Em O mal estar na civilização, Freud afirma que “a inclinaçã...

Tema Central da Questão:

O tema central desta questão é a teoria psicanalítica de Sigmund Freud a respeito da inclinação para a agressão no ser humano, que ele associa ao conceito de instinto de morte. Para compreender essa questão, é necessário conhecer os conceitos de Eros (instinto de vida) e Tanatos (instinto de morte), bem como a perspectiva freudiana de que a civilização é um processo de controle desses impulsos.

Alternativa Correta: D

D - Esse instinto agressivo é o derivado e principal representante daquilo que Freud designou como instinto de morte.

Freud introduziu o conceito de instinto de morte como um dos componentes fundamentais da psique humana. Ele descreveu a agressão como uma manifestação desse instinto, que se opõe ao instinto de vida (Eros). Assim, a alternativa D está correta ao afirmar que o instinto agressivo é um representante do instinto de morte.

Análise das Alternativas Incorretas:

A - A comunidade psicanalítica contemporânea a Freud aceitou a introdução do conceito de instinto de morte amplamente, saudando-o como uma grande contribuição aos desenvolvimentos teóricos da Psicanálise.

Esta afirmação é incorreta, pois o conceito de instinto de morte não foi amplamente aceito pela comunidade psicanalítica contemporânea a Freud. Na verdade, o conceito foi bastante controverso e gerou debates intensos dentro da Psicanálise.

B - O conceito de instinto de morte, caracterizado como um instinto agressivo, especial e independente, significou uma alteração radical da teoria psicanalítica dos instintos.

Embora o conceito de instinto de morte tenha sido uma adição significativa à teoria psicanalítica, não foi considerado uma alteração radical. Freud continuou a desenvolver sua teoria dos instintos, integrando o instinto de morte com seus conceitos anteriores.

C - A evolução da civilização é uma luta entre Eros e o instinto de morte, entre o instinto de vida e o instinto de destruição, sendo a quota de Eros sempre maior, o que se verifica pelo desenvolvimento constante da civilização.

Embora a civilização envolva uma luta entre Eros e o instinto de morte, afirmar que a quota de Eros é sempre maior simplifica demais a complexidade da teoria freudiana. Freud não afirma que o instinto de vida prevalece sempre, mas sim que a civilização tenta constantemente controlar o instinto de morte.

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Freud considerava o instinto de morte como uma força contrária ao instinto de vida (Eros), que busca a conservação e a união dos seres. O instinto de morte seria uma tendência à destruição, à dissolução e ao retorno ao estado inanimado. Freud associou o instinto de morte à agressividade, que se manifesta tanto contra o próprio indivíduo quanto contra os outros