Segundo BRUNNER (2009) a pancreatite aguda é um distúrbio g...
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Alternativa Correta: E - A aspiração nasogástrica pode ser utilizada para aliviar as náuseas e os vômitos.
A pancreatite aguda é uma condição inflamatória do pâncreas que pode ser extremamente grave e levar a complicações significativas. O manejo desse distúrbio geralmente envolve cuidados de suporte intensivo, incluindo jejum total para repouso pancreático e alívio de sintomas como dor e náuseas.
A aspiração nasogástrica é uma técnica utilizada para remover o conteúdo gástrico, aliviando assim sintomas como náuseas e vômitos, que são comuns na pancreatite aguda. Este procedimento também ajuda a prevenir complicações como a distensão abdominal e a aspiração pulmonar.
Agora, vamos analisar as outras alternativas:
A - A ingesta oral de sólidos é suspensa, podendo manter-se a ingesta de líquidos leves em alguns casos: Essa afirmação está incorreta. Na pancreatite aguda, geralmente é recomendada a suspensão de qualquer ingesta oral, incluindo líquidos, para dar descanso ao pâncreas e evitar a estimulação de secreções pancreáticas.
B - Evita-se o uso de morfina para o alívio da dor sempre que possível: Esta alternativa está incorreta. Embora a morfina possa causar espasmo do esfíncter de Oddi, ela ainda é frequentemente usada para o controle da dor na pancreatite aguda, considerando seu potente efeito analgésico. Alternativas como a meperidina são preferidas, mas não se evita totalmente o uso de morfina.
C - Essa pancreatite geralmente leva à pancreatite crônica: Esta afirmação também não está correta. Embora episódios repetidos de pancreatite aguda possam levar a uma forma crônica, nem todos os casos de pancreatite aguda evoluem para pancreatite crônica.
D - A icterícia é o principal sintoma que faz com que o paciente procure os cuidados médicos: Está incorreta. Embora a icterícia possa ocorrer, especialmente se houver obstrução biliar, dor abdominal severa e náusea são geralmente os sintomas que levam os pacientes a buscar atendimento médico.
Espero que esta análise tenha ajudado a esclarecer a questão e os conceitos importantes sobre a pancreatite aguda. Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!
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pancreatite aguda é um distúrbio grave que, pode ser considerado uma emergência médica associada a um alto risco de complicações, envolvendo risco de vida
(manter-se a ingesta de líquidos leves em alguns casos.)
LÍQUIDOS? >>> ÁGUA? SUCO?
NORMALMENTE, PACIENTE NESSE ESTADO NÃO TEM INGESTA NEM DE SÓLIDO E NEM DE LÍQUIDO; SE ALIMENTA APENAS POR SONDA OU PARENTERAL
A pancreatite aguda leve caracteriza-se por edema e inflamação restritos ao pâncreas. Verifica-se a presença de disfunção orgânica mínima, e o retorno à função normal é habitualmente observado dentro de 6 meses. Embora esta seja considerada a forma mais leve de pancreatite, o paciente está agudamente doente e corre risco de choque hipovolêmico, distúrbios hidreletrolíticos e sepse. A pancreatite aguda grave caracteriza-se por uma digestão enzimática mais disseminada e completa da glândula. As enzimas lesionam os vasos sanguíneos locais, podendo ocorrer sangramento e trombose. O tecido pode tornar-se necrótico, com extensão da lesão para dentro dos tecidos retroperitoneais.
As complicações locais consistem em cistos ou abscessos pancreáticos e coleções agudas de líquido no pâncreas ou próximo a ele. Os pacientes que desenvolvem complicações sistêmicas com insuficiência de órgãos, como insuficiência pulmonar com hipoxia, choque, insuficiência renal e sangramento GI, também se caracterizam como portadores de pancreatite aguda grave.
A administração adequada de analgesia é essencial durante a evolução da pancreatite aguda para proporcionar alívio suficiente da dor e para minimizar a inquietação, que pode estimular ainda mais a secreção pancreática. O alívio da dor pode exigir o uso de opioides por via parenteral, como morfina, fentanila ou hidromorfona
A enfermeira mantém o paciente na posição de semi-Fowler para diminuir a pressão sobre o diafragma, em consequência do abdome distendido, e para aumentar a expansão respiratória. São necessárias mudanças frequentes de posição para evitar a atelectasia e o acúmulo das secreções respiratórias.
Não é permitido que o paciente tenha uma ingestão oral de alimentos ou líquidos. Todavia, é importante avaliar o estado nutricional e observar os fatores que alteram as necessidades nutricionais do paciente (p. ex., elevação da temperatura, cirurgia, drenagem). Os resultados dos exames laboratoriais e a pesagem diária são úteis para monitorar o estado nutricional. A nutrição enteral ou parenteral pode ser prescrita. Além da administração de nutrição enteral ou parenteral, a enfermeira monitora os níveis séricos de glicose a cada 4 a 6 h. À medida que os sintoma agudos diminuem, a alimentação oral é gradualmente reintroduzida.
O paciente corre risco de ruptura da pele, devido ao estado nutricional deficiente, repouso forçado no leito e inquietação, que podem resultar em úlceras por pressão e rupturas na integridade da pele.
Fonte: Brunner
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