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Q1002706 Serviço Social
A recorrência e a proporção tomada pelos desastres no Brasil vêm ocasionando o frequente emprego das Forças Armadas, notadamente em ações de resgate, de engenharia, de saúde e de assistência social às populações vitimadas. À luz do estudo de Valencio (2014), acerca do debate sobre desastres é correto afirmar que:
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Alternativa correta: E - os desastres duram ao tempo em que durar a ruptura nos meios e nos modos de vida regulares dos grupos sociais por eles afetados.

O tema central dessa questão é a compreensão dos desastres enquanto fenômenos sociais complexos. Esta questão foca na dimensão social dos desastres, o que é extremamente relevante para o Serviço Social, já que profissionais dessa área frequentemente lidam com populações vulneráveis afetadas por esses eventos.

Para resolver a questão, é necessário entender que desastres não são apenas eventos naturais, mas processos que também envolvem questões sociais, econômicas e políticas. O impacto de um desastre prolonga-se enquanto persistirem as condições de vulnerabilidade social e a incapacidade dos grupos afetados de retornarem a seus modos de vida usuais.

Resumo teórico: Segundo Valencio (2014), os desastres são multidimensionais e multicausais, não meramente naturais. Essa perspectiva considera os modos de vida, ocupação e vulnerabilidade das populações como fatores centrais. As ciências sociais têm contribuído significativamente para essa compreensão, tratando os desastres como algo que transcende o evento físico, englobando a resiliência e as dificuldades sociais.

Justificativa da alternativa correta: A alternativa E está correta porque reconhece que a duração do desastre está ligada à duração da ruptura nos modos de vida. Isso reflete a ideia de que o desastre persiste enquanto as condições de vulnerabilidade e desorganização social não forem resolvidas.

Análise das alternativas incorretas:

A - As regiões desenvolvidas podem ter melhor infraestrutura, mas isso não as torna imunes a desastres. O desenvolvimento econômico não elimina a vulnerabilidade, embora possa mitigar alguns riscos.

B - Embora os modos precários de vida contribuam para a vulnerabilidade, a afirmação é reducionista por não reconhecer a complexidade dos desastres. Outros fatores, como políticas públicas inadequadas, também desempenham papéis importantes.

C - As ciências sociais influenciam a compreensão dos desastres, mas a alternativa não aborda a questão da duração e impacto contínuo dos desastres nos modos de vida, que é o foco da questão.

D - A emergência contínua de desastres não é simplesmente uma evidência de sua "dimensão natural". Muitas vezes, ela reflete a persistência de vulnerabilidades sociais e a falta de políticas eficazes de mitigação e prevenção.

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Livro: Segurança Humana no Contexto dos Desastres

Tais ponderações são providenciais para destacar que o essencial na discussão sobre desastres é a natureza social da crise em ocorrência num tempo social, isto é, num tempo que não é meramente o cronológico, posto envolver dimensões culturais, políticas, econômicas e subjetivas (SOROKIN, 1942). Ou, conforme salientou Drabek (2007), o desastre dura enquanto durar a ruptura nos meios e nos modos de vida regulares dos grupos afetados. (p.29-30)

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