Na tirinha e em Meu tataravô era africano, há tipos de escol...
Ir para a escola, aprender assuntos novos, fazer amigos, superar seus limites é direito de todas as pessoas. Existem vários tipos de escolas e diversos caminhos de ensino e aprendizagem . Alguns são mais fáceis, outros mais difíceis.
Nesta prova, você está convidado a refletir sobre aspectos da vida escolar (tipos de ensino, relação professor-aluno, material escolar, medos e desejos, problemas e desigualdades).
Leia os textos com atenção, reflita e resolva as questões propostas.
Boa Prova!
Inácio entrou em casa correndo, procurando seu avô:
- Mãe, mãe, cadê o vovô? Preciso muito falar com ele.
- Calma, menino! Seu avô foi comprar pão.
- Então ele vai demorar muito! Ele fica conversando com todo mundo na rua, e eu tenho que perguntar umas coisas pra ele. É um trabalho de escola.
- E seu avô vai saber responder?
- Acho que vai, é um trabalho sobre os escravos, e minha professora disse que os negros vieram da África e que, antigamente, todos os negros eram escravos. Então, se vovô é negro, ele veio da África e era escravo.
- Não, querido. Nem todos os negros vieram da África ou foram escravos. Seu avô nasceu aqui no Brasil e nunca foi escravo.
-Nunca? Mas a minha professora disse que...
- Quem veio da África e era escravo foi o bisavô do seu avô.
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Na fazenda de café
- Vô, tenho um amigo lá na escola que em todas as férias viaja para a fazenda da tia dele, que fica em São Paulo. Eu queria tanto conhecer uma fazenda! Deve ser muito bom acordar cedinho e tirar leite das vacas, não é?
- Sabe, Inácio, antigamente eu vivia dizendo que se ganhasse na loteria compraria um sítio. Agora, não tenho mais esperanças de ganhar, não.
- Mas, vô, você joga na loteria?
- Já joguei, agora não jogo mais. Acho uma bobagem, não ganho mesmo.
- Vô, mas eu não queria conhecer uma fazenda do mesmo jeito que meu tataravô conheceu, não. Minha professora contou que era muito triste a vida nas fazendas de café, a começar pela viagem, pois os escravos viajavam dias e dias a pé, e lá eram obrigados a trabalhar muito.
- Poxa, Inácio, como você é inteligente! Consepe pardar tudo nessa cabecinha. Na minha idade, não consigo aprender mais nada.
- Que é isso, vô? Tem um monte de gente da sua idade que ainda estuda, sabia? Por que você não volta a estudar?
- Ah, Inácio, acho que não dou mais pra isso, não. Não tenho mais paciência pra esse negócio de escola.
- Então, vô, você pode estudar comigo, que tal? Tudo o que minha professora de História me ensinar eu ensino pra você, combinado?
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