Mulher de 20 anos previamente saudável é atendida com quadr...
Mulher de 20 anos previamente saudável é atendida com quadro de febre, icterícia e confusão mental. Ao exame físico, está desorientada, sem sinal neurológico focal, ictérica e com exantema petequial predominando em membros inferiores. Os exames laboratoriais evidenciam: Ht 27%, leucócitos 12.000cels/mm3 ) (0/0/0/0/12/56/24/8), plaquetas 13.000 cels/mm3 , bilirrubina 5mg/dL, bilirrubina direta 0,6mg/dL, ureia 80 mg/dL e creatinina 2,5mg/dL, LDH 1430 mg/dL. O esfregaço de sangue periférico demonstrou hemácias fragmentadas e nucleadas. Os tempos de protrombina e tromboplastina parcial estavam normais.
A terapêutica mais efetiva neste caso é
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A alternativa correta é a B - plasmaferese.
Esta questão aborda um caso clínico emblemático de Púrpura Trombocitopênica Trombótica (PTT), uma condição rara caracterizada pela presença de sintomas como febre, icterícia, confusão mental e um quadro de plaquetopenia significativa, como evidenciado pela contagem de plaquetas de 13.000 células/mm3.
Os achados laboratoriais, como a anemia hemolítica microangiopática (evidenciada pelas hemácias fragmentadas no esfregaço de sangue periférico) e os níveis elevados de LDH, reforçam o diagnóstico. A presença de sintomas neurológicos, disfunção renal (ureia e creatinina elevadas) e tempo de coagulação normal também são indicativos de PTT.
Plasmaferese é a terapêutica mais efetiva para PTT, pois ajuda na remoção dos autoanticorpos que inibem a atividade da enzima ADAMTS13, responsável pela clivagem do fator de von Willebrand, que está comprometida na PTT.
Agora, vejamos as justificativas para as alternativas incorretas:
A - anticoagulação com heparina: Embora a heparina seja usada em casos de trombose, não é indicada para PTT, pois a condição não é primariamente um problema de coagulação intravascular disseminada (CID), mas sim de trombos microvasculares que não se beneficiam da anticoagulação com heparina.
C - fator VII recombinante: Essa terapia é usada para controle de sangramentos em hemofilia ou deficiências de fator VII, não tem papel no tratamento da PTT, onde o problema é a formação de microtrombos, não um distúrbio de coagulação por deficiência de fator.
D - hemofiltração de altos volumes: Tipicamente usada em condições de insuficiência renal aguda ou intoxicações, não é o tratamento de escolha para PTT, porque não aborda a patogênese subjacente de formação de trombos mediada pela deficiência de ADAMTS13.
Compreender essas diferenças é crucial para responder corretamente a questões de concursos e para a prática clínica. Espero que esta explicação tenha clarificado o raciocínio necessário para resolver este tipo de questão.
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