O músculo esquelético possui consideráveis capacidades regen...

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Q2090205 Fisioterapia
O músculo esquelético possui consideráveis capacidades regenerativas e o processo de sua regeneração após a lesão constitui uma cascata de eventos bem estudados. A capacidade de regeneração está primariamente baseada no tipo e na extensão da lesão. O processo essencial da regeneração muscular é semelhante, seja qual for a causa da lesão, embora o resultado e o tempo de regeneração variem de acordo com o tipo, a gravidade e a extensão da lesão. De forma mais ampla, existem três fases no processo de cicatrização de músculos lesionados: a fase destrutiva, a fase de reparo e a fase de remodelamento. Em relação a estas fases, analise as afirmativas a seguir.
I. Fase destrutiva: as fibras musculares e suas bainhas de tecido conjuntivo são totalmente rompidas, surgindo um espaço entre as extremidades das fibras musculares rompidas quando elas se retraem. Essa fase é caracterizada pela necrose do tecido muscular, degeneração e infiltração pelos leucócitos polimorfonucleares (PMN) durante a formação de hematomas e edemas no local da lesão.
II. Fase de reparo: a fase de reparo envolve geralmente as seguintes etapas: - formação de hematoma: o espaço entre as extremidades rompidas das fibras é preenchido inicialmente por hematoma. Durante o primeiro dia, este é invadido por células inflamatórias, incluindo fagócitos, que começam a desfazer o coágulo sanguíneo. - formação da matriz: o sangue derivado do encadeamento cruzado de fibronectina e fibrina forma a matriz primária, que age como suporte e local de ancoragem para a invasão de fibroblastos. A matriz dá a força inicial para o tecido da lesão suportar as forças aplicadas sobre ele. Os fibroblastos iniciam a síntese de proteínas da matriz extracelular. - formação de colágeno: a produção de colágeno do tipo 1 pelos fibroblastos aumenta a resistência à tensão do músculo lesionado. A proliferação excessiva de fibroblastos pode levar à formação de tecido cicatricial denso, criando uma barreira mecânica que restringe ou retarda consideravelmente a regeneração completa das fibras musculares.
III. Fase de remodelamento: nessa fase, o músculo regenerado amadurece e contrai-se com a reorganização do tecido cicatricial. Há, muitas vezes, restauração incompleta da capacidade funcional do músculo lesionado. A patologia dos danos musculoesqueléticos varia dependendo da causa inicial. Os danos musculares podem se desenvolver durante a imobilidade prolongada por hospitalização. Uma das consequências potenciais da lesão muscular ou da inatividade é a atrofia. A quantidade de atrofia muscular depende do uso antes do repouso e da função do músculo. Músculos antigravidade (como o quadríceps) tendem a ter atrofia maior do que os músculos antagonistas (como os isquiotibiais).
Está correto o que se afirma em
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