Uma paciente de 59 anos, menopausada há 9 anos, sem terapia ...

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Q737858 Medicina
Uma paciente de 59 anos, menopausada há 9 anos, sem terapia hormonal, procurou o ginecologista queixando-se de sangramento vaginal intermitente há 6 meses. Diante da queixa o médico solicitou uma ultrassonografia transvaginal que evidenciou útero com 55 cm³ e endométrio com espessura de 10 mm. Qual a melhor conduta para o caso clínico apresentado?
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Alternativa Correta: D - Histeroscopia e biópsia de endométrio.

O tema central desta questão é a abordagem de um sangramento vaginal em uma paciente pós-menopausa. Este é um tópico importante em Ginecologia, pois o sangramento pós-menopausa pode ser um sinal de condições sérias, incluindo câncer de endométrio.

Para resolver esta questão, é necessário entender o protocolo de investigação de sangramento uterino anormal em mulheres na pós-menopausa. A ultrassonografia transvaginal mostrou um endométrio espessado (10 mm), o que é considerado anormal para uma mulher nesta faixa etária e sem terapia hormonal. Neste contexto, a investigação mais adequada e menos invasiva para avaliar a causa do sangramento é a histeroscopia com biópsia de endométrio.

Justificativa da alternativa correta: A histeroscopia permite a visualização direta do interior do útero e a coleta de amostras de tecido endometrial para biópsia. Isso é crucial para descartar ou confirmar a presença de lesões malignas ou outras anormalidades.

Análise das alternativas incorretas:

A - Histerectomia total por via endovaginal: Esta é uma cirurgia extensa e não é a primeira linha de investigação para sangramento pós-menopausa, especialmente antes de um diagnóstico definitivo.

B - Curetagem uterina: Embora possa ser utilizada para diagnóstico, a curetagem não permite a visualização direta do útero, podendo resultar em amostras insuficientes ou não representativas. A histeroscopia é mais efetiva neste caso.

C - Acetato de medroxiprogesterona 150 mg IM: Esta abordagem é medicamentosa e poderia ser considerada após diagnóstico, mas, inicialmente, não trata a necessidade de investigar a causa do sangramento na pós-menopausa.

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A melhor conduta para o caso clínico apresentado é a alternativa D - Histeroscopia e biópsia de endométrio. O sangramento vaginal intermitente em uma paciente menopausada pode ser um sinal de câncer de endométrio, e a espessura do endométrio maior que 5 mm em uma paciente menopausada é considerada um achado anormal. A histeroscopia e biópsia de endométrio permitem a avaliação direta do endométrio e a coleta de amostras para análise histológica, o que permite o diagnóstico de possíveis lesões precoces ou malignas. As outras opções não são tão indicadas neste caso, pois a histerectomia total por via endovaginal é uma opção radical e desnecessária neste momento, a curetagem uterina pode não ser suficiente para avaliar toda a extensão do endométrio e a acetato de medroxiprogesterona pode ser útil em algumas situações, mas não é o tratamento de escolha para esse caso.

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