberano e o povo só pudessem ter um único e mesmo interesse, a fim de que todos os movimentos da máquina tendessem sempre unicamente à felicidade comum; como isso só poderia ser feito se o povo e o soberano fossem a mesma pessoa, resulta que eu quisera nascer sob um governo democrático, sabiamente moderado.
Eu quisera viver e morrer livre, isto é, de tal modo submetido às leis que nem eu nem ninguém pudesse sacudir o honroso jugo, esse jugo salutar e doce, que as cabeças mais altivas carregam tanto mais docilmente quanto são feitas para não carregar nenhum outro.
Eu quisera, pois, que ninguém, no Estado, pudesse dizer-se acima da lei, e que ninguém, fora dele, pudesse impor alguma que o Estado fosse obrigado a reconhecer; de fato, qualquer que possa ser a constituição de um governo, se neste se encontra um só homem que não esteja submetido à lei, todos os outros ficam necessariamente à discrição deste último (...)
(www.culturabrasil.org)
Com base no trecho, pode-se afirmar que
Não fala com pobre, não dá mão a preto, não carrega embrulho.
Pra que tanta pose doutor?
Por que esse orgulho?
A bruxa, que é cega, esbarra na gente e a vida estanca.
O enfarte te pega, doutor, e acaba essa banca
(...)
(Billy Blanco. A Banca do Distinto. In Renato da Silva Queiroz.
Não vi e não gostei – O fenômeno do preconceito.)
Canções conhecidas da Música Popular Brasileira ajudam a desmascarar
– através da ironia – atitudes que desumanizam e coisificam
o outro, o diferente. Mas, a leveza musical pode criar a
ilusão de que é fácil lutar contra esse câncer social – o preconceito,
base de estigmas, estereótipos, discriminação, segregação
e genocídio. A respeito dessa luta, é possível afirmar que
Estaria tudo perdido se um mesmo homem (...) exercesse esses três poderes (...)
Sendo o corpo Legislativo composto de duas partes, uma acorrentará a outra pela mútua ‘faculdade de impedir’. Ambas serão amarradas pelo poder Executivo, o qual o será, a seu turno, pelo Legislativo.
(Montesquieu. O Espírito das Leis, 2010.)
O escrito anuncia, desde o século XVIII, a compreensão científica da separação e equilíbrio dos poderes, pedra angular da democracia, que se expressa, por exemplo, na polêmica votação do novo Código Florestal pelo Congresso Nacional, com a possibilidade do uso do veto pela Presidente da República.
Observando-se o processo, sem entrar no mérito da legislação ambiental, é possível afirmar: