A grande contribuição da Teoria Cromossômica da Herança para...
Há 100 anos (1913), o geneticista Calvin Blackman Bridges (1889-1938), um dos primeiros e mais ativos membros da equipe de Thomas Morgan, publicou seus achados acerca da não disjunção dos cromossomos sexuais, durante a meiose, na mosca das frutas – Drosophila. Nesse artigo e em outros, publicados posteriormente, Bridges afirma que a não disjunção provava de modo direto a teoria cromossômica da hereditariedade e discute implicações desse fenômeno. Esses estudos foram de importância capital para a integração entre a nascente ciência da genética e a citologia [...] Tendo escolhido a herança como principal objeto de estudo, Morgan inovou ao trabalhar com moscas do gênero Drosophila – em especial a espécie D. melanogaster – como modelo experimental. Em 1910, Morgan havia publicado um importante artigo, afirmando que a herança dos olhos brancos era dependente do sexo e possivelmente ligada ao cromossomo X. Bridges criou grande parte das técnicas de pesquisa com drosophila e juntamente com os colegas da “sala das moscas”, distribuiu linhagens e tecnologia a todos os interessados na pesquisa com essa mosquinha [...] Essa prática de intercâmbio sistemático de materiais, serviços e informações influenciou decisivamente o modo de produção de conhecimento em genética no século 20. João Carlos, M. Magalhães adaptado.
Ciência Hoje, vol.51, no. 301, p. 74-75