Questões de Concurso Militar EsFCEx 2021 para Magistério em Inglês
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Mesa farta
A alimentação, além de necessidade biológica, é um complexo sistema simbólico de significados sociais. Em “A Divina Comédia”, Dante* definiu a fome como o pior desastre. Ele sabia do que falava, pois viu a Europa ser varrida pela Peste Negra no século 14. O desespero levava pessoas a comer de tudo, muitas morrendo com a boca cheia de capim. Outro crucial evento histórico, a Revolução Francesa, teria sido detonado pela falta de comida.
Nos séculos 16 e 17, os livros trazem justificativas médicas para o consumo de certos alimentos. É o caso das frutas. Antes servidas como “entradas” para acalmar o estômago, quando misturadas ao açúcar passam a sobremesas. É o momento em que o açúcar, anteriormente consumido como remédio, invade a Europa por força das exportações portuguesas. De especiaria, ele passa a aditivo de três bebidas que vão estourar na Europa: o chocolate, o café e o chá.
O café, por exemplo, era recomendado pelo médico de dom João V, rei de Portugal, por sua capacidade de “confortar a memória e alegrar o ânimo”. Os cafés se multiplicaram e se tornaram lugares onde se bebia numa verdadeira liturgia: em silêncio, entre pessoas cultas, jogando damas ou cartas.
A Europa dos séculos 16 ao 19 consumiu café, chá e chocolate acompanhados de bolos e outros doces, o que impulsionou o consumo de açúcar. Nascia, assim, a noção de gosto na culinária. Um saber sobre a cozinha se formalizava e livros especializados batiam os 300 mil exemplares.
O comer tornou-se menos encher o estômago e mais escolher segundo o gosto. Certos alimentos passaram de um nível a outro: a batata, primeiramente servida aos porcos, depois de alimentar massas de camponeses, ganhou status de alimento fino, graças às receitas do chef francês Parmentier.
Antigamente, o comer acontecia em momentos regrados e reunia pessoas em torno da mesa, com grande carga simbólica. Hoje, comemos abundante e individualmente. Nessa dinâmica, o lugar da televisão (ou celular) exerce fundamental importância. Em muitas casas e restaurantes, as pessoas comem na frente da TV, ou seja, ingerindo comida sem investimento simbólico, sem prazer de estar junto na descoberta da refeição.
Em todas as esferas da vida, encontramos metáforas alimentares: em relação ao sexo, falamos na doçura do amor, em lua de mel e, em relação aos textos e aos livros, dizemos que podem ser saboreados, digeridos. Vale lembrar que saber e sabor são palavras derivadas do mesmo radical: sapere, ter gosto.
(Mary Del Priore. Aventuras na História. Julho de 2014. Adaptado)
* Dante Alighieri, escritor italiano.
(Flávio dos Santos Gomes, Quilombos do Rio de Janeiro no século XIX. In: Flávio dos Santos Gomes e João José Reis (orgs.), Liberdade por um fio: história dos quilombos no Brasil)
A partir do excerto, é correto afirmar que, em geral, as comunidades de escravos fugidos
(Celso Furtado, Formação econômica do Brasil)
A partir do contexto apresentado no excerto, é correto afirmar que o Brasil
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Mesa farta
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Café, chocolate e chá tornaram-se bebidas muito apreciadas quando ____________ o açúcar. Já as frutas, alguns estudiosos ____________, até então, apenas um remédio; porém, associadas ao açúcar, passaram a saborosas sobremesas.
De acordo com a colocação dos pronomes e com o emprego do sinal indicativo de crase determinados pela norma-padrão, as lacunas desse texto devem ser preenchidas, respectivamente, por:
(John M. Monteiro, Negros da terra: índios e bandeirantes nas origens de São Paulo)
Para Monteiro, esse “motivo básico” das expedições dos bandeirantes foi
(Luiz Felipe de Alencastro, O trato dos viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul. Texto adaptado)
Na sua manifestação, Cadornega parece
(Boris Fausto, História do Brasil)
O “regresso” representava uma corrente política
(Lilia Moritz Schwartz e Heloísa Murgel Starling, Brasil: uma biografia. Texto adaptado)
Em abril de 1984, a Emenda Dante de Oliveira foi
(THÉRY; MELLO, 2018, p. 16)
A partir da interpretação dos elementos do mapa e de seus conhecimentos sobre o território brasileiro, é correto dizer que a rede representada no mapa refere-se à
(Jurandyr Luciano Sanches Ross. Geografia do Brasil, 2001, p. 52. Adaptado)
O relevo brasileiro apresenta três tipos de unidades geomorfológicas, que refletem sua gênese, que são:
I. estabelece(m)-se sobre áreas urbanizadas, causando elevação de temperatura e desconforto térmico; II. responsável(is) pelo agravamento da poluição atmosférica em virtude do papel de bloqueio que exerce(m); III. leva(m) ao colapso a rede de escoamento, produzindo extravasamento e danos em áreas extensas.
(José Bueno Conti e Sueli Ângelo Furlan. Geoecologia: o clima, os solos e a biota. IN: ROSS, J. L. S. Geografia do Brasil, 2001, p. 86-87. Adaptado)
Os conceitos apresentados nos itens I, II e III representam sequencialmente:
Observe o mapa.
(Taioli, Fábio. Recursos energéticos. In: TEIXEIRA, W. et. al. (org.). Decifrando a Terra, 2000, p. 474)
A área indicada em branco no mapa representa um
importante recurso mineral explorado no Brasil nos depósitos da Bacia do Paraná. Trata-se das reservas de
Fonte: THÉRY, H.; MELLO, N. A. Atlas do Brasil. Disparidades e dinâmicas do território, 2018, p.123.
Baseando-se nos totais absolutos representados no eixo das ordenadas e na evolução temporal da população rural e urbana, é correto apontar que os gráficos A, B e C representam, respectivamente, as regiões brasileiras: