Idoso, portador de doença pulmonar obstrutiva crônica e hipe...
Idoso, portador de doença pulmonar obstrutiva crônica e hipertensão pulmonar. Refere uso de antiarrítmicos de maneira irregular. Tem recorrentemente palpitações e mal-estar. No entanto, neste final de semana os sintomas ficaram mais frequentes, com relato de náuseas, tontura e desmaios.
Foi trazido à UPA com taquipneia, crepitações em ambas as bases pulmonares e pressão arterial de 70/40mmHg. Tem pulsos filiformes, está taquicárdico e encontra-se obnubilado, com glicemia capilar de 98mg/dl.
Imediatamente aciona-se a equipe hospitalar de suporte rápido. O paciente é monitorizado e ofertado suplemento de O2 em cateter nasal. Foi puncionado acesso venoso periférico, com infusão de bolus de volume e coleta de exames complementares.
O monitor mostra um ritmo taquicárdico, irregular, sem onda P, compatível com fibrilação atrial.
As seguintes afirmativas se referem ao caso descrito.
I - Trata-se de uma taquicardia instável, de caráter agudo, necessitando apenas de controle da frequência com antiarrítmicos como lidocaína ou amiodarona.
II - O paciente provavelmente é cardiopata, portador de fibrilação atrial crônica. No momento encontra-se instável devido à resposta ventricular alta e deve ser imediatamente submetido à cardioversão elétrica sincronizada.
III - A anticoagulação é necessária após a cardioversão elétrica sincronizada, se esta for indicada, devido ao fenômeno de “miocárdio atordoado”.
IV - Se o paciente estivesse estável, seria dever do emergencista classificar a arritmia em aguda (até 48 horas) ou crônica (mais de 48 horas). Se crônica, estaria indicada apenas anticoagulação e o controle da frequência, com drogas de ação no nó atrioventricular.
Está correto apenas o que se afirma em