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Q737395 Medicina
“Ao chegar ao pronto socorro, Matilde, desesperada, relata que seu filho, Rubens, de oito anos de idade, ‘desmaiou tremendo o corpo inteiro’, e que o episódio foi há 1 hora, e nunca tinha acontecido isso com ele antes. Relata que ele andava meio gripado e com febre (não aferida). Ao exame, paciente corado, hidratado, anictérico, acianótico, T.Ax 38,7 graus. ACV: RR2T, BNF, S/ Sopros. AR: MV+, ARA, eupneico. Abd: plano, RHA+, Indolor, S/ massas. Rinoscopia: secreção purulenta, hipertrofia de cornetos. Otoscopia: sem alterações. Oroscopia: hiperemia de pilar anterior.” Qual a melhor conduta neste caso?
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A alternativa A - Expectante é a correta para essa questão.

O caso clínico apresentado descreve uma situação comum em pediatria denominada convulsão febril. Convulsões febris são episódios que ocorrem em crianças entre 6 meses e 5 anos, geralmente associados a febre, mas sem infecção neurológica subjacente. Elas são, na maioria das vezes, benignas e autolimitadas.

Na situação descrita, Rubens tem 8 anos, apresentou um episódio de convulsão febril, e está com febre associada a sintomas gripais. O exame físico não revela complicações significativas, além de confirmar a presença de febre. O manejo adequado em casos como esse é, muitas vezes, expectante, focando em controlar a febre e monitorar a criança para episódios futuros.

Vamos analisar as outras alternativas:

B - Prescrever fenobarbital: O uso de fenobarbital não é indicado para convulsões febris, que são geralmente benignas e não requerem tratamento com anticonvulsivantes de longo prazo. Fenobarbital é mais utilizado em convulsões recorrentes ou epilepsia, o que não é o caso aqui.

C - Encaminhar para neurologista pediatra: Embora o encaminhamento a um especialista possa ser necessário em convulsões febris atípicas ou se houver episódios recorrentes, um único episódio em uma criança sem histórico prévio geralmente não requer avaliação neurológica imediata.

D - Prescrever benzodiazepínico e hidantal: Benzodiazepínicos podem ser utilizados em situações de convulsão ativa e prolongada, mas não são indicados após um episódio resolvido, especialmente em convulsões febris típicas. O uso de hidantal (fenitoína) também não é indicado, pois o foco inicial é controlar a febre e não tratar com anticonvulsivantes.

Em resumo, a melhor conduta para Rubens, considerando a natureza do episódio e a condição clínica apresentada, é adotar uma abordagem expectante, monitorar e tratar a febre.

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A melhor conduta neste caso seria a alternativa A, expectante. A criança apresenta sinais de uma possível infecção respiratória, como a secreção purulenta na rinoscopia e a febre, o que pode ter causado o episódio de tremores e desmaio. No entanto, os demais exames físicos estão dentro da normalidade, indicando que não há um quadro grave que necessite de intervenção imediata. Nesse caso, a melhor abordagem é observar a evolução do quadro, monitorando a febre e os demais sintomas, e, se necessário, prescrever um tratamento para a infecção respiratória. É importante avaliar novamente o paciente, caso os sintomas persistam ou se agravem. As alternativas B, C e D não são indicadas neste caso, pois não há evidências de que o paciente necessite de tratamento neurológico ou medicamentos específicos para convulsões.

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