Um equino adulto de 400kg sofreu uma queda de costas, batend...

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Ano: 2023 Banca: PM-MG Órgão: PM-MG Prova: PM-MG - 2023 - PM-MG - Veterinária |
Q2172715 Veterinária
Um equino adulto de 400kg sofreu uma queda de costas, batendo fortemente sua cabeça contra o solo. Imediatamente inicia-se uma epistaxe profusa. Ao examinar o paciente, 60 minutos após o acidente, o médico veterinário obteve os seguintes parâmetros: tremor muscular, letargia, turgor cutâneo normal, mucosas hipocoradas, tempo de preenchimento capilar de três segundos, frequência cardíaca de 72 batimentos por minuto, frequência respiratória de 40 movimentos por minuto e 28% de hematócrito. Após duas horas do acidente, a epistaxe profusa reduziu para um intenso gotejamento e, após quatro horas do acidente, um novo exame clínico demonstrou os seguintes parâmetros: frequência cardíaca de 76 batimentos por minuto, frequência respiratória de 42 movimentos por minuto e hematócrito de 19%. Diante do exposto, marque a alternativa CORRETA:
Alternativas

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A alternativa correta é a D.

Vamos entender por que essa é a escolha certa e explorar os conceitos envolvidos na questão.

Quando um equino sofre um trauma significativo, como no caso descrito, o impacto pode causar uma série de respostas fisiológicas. O hematócrito, que é a porcentagem do volume de sangue ocupado pelas células vermelhas, é um indicador importante no manejo de tais casos. Aqui, a análise do hematócrito antes e após o acidente fornece informações cruciais sobre o estado circulatório do animal.

Alternativa D: Esta é a resposta correta. A demora na redução do hematócrito após o trauma pode ser explicada por dois principais fatores fisiológicos:

  • Contração esplênica: Inicialmente, o baço libera células sanguíneas adicionais na circulação para compensar a perda aguda de sangue, mantendo o hematócrito aparentemente estável.
  • Redistribuição de fluidos: Gradualmente, o fluido intersticial começa a mover-se para o espaço intravascular, mas este processo leva tempo. A redução do hematócrito ao longo de horas indica que o corpo está tentando compensar a perda sanguínea inicial.

Ambos os fatores indicam a necessidade de uma transfusão sanguínea para estabilizar o paciente, já que os mecanismos de compensação estão se esgotando.

Alternativa A: Embora esta alternativa mencione a redistribuição de fluidos, ela sugere aguardar até que o hematócrito atinja 12% para transfusão, o que pode ser arriscado, dado que 19% já é um nível crítico.

Alternativa B: Esta alternativa atribui as alterações dos parâmetros à dor e sugere apenas terapia analgésica, sem considerar a severidade da anemia observada (19% de hematócrito), o que não é adequado para o manejo crítico do paciente.

Alternativa C: Supõe aspiração de sangue como uma explicação principal para as alterações dos parâmetros. No entanto, a questão não fornece evidências para isso, e a transfusão não depende da possibilidade de aspiração, mas sim da necessidade de estabilizar o volume sanguíneo.

Esses conceitos são fundamentais para compreender o manejo de traumas em equinos e a importância dos parâmetros sanguíneos na decisão clínica. O conhecimento sobre a fisiologia da resposta ao trauma e as indicações para transfusão são elementos essenciais no cuidado veterinário.

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