Assinale a opção que não apresenta marcas de coloquialismo n...

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Q2043042 Português
A questão refere-se aos textos III e IV, a seguir.

TEXTO III

O que é essencial para você?
Escritora fala sobre minimalismo como estilo de vida

Para a jornalista Ana Holanda, viver com o mínimo não significa apenas ter menos coisas, mas viver em equilíbrio e somente com o essencial

Em tempos em que as propagandas dizem o que precisamos, vitrines seduzem e influenciadores digitais impressionam com seus corpos esbeltos e padrões de vida quase que inalcançáveis, difícil mesmo é saber o que é essencial para nossas necessidades.
Na contramão, algumas pessoas decidem viver diferente e adotam o mínimo como estilo de vida. Mas o minimalismo não significa apenas ter menos coisas, mas, sim, viver em equilíbrio e somente com o essencial.
“Minimalismo é a busca da essência das coisas. É você encontrar o que é essencial e o que faz sentido pra você todos os dias. É o que a gente carrega dentro da gente. Tem a ver com esse sentido maior que damos para o que a gente faz, para os nossos passos todo dia”, explica a jornalista Ana Holanda, que nos últimos anos tem adotado essa simplicidade na sua rotina.

Quando começou a sua busca pela simplicidade e pelo essencial das coisas da vida?
Sempre fui grande observadora do mundo. O fato de não ter sido uma aluna brilhante na escola foi algo bom porque quando a gente não é brilhante, não se esperam grandes coisas da gente. Ter me esforçado para ser boa aluna me deu a liberdade para seguir pelo mundo sem ter um caminho de ‘sucesso’ ditado pelo outro. Me deu também a liberdade para observar o mundo e para perceber as coisas... Sentir cheiro, sabe? Muitas vezes a gente não tem noção do quanto isso é importante para despertar ideais, criatividade.

Minimalismo é desapegar de bens materiais?
Está muito conectado com buscar essa essência das coisas. Minimalismo não é só ‘ter menos’ ou ‘viver com menos'. É encontrar o que faz sentido para você todos os dias. É o que a gente carrega dentro da gente. Tem a ver com esse sentido maior que damos pro que a gente faz, pros nossos passos todo dia. Só que muitas vezes a gente não enxerga o minimalismo. Enxergar o todo dentro do pequeno é perceber toda história que aquilo me conta. É esse olhar que a gente tem que despertar.

Como saber o que é realmente necessário num mundo em que tudo gira em torno do consumismo?
Isso, a escrita me ensinou. Para mim, é muito claro que a gente nunca produziu tanto conteúdo - e tanto lixo. Porque construímos narrativas que não conversam com o outro. Sempre pergunto para meus alunos: você vai colocar tempo e energia para algo que não marca as pessoas? Escrita é relação. Mas o que você aprendeu? Que escrita é técnica. A gente só consegue fazer um texto intenso quando existe essa ponte com o outro. As propagandas te dizem que você só vai ser feliz se fizer desse jeito, os influenciadores digitais e a mídia também estão dizendo que você precisa ter algo para ser feliz. Mas você tem que ir pelo caminho que faz sentido para você. É como nadar contra a maré.
(...)

A revista Vida Simples traz discussões muito contemporâneas - como essa do minimalismo. Como você trabalha a linha editorial?
A Vida Simples tem uma produção de conteúdo muito focada no autodesenvolvimento. Propomos uma conversa próxima com o leitor através de assuntos essenciais na vida de qualquer um - ansiedade, angústia, amor, felicidade, gratidão, propósito, tolerância, etc. E a gente busca maneiras diversas de abordá-los. Trabalhamos com três pilares: ser, conviver e transformar. Se você pegar uma revista de cinco anos atrás, ela ainda faz sentido hoje. Isso é muito legal! Estou aqui há nove anos e a busca do que é a essência das coisas também está muito presente nela. Essa função me realiza muito, principalmente porque sei o quanto a publicação transforma a vida das pessoas.

A revista também traz o conceito minimalista nas capas. Como isso é pensado?
Existem muitas conversas sobre como a gente vai traduzir esse conceito a partir do texto. Se a gente está falando de leveza, por exemplo, não dá para trazer algo duro. A gente pensa muito em como traduzir a ideia em um objeto ou cena. Falando da arte da Vida Simples, acreditamos que tudo conta uma história...

Fonte: https://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/o-que-e-essencial-para-voceescritora-fala-sobre-minimalismo-como-estilo-de-vida/ (adaptado)

TEXTO IV



Fonte: Revista Vida Simples. Editora Abril; ed. 133/ jul 2013.
Assinale a opção que não apresenta marcas de coloquialismo no uso da linguagem.
Alternativas

Comentários

Veja os comentários dos nossos alunos

"Tem a ver com esse sentido maior que damos pro (para o)que a gente faz, pros nossos passos todo dia.” (Contração de preposição e artigo)

Me deu (Deu-me) também a liberdade para observar o mundo e para perceber as coisas... “

(Orações nunca devem ser iniciadas com pronomes oblíquos)

“As propagandas te dizem que você só vai ser feliz se fizer desse jeito...” 

(Uso do pronome desse ao invés de deste )

gabarito D

Pergunta- Opção que não apresenta marcas de coloquialismo

Coloquialismo= Linguagem utilizada no cotidiano em que não exige a atenção total da gramática, de modo que haja mais fluidez na comunicação oral.

A única opção que não é coloquial e é forma é a D

Errei essa questão

A gramática da língua portuguesa dispõe de duas variações linguísticas, são elas: normal culta e normal coloquial.

Na norma coloquial há a presença de informalidade, sem preocupação com a gramática.

Agora vamos para as alternativas:

A) “Tem a ver com esse sentido maior que damos pro (para o) que a gente faz, pros (para os) nossos passos todo dia.”

B) “Me deu (deu-me) também a liberdade para observar o mundo e para perceber as coisas... “ (orações nunca devem ser iniciadas com pronomes oblíquos átonos)

C) “As propagandas te dizem que você só vai ser feliz se fizer desse (deste) jeito...” 

Gabarito D

“Tem a ver com esse sentido maior que damos pro que a gente faz, pros nossos passos todo dia.” -> Essa palavra não existe na gramática.

Me deu também a liberdade para observar o mundo e para perceber as coisas... “ -> Nunca se deve começar uma oração com a próclise

“As propagandas te dizem que você só vai ser feliz se fizer desse jeito...” ->   As propagandas te dizem? Uso de personificação ou prosopopeia. Elas não tem boca, como vão te dizer algo?

“Trabalhamos com três pilares: ser, conviver e transformar.”  -> GABARITO

Espero ter ajudado, bons estudos!

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