No verso “À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mund...
Tabacaria
Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente
[certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos
[seres,
Com a morte a pôr umidade nas paredes e cabelos
[brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada
[de nada.
(Fernando Pessoa, Obra Poética)
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Trata-se de um complemento nominal. Função passíva em relação ao termo a que se refere.
Na verdade é um adjunto adnominal. Pois o termo se refere a um substantivo concreto, e indica ideia de posse.
Os desenhos da estrada. (Da estrada) são os desenhos.
Por tanto, alternativa A
Questão estranha, dei uma pesquisa e percebi que algumas pessoas consideram "sonho" como substantivo concreto. Olhando também por um outro lado, ainda que "sonho" fosse um substantivo abstrato, o mundo seria o agente da ação, ou seja, o dono do sonho e assim o termo sublinhado continuaria a ser um adjunto adnominal.
Bicho, só acertei isso eliminando as outras alternativas.
Não consigo entender a lógica de considerar sonho como um substantivo concreto.
Para o sonho existir, alguém precisa sonhar!! Ele não existe por si só.
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