Uma mulher de 56 anos portadora de prótese de valva mitral ...
Uma mulher de 56 anos portadora de prótese de valva mitral inicia quadro de febre e calafrios duas semanas após extração dentária. O exame físico revela aumento da intensidade do sopro habitual, o ecocardiograma evidencia uma vegetação de 1 cm na válvula protética e as hemoculturas revelam crescimento de Haemophilus parainfluenza.
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A alternativa correta é a D - Ceftriaxone por seis semanas.
Vamos entender o cenário clínico apresentado na questão. Trata-se de uma paciente com uma prótese de valva mitral que, após uma extração dentária, desenvolveu febre e calafrios, indicativos de infecção. O ecocardiograma revelou uma vegetação na válvula protética, e as hemoculturas mostraram crescimento de Haemophilus parainfluenzae, uma bactéria menos comum na endocardite infecciosa, mas ainda relevante.
O tratamento de uma endocardite infecciosa em válvula protética requer uma abordagem agressiva e prolongada, especialmente quando se lida com organismos do grupo HACEK (Haemophilus, Aggregatibacter, Cardiobacterium, Eikenella, Kingella), que incluem o Haemophilus parainfluenzae. Nesses casos, a recomendação é o uso de antibióticos como a Ceftriaxone por um período de seis semanas, devido à natureza do organismo e o local da infecção.
Agora, vamos analisar as alternativas incorretas:
A - Penicilina cristalina associada a Gentamicina por quatro semanas: Essa combinação é frequentemente usada para outras formas de endocardite, especialmente aquelas causadas por estreptococos ou enterococos, mas não é a escolha ideal para organismos do grupo HACEK.
B - Ceftriaxone por duas semanas antes da troca da válvula: Embora o uso de Ceftriaxone esteja correto, a duração de duas semanas é inadequada para uma endocardite em válvula protética, que geralmente requer um tratamento mais longo. Além disso, não é mencionado que a troca da válvula é necessária antes de completar o tratamento antibiótico.
C - Indicar troca imediata da válvula protética: A troca da válvula é considerada em casos de falha de tratamento clínico, complicações mecânicas ou infecção incontrolável. No entanto, uma troca imediata não é a abordagem inicial sem tentativa de tratamento antibiótico adequado.
É importante lembrar que o manejo de endocardite infecciosa envolve uma equipe multidisciplinar, incluindo infectologistas, cardiologistas e, se necessário, cirurgiões cardíacos, considerando sempre a condição clínica do paciente.
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