No exame de um paciente com demência que apresente a pupila ...

Vamos analisar a questão proposta, que examina um aspecto importante da neurologia relacionada à Psiquiatria: a associação entre sintomas clínicos e condições subjacentes. O exame de um paciente com demência que apresenta pupilas de Argyll-Robertson requer investigação específica.

A alternativa correta é: A - neurossífilis.

A relação entre a pupila de Argyll-Robertson e a neurossífilis é clássica na medicina. A pupila de Argyll-Robertson é caracterizada pela capacidade de contrair na acomodação (quando o foco muda de longe para perto), mas não reage à luz. Este é um sinal clínico altamente sugestivo de neurossífilis, uma forma de sífilis terciária que afeta o sistema nervoso central. Portanto, ao observar essa característica em um paciente com demência, é crucial investigar a presença de neurossífilis.

Agora, vamos entender por que as outras alternativas estão incorretas:

B - doença de Creutzfeld-Jakob: Esta é uma doença neurodegenerativa rara e fatal, causada por príons. Não está associada especificamente à pupila de Argyll-Robertson.

C - doença de Lyme: Esta doença é causada pela bactéria Borrelia burgdorferi, transmitida por carrapatos. Pode afetar o sistema nervoso, mas a pupila de Argyll-Robertson não é uma característica típica dessa condição.

D - encefalite rábica: Esta é uma infecção viral do sistema nervoso central causada pelo vírus da raiva. Seus sintomas são bem diferentes e não incluem a pupila de Argyll-Robertson.

E - encefalite por herpes simplex: Trata-se de uma infecção cerebral grave causada pelo vírus do herpes. Embora cause sintomas neurológicos, a pupila de Argyll-Robertson não está associada a essa condição.

Para resolver questões como esta, é essencial memorizar associações clássicas entre sinais clínicos e as patologias subjacentes. Revisar casos clínicos e características únicas de cada condição pode ser uma estratégia eficaz de estudo.

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