A administração recebeu influência da Filosofia, desde os t...
A administração recebeu influência da Filosofia, desde os tempos da antiguidade. Posto isso, correlacione as colunas e, em seguida, assinale a alternativa que contém a sequência correta, quanto à influência dos filósofos e cientistas.
I- Thomas Hobbes
II- Francis Bacon
III René Descartes
( ) Fundador da Filosofia Moderna e criador das coordenadas cartesianas.
( ) Defensor de um governo absoluto, em função de sua visão pessimista da humanidade.
( ) Fundador da Lógica Moderna baseada
no método experimental e indutivo.
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Para resolver a questão proposta, é necessário entender a influência de grandes filósofos na história da administração e em suas ideias fundamentais. Os filósofos mencionados (Thomas Hobbes, Francis Bacon e René Descartes) contribuíram de maneiras distintas para o desenvolvimento do pensamento administrativo e científico.
Vamos analisar a alternativa correta:
Alternativa Correta: A - III, I, II
A explicação para essa sequência é a seguinte:
- III - René Descartes: Descartes é conhecido como o fundador da Filosofia Moderna e é famoso pela criação das coordenadas cartesianas, um sistema fundamental na matemática e ciências que influencia até hoje a administração, especialmente na modelagem de problemas e tomada de decisões.
- I - Thomas Hobbes: Hobbes defendia um governo absoluto devido à sua visão pessimista da natureza humana, onde ele acreditava que, sem um controle rígido, a sociedade tenderia ao caos. Essa ideia influenciou teorias de organização e controle dentro das empresas.
- II - Francis Bacon: Bacon é considerado o fundador da Lógica Moderna, promovendo o método experimental e indutivo, que são bases para o desenvolvimento do método científico, crucial para a administração na análise e solução de problemas.
Agora, vejamos por que as outras alternativas são incorretas:
B - I, II, III: Esta sequência atribui incorretamente René Descartes como a última opção, o que não corresponde aos dados históricos associados a ele.
C - III, II, I: Aqui, a ordem de Francis Bacon e Thomas Hobbes está invertida, não refletindo suas respectivas contribuições de ambos à administração.
D - I, III, II: Nesta opção, René Descartes está erroneamente colocado como o segundo, que não alinha com suas contribuições específicas, como explicado anteriormente.
Por isso, a alternativa A é a única que correlaciona corretamente cada filósofo com sua contribuição para o desenvolvimento da administração e da ciência.
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Thomas Hobbes:
Em sua obra Leviatã (Leviatã é um bíblico monstro gigantesco que representa o Estado), Hobbes inaugurou um novo modo de pensar a política, refletindo não apenas sobre os paradigmas já existentes, mas questionando-se sobre a origem do Estado, sua função etc. Se, em Maquiavel, o problema era a conservação do poder, em Hobbes, o problema é a conservação do homem. A obra é escrita no bojo da Revolução Puritana Inglesa e sua guerra civil: o texto é uma defesa do absolutismo, justamente, quando ele vivia uma profunda decadência na Inglaterra.
O Estado absoluto é a melhor maneira de garantir a liberdade individual. Enquanto os republicanos diziam que o homem só é livre se viver num Estado livre, Hobbes lembra que, ao abdicarmos de nossa liberdade de fazer leis ou escolher representantes periodicamente, ganhamos inúmeras outras liberdades, como a tranquilidade, a busca por enriquecimento sem incômodos, o exercício dos nossos talentos, o aprimoramento individual, a busca da felicidade, entre outros.
Perceba, entretanto, que Hobbes legitima o Estado a partir da função que ele tem de proteger seus súditos; por isso, a maioria dos defensores do absolutismo, na época de Hobbes, não o apoiou, pois, para eles, o soberano legitimava-se pelas Escrituras ou pela Tradição.
Fonte: Guia do Estudante.
Francis Bacon:
Bacon é um dos ícones do empirismo e considerado, junto a Descartes, um dos fundadores da filosofia moderna graças a sua defesa do método experimental contra a ciência especulativa clássica. Em contrapartida ao racionalismo cartesiano, contudo, o empirismo representa uma tradição filosófica que, tomando como lema a frase aristotélica “nada está no intelecto que não tenha passado antes pelos sentidos”, acredita que todo conhecimento resultaria de percepções sensíveis, desenvolvendo-se a partir desses dados. O empirismo é uma forma de autonegação: deixe o objeto falar por si só, a partir disso a verdade é acessível.
Bacon visava a uma reforma filosófica que garantisse o progresso das ciências contra a escolástica. Assim, seu pensamento crítico tinha como objetivo libertar o homem de preconceitos, fantasias e superstições que impediriam a construção do verdadeiro conhecimento. Nesse contexto, encontramos sua teoria dos ídolos. Os ídolos seriam obstáculos, distorções ou ilusões que “bloqueiam a mente humana”, conduzindo o homem ao erro.
Fonte: Guia do Estudante.
René Descartes:
René Descartes é responsável pelo desenvolvimento do racionalismo cartesiano, segundo o qual o homem não pode alcançar a verdade pura através de seus sentidos: as verdades residem nas abstrações e em nossa consciência, na qual habitam as ideias inatas. Diante do forte ceticismo na época do Renascimento, muitas pessoas acreditavam que os métodos científicos eram falhos, incompletos e sujeitos ao erro, de forma que seria impossível para o homem conhecer o mundo real e fazer ciência de maneira verdadeira. A missão de Descartes era justamente legitimar a ciência, demonstrando que o homem poderia conhecer o mundo real. Para encontrar uma certeza inquestionável, Descartes duvidou de tudo. A dúvida cartesiana é justificada por três argumentos. Primeiramente, a ilusão dos sentidos, ou seja, não poderíamos confiar nos nossos sentidos, os quais são limitados e enganosos. Em segundo lugar, não sabemos distinguir o mundo externo daquilo que é produto de nossa mente (argumento dos sonhos). Em terceiro lugar, há o gênio maligno: quem diz que não há um deus ou um demônio malévolo poderoso e astuto que dedicasse todas suas energias para enganar os homens? Se Deus existe, fica provado que o mundo por ele criado também existe. Assim, note que Descartes provou que o “eu” existe e, por meio do raciocínio dedutivo, provou também, a partir das premissas anteriores, que Deus e o mundo existem. Eis a ponte entre o pensamento subjetivo e a realidade objetiva, isto é, a prova de que “o eu e o mundo” existem.
Fonte: Guia do Estudante.
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