Na frase – A senhora disse obrigada ao motorista que lhe ce...
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Ano: 2013
Banca:
VUNESP
Órgão:
PM-SP
Prova:
VUNESP - 2013 - PM-SP - Tecnólogo de Administração Policial-Militar |
Q2212796
Português
Texto associado
Leia o texto para responder à questão.
A língua frouxa
O poeta Ezra Pound dizia que era preciso manter a língua
eficiente. Palavras corrompidas, usadas fora de contexto, e a
substituição arbitrária e compulsória de umas por outras tornam
a língua pobre, imprecisa, ineficiente. Com isso, produzem pensamentos frouxos, e a vida vai para o beleléu.
Ao agradecer, por exemplo, quase ninguém mais diz “Obrigado”. O gato comeu o primeiro “o”. Milhões agora gorgolejam
um excruciante “Brigado”. Não que isso seja novidade – apenas tornou-se uma regra não escrita. Naturalmente, o mesmo
empobrecimento que produz o “brigado” impede que, se for uma
mulher, ela diga “Obrigada”.
Da mesma forma, quando alguém hoje nos lisonjeia com um
“Obrigado” (ou seu correspondente “Obrigada”), abandonamos
a resposta clássica, sóbria e elegante, “De nada” ou “Por nada”.
Em vez disso, cacarejamos “Imagina!” – como se ficássemos
sinceramente ofendidos por alguém estar nos agradecendo. Há
casos em que, não contente, a pessoa solta: “Magina!”. Proponho
o seguinte: se alguém nos diz “Brigado!”, fica liberado o uso de
“Magina!” – uma elocução merece a outra.
E o que dizer do “Com certeza!”? Há anos, mandou para
o limbo uma variedade de opções, como “Claro!”, “Sem dúvida!”, “Evidente!” ou “Certo!”, além do melhor e tão mais simples “Sim!”. Jogadores de futebol, nas torturantes entrevistas que
concedem ao fim da partida, são os grandes abonadores do “Com
certeza!”. Quase sempre, sem saber o que significa.
O locutor pergunta: “Fulaninho, vocês perderam por 10 a 0.
Como será o próximo jogo?”. O craque responde: “Com certeza.
Agora é levantar a cabeça e trabalhar duro para vencer o próximo
jogo e conquistar nossos objetivos”. O locutor só pode agradecer: “Brigado!”.
E o craque, retrucar: “Magina!”.
(Ruy Castro, Folha de S.Paulo, 01.11.2008. Adaptado)
Na frase – A senhora disse obrigada ao motorista que lhe
cedeu a passagem. –, percebe-se a correta concordância entre os termos em destaque, pois ambos estão flexionados no
feminino.
Baseando-se no exemplo, também está correta a concordância nominal em:
Baseando-se no exemplo, também está correta a concordância nominal em: