Paciente de 22 anos, vítima de acidente automobilístico grav...
Paciente de 22 anos, vítima de acidente automobilístico grave com capotamento, apresenta traumatismo crânio-encefálico e relato de perda da consciência imediatamente após o trauma. O paciente dá entrada no pronto-socorro em coma (Glasgow 5) e, após as medidas de suporte, é encaminhado ao setor de radiologia para a realização de exame tomográfico do crânio. Após análise minuciosa das imagens, o radiologista não identifica alterações encefálicas significativas.
Diante desse quadro clínico, é correto afirmar que se trata de
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Para resolver essa questão, é importante entender o contexto de um traumatismo cranioencefálico e as diferentes lesões que podem ocorrer em consequência disso. Após um acidente, como o descrito, é crucial identificar qual tipo de lesão pode justificar o estado clínico do paciente, dado que o exame tomográfico não revelou alterações significativas.
A alternativa correta é a Alternativa D: "lesão axonal difusa, situação que justifica o quadro clínico; frequentemente não apresenta alterações tomográficas e pode ser confirmada com a ressonância magnética."
Justificativa da alternativa correta:
A lesão axonal difusa é uma consequência comum de traumas cranianos graves. Ela ocorre devido ao movimento violento do cérebro dentro do crânio, que danifica os axônios, as longas extensões das células nervosas. Esta lesão frequentemente não é visível na tomografia computadorizada inicial, mas pode ser identificada por meio de uma ressonância magnética. O quadro clínico descrito, com coma e baixa pontuação na escala de Glasgow, é compatível com uma lesão axonal difusa.
Análise das alternativas incorretas:
Alternativa A: "um provável hematoma subdural isodenso que não foi identificado." Embora hematomas subdurais possam ser difíceis de ver na tomografia, especialmente se forem isodensos, é improvável que um hematoma subdural não cause nenhuma alteração visível. Além disso, o quadro clínico não é típico de um hematoma subdural não identificado.
Alternativa B: "uma provável concussão cerebral, quadro que habitualmente não demonstra alterações tomográficas." Embora a concussão cerebral possa não aparecer na tomografia, o estado de coma profundo relacional não é comum em concussões, que geralmente resultam em perda temporária de funções neurológicas.
Alternativa C: "hemorragia subaracnoide traumática oculta ao estudo tomográfico, sendo razoável a realização de punção lombar para a confirmação." A hemorragia subaracnoide geralmente aparece na tomografia como áreas de alta densidade. Além disso, o quadro clínico descrito é mais grave do que o esperado apenas para uma hemorragia subaracnoide oculta.
Portanto, considerando as informações clínicas e radiológicas, a Alternativa D é a mais adequada para explicar o quadro do paciente.
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