Aumento da letalidade policial contrasta com redução de mort...
Aumento da letalidade policial contrasta com redução de mortes violentas no país
De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2020, 3.181 pessoas foram mortas pela polícia no primeiro semestre de 2020. O número representa um crescimento de 6% em relação ao mesmo período do ano passado. Entre as vítimas, a grande maioria eram homens (99,2%), jovens (74,3%) e negros (79,1%). Publicado anualmente, o relatório, produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, recolhe dados oficiais de secretarias de segurança de todos os estados, tornando-se um dos principais mapeamentos a respeito da violência no país. Ano a ano, o levantamento vem revelando a tendência de crescimento no número de mortes em decorrência de intervenção policial, sobretudo entre pessoas negras. Entre 2013 e 2019, houve um aumento de 188% vítimas fatais em operações policiais. O primeiro semestre deste ano já representa 49,8% do total de casos de todo o ano de 2019. A vitimização de agentes de segurança pública também tem aumentado: foram 110 mortos somente no primeiro semestre de 2020, 19,6% a mais no mesmo período do ano passado.
(Disponível em: https://www.conectas.org/noticias/aumento-da-letalidade-policial/. Acesso em: 27/01/2022. Adaptado.)
Considerando os dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2020 e da atuação do Serviço Social frente à questão social, analise as afirmativas a seguir.
I. A questão da violência constitui-se de um problema histórico no Brasil relacionado ao racismo e à escravidão, visto que as vítimas em sua indiscutível maioria são negras. II. A violência policial é reflexo da ação policial no combate à criminalidade crescente no Brasil. III. O fato da maioria das vítimas da violência policial serem negras não se relaciona com o racismo e, sim, com a abrangência da criminalidade entre as pessoas negras. IV. A violência policial é reflexo do embate entre um modelo de Estado, que criminaliza a pobreza como forma de manter o controle e a hegemonia das classes dominantes.
Está correto o que se afirma em