Ana, 20 anos, tem diabete melito insulino do tipo 1 há doze...
Ana, 20 anos, tem diabete melito insulino do tipo 1 há doze anos. Procura atendimento no Serviço de Pronto Atendimento com quadro de início súbito de poliúria, polidipsia, polifagia, mal estar, vômitos e desidratação. Ao exame apresenta hálito cetônico. Exames laboratoriais: Glicemia – 450 mg/dl; Bicarbonato sérico – 15 mEq/L; pH arterial – 7,25.
A conduta terapêutica indicada é prescrição de:
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Para resolver essa questão, precisamos compreender que o tema central é a complicação aguda do diabetes tipo 1 chamada de cetoacidose diabética. Essa condição clínica é caracterizada por um estado de deficiência grave de insulina, levando à produção excessiva de corpos cetônicos e à acidose metabólica.
Alternativa correta: C - insulina regular dose de ataque + insulina regular dose de manutenção + hidratação venosa + correção dos distúrbios hidroeletrolíticos.
Vamos entender o porquê:
Justificativa para a alternativa C:
- Insulina regular dose de ataque: A administração de insulina regular é essencial para reduzir a glicemia e interromper a produção de corpos cetônicos. A dose de ataque visa corrigir rapidamente o quadro de hiperglicemia.
- Insulina regular dose de manutenção: Esta dose mantém os níveis de glicose sob controle e continua suprimindo a cetogênese.
- Hidratação venosa: A desidratação é comum e grave na cetoacidose diabética, por isso a reposição volêmica é vital para estabilizar o paciente.
- Correção dos distúrbios hidroeletrolíticos: A cetoacidose leva à perda de eletrólitos, que deve ser corrigida para evitar complicações adicionais.
Análise das alternativas incorretas:
Alternativa A: hipoglicemiante oral + hidratação oral
Os hipoglicemiantes orais não são indicados na cetoacidose diabética, pois a condição requer insulina e tratamento intravenoso imediato. Além disso, a hidratação oral não é suficiente em casos de desidratação grave.
Alternativa B: insulina NPH subcutânea + hidratação venosa + reposição de bicarbonato
A insulina NPH tem início de ação mais lento e não é a escolha adequada. A reposição de bicarbonato é controversa e geralmente não indicada, exceto em casos de acidose severa e refratária.
Alternativa D: insulina regular dose de ataque + hidratação venosa + antibioticoterapia + reposição de bicarbonato
A antibioticoterapia não é indicada a menos que haja uma infecção subjacente confirmada. Assim como em B, a reposição de bicarbonato só é considerada em situações muito específicas, não sendo parte do manejo padrão.
Conclusão:
A alternativa C apresenta o manejo mais adequado para a cetoacidose diabética, focando na rápida correção da hiperglicemia e dos desequilíbrios eletrolíticos.
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