Paciente masculino, 26 anos, solteiro, açougueiro, acompanh...
Paciente masculino, 26 anos, solteiro, açougueiro, acompanhado em ambulatório de Infectologia com diagnóstico de AIDS desde 1992, já tendo apresentado toxoplasmose de SNC, pneumonia por P. jirovecii e diarreia crônica como manifestações associadas, apresenta lesões violáceas na região do antebraço direito acompanhadas de dor, diminuição de sensibilidade e espessamento do nervo cubital. O anatomopatológico das lesões foi compatível com hanseníase dimorfa, com Zihel-Neelsen demonstrando BAAR (poucas globias) e MITSUDA negativo. Na ocasião do diagnóstico, o CD4 do paciente era de 150 cel/mm3. Paciente portador de Anti-HCV reativo. Em uso de anticonvulsivantes em virtude de crises convulsivas subentrantes como sequela da toxoplasmose.
Entre as drogas habitualmente utilizadas nos tratamento das comorbidades desse paciente, haverá prováveis interações medicamentosas, que impedem seu uso concomitante, entre
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O tema central da questão é a interação medicamentosa em pacientes com AIDS e outras comorbidades, como hanseníase e infecção pelo HCV. Para resolvê-la, é necessário entender como diferentes medicamentos podem interferir no tratamento uns dos outros, especialmente quando um paciente está em tratamento para múltiplas condições.
Alternativa Correta: A - Difenilhidantoína e inibidores da protease.
A difenilhidantoína (também conhecida como fenitoína) é um anticonvulsivante que pode induzir enzimas do citocromo P450, o que aumenta a metabolização de vários medicamentos, incluindo os inibidores da protease usados no tratamento do HIV. Essa interação pode levar a uma redução na eficácia dos inibidores da protease, comprometendo o controle da infecção pelo HIV.
Agora, vejamos por que as outras alternativas estão incorretas:
Alternativa B - Ribavirina e inibidores da transcriptase reversa não análogos de nucleosídeos: A ribavirina, usada no tratamento da hepatite C, não apresenta interações significativas com os inibidores da transcriptase reversa não análogos de nucleosídeos. Portanto, essa combinação não impede o uso concomitante.
Alternativa C - Interferon peguilado e poliquimioterapia: O interferon peguilado, utilizado também para a hepatite C, não possui interações impeditivas com a poliquimioterapia usada no tratamento da hanseníase.
Alternativa D - Poliquimioterapia e inibidores da transcriptase reversa análogos de nucleosídeos: Esses grupos de medicamentos podem ser usados juntos sem interações adversas significativas, permitindo que ambos os tratamentos sejam realizados de forma eficaz.
Em resumo, o conhecimento sobre interações medicamentosas é crucial para garantir a eficácia do tratamento em pacientes com múltiplas comorbidades. Ao entender as possíveis interações entre difenilhidantoína e inibidores da protease, fica claro que a Alternativa A é a correta.
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