Segundo Beck (2013), em geral, pensamentos carregados de af...

Vamos analisar a questão e entender qual é a alternativa correta. Esta questão se refere à teoria cognitiva de Aaron Beck, que é central na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC). Beck enfatiza a importância de identificar e trabalhar com pensamentos que estão carregados de emoção, pois são considerados mais significativos durante uma sessão terapêutica.

A alternativa correta é: D - Cognições quentes.

Justificativa da alternativa correta:

As cognições quentes são pensamentos que vêm acompanhados de uma carga emocional intensa. Segundo Beck, são esses pensamentos que o terapeuta deve focar porque eles revelam aspectos emocionais cruciais que precisam ser trabalhados durante a terapia. Quando o paciente expõe uma emoção forte, é o momento ideal para explorar essas cognições, entender sua origem e ajudar o paciente a reestruturá-las de maneira mais funcional.

Análise das alternativas incorretas:

A - Respostas automáticas: Embora as respostas automáticas sejam importantes na TCC, elas não são especificamente identificadas por uma carga emocional intensa. Elas são pensamentos que ocorrem instantaneamente e influenciam o comportamento, mas não necessariamente são os focos principais quando se busca uma emoção intensa.

B - Cognições arco-reflexas: Esta não é uma terminologia amplamente reconhecida no contexto da teoria de Beck ou da TCC. Pode ser uma tentativa de confundir o candidato.

C - Continuum cognitivo: O conceito de continuum cognitivo refere-se a uma gama de pensamentos que vão do consciente ao inconsciente. Não está relacionado diretamente à intensidade emocional ou ao foco das sessões terapêuticas segundo Beck.

E - Cognições disfuncionais: Estas são, de fato, importantes na TCC, pois representam pensamentos que podem ser prejudiciais ao paciente. No entanto, o termo correto que Beck utiliza para descrever pensamentos com forte carga emocional na sessão é "cognições quentes".

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As cognições do paciente representam uma síntese dos seus estímulos ... que representam a base das emoções adversas, as chamadas “cognições quentes”.

Conforme discutimos em capítulos anteriores, é vital estar alerta a pistas verbais e não verbais do cliente para que você possa identificar as cognições mais importantes (ou “quentes”) – ou seja, pensamentos automáticos e imagens relevantes que surgem na própria sessão de terapia. Essas cognições podem ser sobre o assunto em discussão (“Não é justo que eu tenha tanta coisa para fazer”), mas podem ser sobre o cliente (“Não consigo fazer nada direito”), o terapeuta (“Você não me entende”) ou o processo da terapia (“Não gosto de dar feedback”). E elas podem minar a motivação, o senso de adequação ou valor ou a concentração do cliente. Por fim, os pensamentos automáticos podem interferir na relação terapêutica. Identificar pensamentos automáticos na hora dá ao cliente a oportunidade de testar e responder aos seus pensamentos imediatamente, o que facilita o trabalho no restante da sessão (Beck, 2014, p:366).

referência:

BECK, J. Terapia cognitivo-comportamental: teoria e prática. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.