Com relação ao Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefál...
Gabarito comentado
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Vamos analisar a questão sobre o Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE), também conhecido como BERA (Brainstem Evoked Response Audiometry), um exame essencial na audiologia para avaliar a integridade das vias auditivas até o tronco encefálico.
O PEATE é utilizado para identificar perdas auditivas, especialmente em populações que não podem responder de maneira confiável em testes audiométricos convencionais, como recém-nascidos e crianças pequenas.
Alternativa correta: E - permite estimular o sistema auditivo por via aérea e via óssea, o que auxilia no diagnóstico de perdas condutivas e mistas.
O PEATE pode ser realizado utilizando estímulos de clique ou tone burst para avaliar a audição por via aérea e por via óssea. Isso é crucial na diferenciação entre diferentes tipos de perda auditiva, como a condutiva, onde há obstrução na transmissão do som, e a perda mista, que envolve componentes condutivos e sensoriais.
Análise das alternativas incorretas:
A - deve ser realizado apenas nos recém-nascidos que falharam na triagem com emissões otoacústicas.
Esta afirmação é limitada. Embora o PEATE seja frequentemente utilizado na triagem de recém-nascidos que falham nas emissões otoacústicas, ele também é indicado para outras populações e objetivos diagnósticos, como a avaliação de crianças mais velhas e adultos com suspeita de disfunção auditiva.
B - é uma série de eventos elétricos representados por três picos positivos (PI, PIII e PV).
O PEATE consiste em mais do que apenas três picos. Na verdade, os principais picos analisados são sete (I a VII), e cada um representa atividade em diferentes partes da via auditiva.
C - independe da sincronia e da velocidade de despolarização das fibras auditivas mielinizadas do tronco encefálico.
Esta afirmação está incorreta. A precisão do PEATE depende justamente da sincronia e da velocidade de despolarização das fibras auditivas, pois estas propriedades garantem a consistência e clareza das respostas elétricas registradas.
D - como estímulo, pode-se utilizar cliques, cuja relação com os limiares tonais se situa entre 500 e 4000Hz.
Embora os cliques sejam utilizados, a sua relação primária está mais próxima das frequências de 2000-4000 Hz, não abrangendo necessariamente 500 Hz, o que pode fazer com que essa escolha não represente adequadamente os limiares de baixa frequência.
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