Uma reflexão cristológica elaborada a partir dos títulos apl...
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Ano: 2023
Banca:
Aeronáutica
Órgão:
CIAAR
Prova:
Aeronáutica - 2023 - CIAAR - Capelão - Sacerdote Católico Apostólico Romano |
Q2196865
Pedagogia
Uma reflexão cristológica elaborada a partir dos títulos aplicados a Jesus no Novo Testamento tem sua importância
e o seu significado. A respeito desses títulos, informe verdadeiro (V) ou falso (F) para as assertivas abaixo e, em
seguida, marque a opção que apresenta a sequência correta.
( ) Para o evangelista Marcos, a Cruz de Cristo é o locus theologicus privilegiado para o reconhecimento de Jesus como o “Cristo”, o “Filho de Deus”. Porém, considerando que os destinatários do evangelho de Marcos são cristãos provenientes do paganismo, um mundo cultural acostumado com homens gloriosos e divinizados, a plena compreensão de Jesus, como Messias e Filho de Deus, só se dará no fim, com sua Paixão, Morte e Ressurreição, como bem ressaltou o centurião que, vendo o modo como Jesus morria, disse: “Verdadeiramente, este homem era Filho de Deus” (Mc 15,39b).
( ) Quanto ao título “Filho de Deus e Messias”, Jesus nunca disse, de própria iniciativa, “eu sou o Filho de Deus” ou “eu sou o Messias”. E, no evangelho segundo Marcos, quando Jesus pergunta a respeito de sua identidade e Pedro responde: “Tu és o Cristo” (Mc 8, 29), Ele adverte aos discípulos para não falarem a ninguém a este respeito e faz o primeiro anúncio da Sua Paixão. A reserva de Jesus a esse título deve-se ao fato desse estar eivado de uma forte conotação política e triunfante. No seu tradicional significado, esse título não era adequado para exprimir a verdadeira identidade de Jesus.
( ) “Filho do Homem” é outro título que goza de amplo significado metafórico no Antigo Testamento, ora indicando simplesmente uma maneira redundante de falar de si mesmo: todo homem é um “filho do homem”, ora indicando um “personagem celeste” (Dn 7,13). No entanto, ao usar esse título, Jesus o aplicou a si mesmo ou a outrem? Grande parte dos exegetas afirma que o fato de, na tradição sinótica, este título se encontrar exclusivamente nos ditos nos quais Jesus fala de si mesmo, é um indicativo de que o Jesus da história utilizou este título em primeira pessoa, referindo-se ora à sua condição humana, ora à sua condição de personagem celeste na linha de Daniel 7.
( ) No que diz respeito à importância dada aos títulos cristológicos atribuídos a Jesus, faz-se necessário distinguir os diferentes níveis de significados que alguns títulos assumem no Antigo Testamento. Por exemplo, o título “Filho de Deus” tem um amplo significado metafórico no Antigo Testamento, indicando: “o povo eleito por Deus”, “o Rei Davi” como representante de Deus diante do povo, as “pessoas justas e piedosas diante de Deus”. Contudo, quando este título “Filho de Deus” vem aplicado a Jesus no Novo Testamento é preciso estar atento para saber se tem mero significado metafórico vetero-testamentário, ou se tal título se eleva a um significado ontológico, indicando a própria filiação divina eterna de Jesus.
( ) Para o evangelista Marcos, a Cruz de Cristo é o locus theologicus privilegiado para o reconhecimento de Jesus como o “Cristo”, o “Filho de Deus”. Porém, considerando que os destinatários do evangelho de Marcos são cristãos provenientes do paganismo, um mundo cultural acostumado com homens gloriosos e divinizados, a plena compreensão de Jesus, como Messias e Filho de Deus, só se dará no fim, com sua Paixão, Morte e Ressurreição, como bem ressaltou o centurião que, vendo o modo como Jesus morria, disse: “Verdadeiramente, este homem era Filho de Deus” (Mc 15,39b).
( ) Quanto ao título “Filho de Deus e Messias”, Jesus nunca disse, de própria iniciativa, “eu sou o Filho de Deus” ou “eu sou o Messias”. E, no evangelho segundo Marcos, quando Jesus pergunta a respeito de sua identidade e Pedro responde: “Tu és o Cristo” (Mc 8, 29), Ele adverte aos discípulos para não falarem a ninguém a este respeito e faz o primeiro anúncio da Sua Paixão. A reserva de Jesus a esse título deve-se ao fato desse estar eivado de uma forte conotação política e triunfante. No seu tradicional significado, esse título não era adequado para exprimir a verdadeira identidade de Jesus.
( ) “Filho do Homem” é outro título que goza de amplo significado metafórico no Antigo Testamento, ora indicando simplesmente uma maneira redundante de falar de si mesmo: todo homem é um “filho do homem”, ora indicando um “personagem celeste” (Dn 7,13). No entanto, ao usar esse título, Jesus o aplicou a si mesmo ou a outrem? Grande parte dos exegetas afirma que o fato de, na tradição sinótica, este título se encontrar exclusivamente nos ditos nos quais Jesus fala de si mesmo, é um indicativo de que o Jesus da história utilizou este título em primeira pessoa, referindo-se ora à sua condição humana, ora à sua condição de personagem celeste na linha de Daniel 7.
( ) No que diz respeito à importância dada aos títulos cristológicos atribuídos a Jesus, faz-se necessário distinguir os diferentes níveis de significados que alguns títulos assumem no Antigo Testamento. Por exemplo, o título “Filho de Deus” tem um amplo significado metafórico no Antigo Testamento, indicando: “o povo eleito por Deus”, “o Rei Davi” como representante de Deus diante do povo, as “pessoas justas e piedosas diante de Deus”. Contudo, quando este título “Filho de Deus” vem aplicado a Jesus no Novo Testamento é preciso estar atento para saber se tem mero significado metafórico vetero-testamentário, ou se tal título se eleva a um significado ontológico, indicando a própria filiação divina eterna de Jesus.