A diferenciação da Mycobacterium tuberculosis de outras bac...

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Q1883464 Farmácia
A diferenciação da Mycobacterium tuberculosis de outras bactérias não álcool-ácido resistentes, pelo método de Ziehl-Neelsen, se faz pela detecção de uma coloração 
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A questão trata de assunto concernente à microbiologia, mais especificamente sobre os métodos de coloração.


Mycobacterium tuberculosis, também chamado de bacilo de Koch, é uma bactéria que causa a tuberculose e contém lipídios complexos que são úteis na sua identificação. A parede celular desse gênero de bactérias acidorresistentes é constituída por lipídios complexos (glicolipídeos, ceras), os quais possibilitam coloração característica que a distinguem de outras bactérias não álcool-ácidorresistentes. [1]


O exame de pesquisa de bacilo álcool-ácido Resistente (BAAR), realizada para identificar presença de Mycobacterium tuberculosis no escarro, é útil no diagnóstico e controle do tratamento da tuberculose pulmonar. A coloração acidorresistente, também chamada de técnica ou método de Zieh-Neelsen, é notável por tingir as bactérias desse gênero com a cor vermelha, o que confere BAAR positivo. Nas palavras de TORTORA, FUNKE & CASE:


“Outra coloração diferencial importante (que diferencia bactérias em grupos distintos) é a coloração acidorresistente, que se liga fortemente apenas às bactérias que apresentam um material ceroso em suas paredes celulares. Os microbiologistas utilizam essa coloração para a identificação de todas as bactérias do gênero Mycobacterium, incluindo os dois patógenos importantes Mycobacterium tuberculosis, o agente causador da tuberculose, e Mycobacterium leprae, o agente causador da hanseníase. Essa coloração também é utilizada na identificação de linhagens patogênicas do gênero Nocardia. As bactérias dos gêneros Mycobacterium e Nocardia são acidorresistentes. No procedimento de coloração acidorresistente, o corante vermelho carbolfucsina é aplicado a um esfregaço fixado, e a lâmina é aquecida levemente por vários minutos. (O calor aumenta a penetração e a retenção do corante.) A seguir, a lâmina é resfriada e lavada com água. O esfregaço é tratado com álcool-ácido, um descolorante, que remove o corante vermelho das bactérias que não são acidorresistentes. Os microrganismos acidorresistentes retêm a cor vermelha ou rosa, pois a carbolfucsina é mais solúvel nos lipídeos da parede celular do que no álcool-ácido. Em bactérias que não são acidorresistentes, cujas paredes celulares não possuem os componentes lipídicos, a carbolfucsina é rapidamente removida durante a descoloração, deixando as células incolores. O esfregaço é, então, corado com o contracorante azul de metileno. As células que não são acidorresistentes aparecem azuis após a aplicação do contracorante." [1]

Portanto, o gabarito é a letra D.
REFERÊNCIA

[1] TORTORA, GJ; FUNKE, BR; CASE, CL. Microbiologia. Artmed, 12ª edição, 2017.

GABARITO DO PROFESSOR: D.

GABARITO DA BANCA: D.

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Comentários

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a M. tuberculosis se cora em vermelho e demais estruturas do escarro ou do raspado em roxo.

Coloração de Ziehl-Neelsen:

  • a fucsina irá corar os elementos celulares de vermelho.
  • descoloração com o descorante, somente os bacilos álcool-ácidosresistente continuarão preservando a cor avermelhada
  • Os demais elementos celulares na amostra serão descorados, para  visualizá-los deve-se utilizar o corante azul de metileno  que os deixará corados em azul.   

Obs: os BAAR apresentam alto teor de lipídeos na parede celular, que dificulta ação de corantes aquosos e a descoloração. Logo eles permanecem VERMELHOS 

   

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