Leia o fragmento: “[...] a relação entre o Eu e o Universo ...
Leitura - leituras: quando ler (bem) é preciso
"[...]. Alguns leitores ao lerem estas frases (poesia citada) não compreenderam logo. Creio mesmo que é impossível compreender inteiramente à primeira leitura pensamentos assim esquematizados sem uma certa prática.”
(Mário de Andrade - Artista)
“Eu sou um escritor difícil
Que a muita gente enquizila,
Porém essa culpa é fácil
De se acabar duma vez:
É só tirar a cortina
Que entra luz nesta escurez.”
(Mário de Andrade - Lundu do escritor difícil)
No eterno criar e recriar da atividade verbal, a criatividade, a semanticidade, a intersubjetividade, a materialidade e a historicidade são propriedades essenciais da linguagem, indispensáveis a todos os atos de fala, sejam eles presentes, passados ou futuros.
Porém, é a atividade semântica que intermedeia a conexão dos seres humanos com o mundo dos objetos, estabelecendo a relação entre o Eu e o Universo, e, junto com a alteridade (relação do Eu com o Outro, de caráter interlocutivo), permite a identificação da linguagem como tal, pois a linguagem existe não apenas para significar, mas significar alguma coisa para o outro.
A semanticidade possibilita o indivíduo conceber e revelar as coisas pertencentes ao mundo do real e da imaginação. Logo, é ao mesmo tempo significação, modo de conceber, ou melhor, uma configuração linguística de conhecimento, uma organização verbal do pensamento, e designação ou referência, aplicação dos conceitos às coisas extralinguísticas. [...].
No processo de leitura do texto, para que o leitor se aproprie desse(s) sentido(s), é necessário que ele domine não apenas o código linguístico, mas também compartilhe bagagem cultural, vivências, experiências, valores, correlacione os conhecimentos construídos anteriormente (de gênero e de mundo, entre outros) com as novas informações expressas no texto; faça inferências e comparações; compreenda que o texto não é uma estrutura fechada, acabada, pronta; perceba as significações, as intencionalidades, os dialogismos, o não dito, os silêncios.
Em resumo, é fundamental que, por meio de uma série de contribuições, o interlocutor colabore para a construção do conhecimento. Assim, ler não significa traduzir um sentido já considerado pronto, mas interagir com o outro (o autor), aceitando, ou não, os propósitos do interlocutor.
(Profª Marina Cezar- Revista de Villegagnon. Ano IV. N° 4. 2009
- Texto adaptado)
Leia o fragmento:
“[...] a relação entre o Eu e o Universo [...]’’ (2°§)
Assinale a opção em que a palavra sublinhada foi formada pelo mesmo processo que a palavra destacada acima.
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Comentários
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eu não entendi, mas acertei. resolvi a questão por eliminação. letra A é uma palavra composta. a letra B e C são formadas por derivação prefixal. a alternativa D fiquei um pouco em dúvida, mas tinha certeza que era diferente do processo de formação da palavra "eu", então acabou sobrando a alternativa C, silêncio.
rumo à eear porra!
Gabarito C
Derivação imprória - Substantivo tornando-se interjeição.
Letra D
Derivação Regressiva - Resgatar / Resgate
Apenas para corrigi-lô, Bruno, B e E são prefixais.
A é composição por justaposição, D é derivação regressiva e C é o gabarito (derivação imprópria ou conversão), conforme explicitado pelo colega Rômulo.
Bons estudos! AVANTE
Como vcs conseguem resolver as questões que no enunciado diz que tem palavra sublinhada, mas não tem nada sublinhado?
A derivação imprópria ocorre quando determinada palavra, sem sofrer qualquer acréscimo ou supressão em sua forma, muda de classe gramatical
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