[... ] Estou, estou na moda. É doce andar na moda, ainda q...
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Estou, estou na moda.
É doce andar na moda, ainda que a moda
Seja negar minha identidade,
Trocá-la por mil, açambarcando
Todas as marcas registradas,
Todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de ser
Eu que antes era e me sabia
Tão diverso de outros, tão mim mesmo,
Ser pensante sentinte e solidário
Com outros seres diversos e conscientes
De sua humana, invencível condição.
Agora sou anúncio
Ora vulgar ora bizarro.
Em língua nacional ou em qualquer língua
(Qualquer principalmente.)
[...]
ANDRADE, Carlos Drummond de. Eu, Etiqueta. In: Corpo. São Paulo: Record, 1984 (adaptado).
O fragmento do poema de Carlos Drummond de Andrade acima retrata um tema analisado na obra “Vida para Consumo: a transformação das pessoas em mercadoria”, de Zygmund Bauman, o qual é definido como:
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Letra B: Sociedade de consumidores, onde a reconstrução das relações humanas faz-se a partir do padrão e à semelhança das relações entre consumidores e objetos de consumo; cujo consumidor é engajado na incessante atividade de consumo.
Gabarito E:
Florzinha ai se equivocou. Vida para o consumo é a relação humana baseada entre consumir e ser objeto de consumo, ou seja, não importa o que você é, mas o que você tem, com isso a sociedade é induzida culturalmente a viver para o consumo e ao mesmo tempo ser esse objeto do consumo. O filosofo Grego Sócrates já havia falado isso.
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