Assinale a alternativa em que a expressão destacada no trech...
TEXTO III
Bolinha de gude vence Playstation
Garotada tem computador, celular e videogame moderno, mas não dispensa brincadeira à moda antiga
João Augusto Diniz, de 12 anos, por exemplo, tem videogame e internet em casa desde os 3, mas não dispensa uma partida de futebol com os amigos na rua onde mora, no bairro do Limão, zona norte. "Adoro jogar bola", resumiu João, enquanto arriscava seus dribles. Além do futebol, a turma do bairro também gosta de bolinha de gude, peão, pipa e carrinho de rolimã.
"Estamos vendo a reorganização dos antigos jogos. Para a criança, se uma brincadeira é legal, basta!" disse a psicopedagoga especialista em comportamento infantil, Maria Irene Maluf.
No caso de João, o incentivo vem dos pais. "A criança precisa aprender a soltar pipa, peão. Não quero meu filho trancado em casa o tempo todo", disse Jorge Diniz, de 43, pai de João.
No mesmo bairro, Thiago Fernandes da Costa, de 9, também, dá um "pause" no videogame e se diverte na rua. E, se a mãe, Robélia Fernandes, de 32, não o chama para dentro, o menino passa o dia na rua com os amigos. "Ando de bicicleta, brinco de esconde-esconde, jogo peão", disse o menino.
Ué, então para que serve o videogame? "Decidi comprar um para ele, pois ele ficava muito tempo jogando na casa dos outros", explicou Robélia.
Pais também preferem ruas.
Não são só os garotos que gostam de jogar bola em pleno asfalto ou empinar pipa. Os pais, também,
dizem preferir isso, por propiciar um melhor convívio social e aprendizagem.
"Se ralar na rua, se sujar, tudo isso faz parte do crescimento. Essas brincadeiras são boas e fazem bem até para o preparo físico das crianças", disse Jorge Diniz, pai de João Augusto.
Mas a questão da segurança preocupa, por isso os pais se viram como podem para tomar conta de seus pupilos. "A gente procura orientar a respeitar os vizinhos, não brigar, tomar cuidado com os carros, principalmente. Qualquer coisa é melhor que ficar enfiado dentro de casa o dia inteiro", afirma Robélia Nascimento Fernandes.
Para a psicopedagoga especialista em comportamento infantil, Maria Irene Maluf, o ideal é que haja meio termo entre o tempo dedicado a entretenimentos eletrônicos, com videogames, por exemplo, e as brincadeiras de rua.
"É preciso bom senso. Não é comum uma criança não gostar de ficar na frente do computador, assim como é incomum um menino não querer brincar com os coleguinhas", explicou.
No caso dos passatempos eletrônicos, os pais devem ficar atentos à internet e seus perigos. Por isso, é preferível que um adulto acompanhe a navegação. "Para eles é como um cheque em branco. Qualquer informação, como endereço ou telefone, é repassada sem qualquer censura", afirmou Maria.
(Diário de S. Paulo. Dia a dia. p.8. 7 de maio de 2010)
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Gabarito comentado
Confira o gabarito comentado por um dos nossos professores
A alternativa correta é a D: "Os pais, também, dizem preferir isso (...)".
Tema Central da Questão: A questão aborda o conceito de inclusão na sintaxe. Nesse contexto, busca-se identificar a expressão que adiciona informação, algo frequentemente feito por palavras como "também", "além disso", etc.
Justificativa da Alternativa Correta:
A palavra "também" na alternativa D é utilizada para adicionar ou incluir informações sobre os pais, indicando que, além das crianças, eles também preferem que os filhos brinquem na rua. Portanto, a função sintática de "também" é de inclusão, pois está acrescentando os pais ao grupo que prefere as brincadeiras ao ar livre.
Análise das Alternativas Incorretas:
A. "se a mãe, Rosa Fernandes, de 32, não o chama para dentro (...)": O "se" aqui é uma conjunção que expressa condição, não inclusão.
B. "Por isso, é preferível que um adulto acompanhe a navegação.": "Por isso" é uma locução adverbial que indica causa ou consequência, e não inclusão.
C. "Mas a questão da segurança preocupa.": "Mas" é uma conjunção adversativa que denota oposição, não inclusão.
E. "(...) jogar bola em pleno asfalto ou empinar pipa.": "Ou" é uma conjunção alternativa, usada para apresentar uma escolha ou opção, e não para incluir.
Com essas explicações, espero que você tenha compreendido melhor como identificar a função de inclusão em expressões sintáticas. Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!
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