Segundo Barroco (2010), no campo da moral, a alienação da v...
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Alternativa Correta: D
A questão aborda a relação entre moralismo, preconceito e alienação moral. É essencial entender esses conceitos para analisar como eles se manifestam na vida cotidiana e suas implicações no Serviço Social.
Segundo Barroco (2010), a alienação moral ocorre quando comportamentos e julgamentos são guiados por preconceitos e moralismos, que são inquestionados e reproduzidos sem reflexão crítica. O moralismo é visto como uma postura que superficialmente julga e rotula comportamentos sem um embasamento ético real, sendo, portanto, uma forma de alienação.
Justificativa da Alternativa D: Esta alternativa afirma que "os juízos provisórios, dos quais decorrem a ultrageneralização, não são necessariamente preconceitos, a não ser que, mesmo refutados pela teoria e pela ciência, continuem a fundamentar os pensamentos e as ações." Esta afirmação é correta porque reconhece que o preconceito se estabelece fortemente quando uma ideia, mesmo refutada, continua a ser perpetuada e influencia comportamentos e decisões, caracterizando uma visão alienada e moralista.
Análise das Alternativas Incorretas:
Alternativa A: Afirma que não há diferença entre preconceito e moralismo. Isso está incorreto porque ambos têm origens e manifestações distintas. O preconceito é um julgamento pré-estabelecido sem conhecimento de causa, enquanto o moralismo envolve um julgamento ético superficial.
Alternativa B: Declara que o moralismo reflete uma postura crítica e ético-política. Isso é errado, pois o moralismo geralmente implica em julgamentos sem reflexão crítica profunda, sendo, portanto, uma forma de alienação.
Alternativa C: Sugere que o preconceito não é moralmente negativo. Ao contrário, o preconceito é uma postura que frequentemente resulta em discriminação e marginalização, sendo moralmente condenável.
Alternativa E: Argumenta que o preconceito representa uma postura crítica. Isso é falso, pois o preconceito é baseado em julgamentos simplistas e distorcidos, não em uma análise crítica e fundamentada.
Para interpretar corretamente questões como essa, é importante ler com atenção os enunciados e refletir sobre o significado dos conceitos apresentados, evitando confundir termos semelhantes. Identificar a lógica por trás dos argumentos e reconhecer ideias refutadas pela ciência pode ajudar a evitar pegadinhas.
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No campo da moral, alienação da vida cotidiana se expressa, movido por preconceito. A ultrageneralização é necessária no nível da cotidianidade; porém, como decorrência de juízos provisórios, pode ser modificado.
LETRA D
tais juízos não são preconceitos; passam a sê-los quando, mesmo refutados pela teoria e pela prática, continuam a fundamentar o pensamento e ações: "os juízos provisórios refutados pela ciência e por uma experiência cuidadosamente analisada, mas que se conservem inabalados contra todos os argumentos da razão, são preconceitos".
Segundo Barroco (2010), no campo da moral, a alienação da vida cotidiana se expressa, especialmente, pelo moralismo, movido por preconceitos. Tendo como base as reflexões da autora sobre moralismo e preconceito, é correto afirmar que:
Alternativas
A) não existe diferença entre preconceito e moralismo, haja vista que ambos são posturas influenciadas pela cotidianidade, campo privilegiado da reprodução da alienação. (Incorreta, pois conforme Barroco (2010, p. 48) " o moralismo é uma forma de alienação e o preconceito consiste na "reprodução do conformismo", um vez que pode ser transformar em moralismo dada a sua inserção (preconceito) pela mediação das dimensões da vida social: a moral).
B) o moralismo não pode ser considerado uma forma de alienação moral, pois reflete uma postura crítica e ético-política de enfrentamento da realidade social. (Incorreta, em virtude da autora discorrer que o moralismo é uma forma de alienação, a qual não reflete, mas nega, a construção de uma consciência crítica acerca das escolhas livres no cotidiano - p. 48)
C) o preconceito não é moralmente negativo, haja vista que ele é inerente á natureza primitiva do homem, devendo ser consideradas as condições históricas dos indivíduos sociais. (Incorreta, em razão de ser moralmente negativo impedindo a autonomia do homem - p. 48).
D) os juízos provisórios, dos quais decorrem a ultrageneralização, não são necessariamente preconceitos, a não ser que, mesmo refutados pela teoria e pela ciência, continuem a fundamentar os pensamentos e as ações. (Correta - p. 46)
E) o preconceito, por não ser moralmente negativo, não pode ser considerado uma forma de discriminação, pois representa uma postura critica dos indivíduos sociais diante dos conflitos. (Incorreta, em razão de ser moralmente negativo impedindo a autonomia do homem, além de ser uma forma de discriminação, não representando uma postura crítica, mas aos comportamentos estereotipados - p. 48).
Fonte: Ética e Serviço Social: fundamentos ontológicos. 8ª ed. 2010.
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