Ampliando suas investigações para além de suas capacidades, ...

Alternativa Correta: B - não limitam suas investigações ao que é possível conhecer.

Para entender por que essa é a resposta correta, é importante considerar a perspectiva de John Locke, um filósofo empirista que acreditava que o conhecimento humano é limitado pelas experiências sensíveis e pela capacidade de reflexão a partir dessas experiências. Em sua obra "Ensaio acerca do entendimento humano", Locke afirma que os seres humanos devem focar suas investigações nos domínios do conhecimento possíveis e acessíveis, evitando especulações sem fundamento que levam ao ceticismo.

Vamos analisar cada alternativa para compreender por que apenas a alternativa B é correta:

A - são capazes de obter apenas um conhecimento provável acerca das coisas.

Essa alternativa aborda o conceito de probabilidade no conhecimento, algo que Locke reconhece, mas não é o ponto central para a origem do ceticismo abordado na questão. Locke admite que muitos conhecimentos são prováveis, mas o ceticismo extremo ocorre quando se busca além do que é razoável ou verificável.

B - não limitam suas investigações ao que é possível conhecer.

Essa é a alternativa correta. Locke sugere que a incapacidade de limitar investigações aos campos do possível e do empírico leva ao ceticismo. Quando os homens especulam sobre o que está além de seu entendimento e do alcance de suas capacidades sensoriais e racionais, eles se perdem em disputas e dúvidas insolúveis.

C - dependem da experiência sensível para conhecer, sendo essa experiência enganosa.

Embora Locke reconheça que a experiência sensível pode ser imperfeita, ele não a considera a principal causa do ceticismo. Pelo contrário, ele valoriza a experiência como a base do conhecimento, desde que usada dentro de seus limites.

D - não são capazes de encontrar um apoio seguro para os seus pensamentos.

Essa afirmação tangencia a questão do apoio seguro, mas a principal razão para o ceticismo, segundo Locke, é a tendência de investigar além do que se pode conhecer, não apenas a falta de apoio seguro.

E - encontram prazer na mera disputa.

Locke não sugere que o prazer na disputa seja a causa do ceticismo. Ele critica a multiplicação de disputas, mas porque elas emergem da busca por respostas em questões insolúveis, não pela busca de prazer em si.

Compreender essa questão exige um entendimento da filosofia empirista de Locke e a importância de perceber os limites do conhecimento humano como ele os define. Ao focar em estudos que respeitam esses limites, podemos evitar o ceticismo extremo e construir um conhecimento mais sólido e útil.

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