Gestante com cerca de 32 semanas de evolução, sem relato ant...

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Q679462 Medicina
Gestante com cerca de 32 semanas de evolução, sem relato anterior de hipertensão, chega à emergência com queixa de cefaléia e dor epigástrica. Ao exame, PA: 190X110 mmHg. Útero com tônus normal, sem contrações, BCF: 130bpm, sem perdas vaginais aparentes. Qual das opções abaixo é a conduta mais adequada?
Alternativas

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A alternativa correta é a B. Vamos entender por quê.

O tema central da questão é o manejo da pré-eclâmpsia grave em gestantes. A pré-eclâmpsia é uma condição caracterizada por hipertensão e, geralmente, proteinúria após a 20ª semana de gestação. Nesta situação, a paciente apresenta sintomas típicos de pré-eclâmpsia grave: cefaleia, dor epigástrica e pressão arterial extremamente elevada (190x110 mmHg). A abordagem correta envolve o controle da pressão arterial e a prevenção de crises convulsivas, além da consideração da interrupção da gestação, pois a continuidade da gravidez coloca mãe e bebê em risco.

Justificando a alternativa correta:

B - Estabilização da PA com hidralazina venosa, prevenção de crises convulsivas com sulfato de magnésio e interrupção da gestação.

A hidralazina é um medicamento de escolha para o controle agudo da pressão arterial em crises hipertensivas durante a gravidez. O sulfato de magnésio é utilizado para prevenir convulsões, que são complicações graves da eclâmpsia. A interrupção da gestação é indicada em casos graves para proteger a vida da mãe e do bebê.

Analisando as alternativas incorretas:

A - Estabilização da PA com metildopa; prevenção de crises convulsivas com sulfato de magnésio e diazepam e interrupção da gestação.

Embora a metildopa seja um anti-hipertensivo seguro na gravidez, ela não é usada para controle agudo da pressão arterial. Além disso, o diazepam não é recomendado como primeira linha para prevenção de convulsões na pré-eclâmpsia.

C - Tratamento da crise hipertensiva com captopril e internação em CTI.

O captopril, um inibidor da ECA, é contraindicado na gravidez, especialmente no terceiro trimestre, devido ao risco de danos ao feto. Portanto, seu uso não é apropriado.

D - Interrupção imediata da gestação por cesariana.

A interrupção imediata sem estabilização adequada da mãe pode levar a complicações graves. O manejo inicial inclui estabilização da pressão arterial e prevenção de crises convulsivas antes de considerar a interrupção da gravidez.

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Comentários

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A conduta mais adequada é a alternativa B, que consiste na estabilização da pressão arterial com hidralazina venosa, prevenção de crises convulsivas com sulfato de magnésio e interrupção da gestação. Essa é a opção mais adequada porque a gestante apresenta hipertensão arterial grave e sintomas de pré-eclâmpsia, que podem evoluir para eclâmpsia, uma complicação grave que pode levar a convulsões e colocar a vida da mãe e do feto em risco. A interrupção da gestação é necessária para controlar a hipertensão arterial e evitar complicações mais graves. O tratamento com metildopa ou captopril não é eficaz em casos de crise hipertensiva associada à pré-eclâmpsia, e a interrupção imediata da gestação por cesariana não é indicada, a menos que haja uma indicação obstétrica clara.

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