A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto p...

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Q1814776 Português
   A sociedade que não proporciona liberdade — direito do homem que reconhece a ele o poder de escolha nos diversos campos da vida social — aos seus membros, a rigor, não se justifica. A liberdade, ainda que não absoluta, é meta e essência da sociedade.
   São extremos: de um lado, a utópica sociedade perfeita, ou seja, essencialmente democrática, liberal e sem injustiças econômicas, educacionais, de saúde, culturais etc. Nela, a liberdade é absoluta. Do outro lado, a sociedade imperfeita, desigual, não democrática, injusta, repleta dos mais graves vícios econômicos, de educação, de saúde, culturais etc. Nesta, a liberdade é inexistente.
   Entre os extremos está a sociedade real, a de fato, a verdadeira ou efetiva, aquela na qual os problemas econômicos, educacionais, de saúde, culturais etc. existem em infinitos níveis intermediários.
   As três sociedades — perfeita, imperfeita e real — “existem”, cada qual com a sua estabilidade interna de convivência, de forma que os seus membros experimentam relações entre si com a liberdade possível. Quanto mais imperfeita é a sociedade, menos liberdade os indivíduos possuem e maior é a tendência de convivência impossível. Na outra ponta, quanto mais a sociedade está próxima da perfeição, mais próximos da liberdade absoluta estão os indivíduos. Há a convivência ótima.
   A sociedade real, por seu turno, pode ter maior ou menor segurança pública. Numa sociedade real, a maior segurança pública possível é aquela compatível com o equilíbrio dinâmico social, ou seja, adequada à convivência social estável. Não mais e não menos que isso. Logo, para se ter segurança pública, há que se buscar constantemente alcançar e preservar o equilíbrio na sociedade real pela permanente perseguição à ordem pública.

  D’Aquino Filocre. Revisita à ordem pública. In: Revista de Informação Legislativa, Brasília, out.–
dez./2009. Internet: <senado.leg.br> (com adaptações).

A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item.


No trecho “a rigor, não se justifica” (primeiro período do primeiro parágrafo), o vocábulo “se” poderia ser empregado depois da forma verbal, reescrevendo-se corretamente o trecho da seguinte forma: a rigor, não justificasse.

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Errado

 “a rigor, não se justifica”

"não" - palavra negativa, é um fator atrativo. Logo, o pronome "se" não poderia ser escrito após a forma verbal 

Gabarito: Errado

'' a rigor, não se justifica. ''

''Não'' é uma palavra atrativa ao pronome oblíquo átono ''se'', portanto, próclise obrigatória!

Quais são os fatores de atração?

Palavras negativas, advérbios, pronomes interrogativos, relativos ou indefinidos, conjunção subordinativa, exclamativas ou optativas(exprimem desejo), Em + gerúndio.

Próclise obrigatória por fator atrativo do advébio de negação.(Não)

FATOR DE ATRAÇÃO (Advébio de negação) -> Próclise OBRIGATÓRIA!!!

Além da questão do fator atrativo do NÃO. A assertiva colocou "justificasse" tudo junto, remetendo ao passado, e não JUSTIFICA-SE.

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