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Q526759 Psicologia
Em Lemgruber (2000), Helia Gouveia disserta sobre a Psicoterapia Breve de Apoio (PBA) e, recorrendo a vários autores, faz menção a concepções errôneas relativas à PBA, assim como àquilo que caracteriza esse tipo de psicoterapia em sua especificidade. Com relação ao que a autora observa em seu texto, assinale a opção correta.
Alternativas

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Vamos explorar a questão sobre a Psicoterapia Breve de Apoio (PBA) com base nas observações de Helia Gouveia em Lemgruber (2000). A tarefa é identificar a alternativa correta que reflete as características da PBA, segundo a autora.

A alternativa C é a correta. Essa opção descreve que a Psicoterapia Breve de Apoio, segundo Cordioli, requer o exame das relações pessoais, sejam elas reais ou transferenciais, além de analisar o modelo passado e atual de respostas emocionais e de comportamento. Isso está alinhado com a abordagem da PBA, que foca nas dinâmicas relacionais e nos padrões de resposta do paciente.

Agora, vamos examinar por que as outras opções estão incorretas:

  • A - A descrição de que a PBA envolve uma atuação ativa e diretiva do terapeuta para melhorar funções intrapsíquicas e manejar sentimentos não é específica da PBA. Embora possa haver um componente diretivo, essa descrição se alinha mais com outras formas de psicoterapia.
  • B - O alívio dos sintomas e a mudança do comportamento manifesto, com ênfase na modificação da personalidade, não são os principais focos da PBA. A PBA concentra-se mais em aspectos relacionais e comportamentais imediatos, e não na reestruturação da personalidade.
  • D - Para Kernberg, a PBA não se resume ao uso parcial da clarificação e ab-reação, ou ao uso dominante de sugestão e intervenção ambiental. Essas são técnicas que podem ser usadas, mas não definem a PBA conforme descrito por Helia Gouveia.
  • E - A ênfase em obter insights para modificar comportamentos e crenças centrais não caracteriza a PBA. A PBA é mais prática e imediata, visando o suporte e o manejo de situações presentes.

Ao interpretar uma questão como esta, é crucial identificar o que cada autor ou teoria específica ressalta sobre uma psicoterapia. Focar nas palavras-chave, como "relações pessoais" e "respostas emocionais", pode ajudar a diferenciar as abordagens e encontrar a alternativa correta.

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A PBA é geralmente caracterizada como uma psicoterapia na qual o terapeuta atua de forma ativa e diretiva para ajudar o paciente a melhorar ou desenvolver suas funções sociais e a aprender a manejar suas habilidades. A ênfase está em melhorar o comportamento e os sentimentos subjetivos, mais do que em obter insights.

Kernberg, em Transtornos Graves de Personalidade (1995), define a PBA como uma técnica que não utiliza a interpretação, faz uso parcial da clarifica­ção e ab-reação e utiliza principalmente a sugestão e a intervenção ambiental. Para ele, o terapeuta, embora deva permanecer atento à transferência, monitorizando seu desenvolvimento, deve considerar cuidadosamente as resistências do paciente em relação à técnica. Nesse caso, a transferência não seria interpretada. Segundo esse autor, a PBA pode ser definida em relação às psicoterapias psicodinâmicas/expressivas em termos de:

• ferramentas utilizadas (clarificação e interpretação versus sugestão e intervenção ambiental);

• extensão até onde a transferência é interpretada;

• grau até onde a neutralidade técnica é mantida.

O aspecto principal dessa técnica é o alívio dos sintomas e a mudança do comportamento manifesto, sem ênfase na modificação da personalidade ou na resolução do conflito inconsciente.

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