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Q526721 Enfermagem
Segundo Herlon (2008), a encefalopatia hepática é um indício de doença hepática avançada que possui como tratamento definitivo o transplante hepático, principalmente para pacientes refratários, sem fatores desencadeantes e sem resposta à terapia medicamentosa. O manejo da encefalopatia hepática envolve, no que diz respeito à redução da produção e absorção da amônia: limpeza de cólon em pacientes constipados,
Alternativas

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A alternativa correta é: D - lactulose e dieta com conteúdo normal de proteínas.

Vamos entender por que essa é a resposta certa e as razões pelas quais as outras não se aplicam adequadamente ao manejo da encefalopatia hepática.

Encefalopatia hepática é uma síndrome neurológica que pode ocorrer em pessoas com disfunção hepática, geralmente associada ao acúmulo de toxinas na corrente sanguínea, como a amônia. O tratamento visa reduzir a produção e absorção dessas toxinas.

**Alternativa D:** A lactulose é um dissacarídeo sintético usado para tratar a encefalopatia hepática. Ela atua reduzindo a absorção de amônia no cólon, ao acidificar o conteúdo intestinal e converter a amônia em amônio, que não é reabsorvido. A dieta com conteúdo normal de proteínas é importante para manter o estado nutricional do paciente, uma vez que a restrição proteica severa pode levar à desnutrição, o que piora o prognóstico.

**Alternativa A:** A antibioticoterapia com tetraciclinas não é a primeira escolha no manejo da encefalopatia hepática. Além disso, a redução drástica da ingestão protéica pode ser prejudicial ao estado nutricional do paciente.

**Alternativa B:** Assim como na alternativa anterior, o uso de tetraciclinas não é recomendado. Além disso, o tamarine não tem evidências suficientes de eficácia em reduzir a amônia em casos de encefalopatia hepática.

**Alternativa C:** O uso de acetazolamida, um diurético, não é pertinente no tratamento da encefalopatia hepática. A redução do conteúdo proteico na dieta não é recomendada a menos que haja sinais claros de que a proteína está contribuindo significativamente para a encefalopatia.

**Alternativa E:** Embora a antibioticoterapia com metronidazol possa ser utilizada em alguns casos, a redução protéica não é indicada em pacientes que não apresentam melhora significativa dos sintomas, pois pode levar à desnutrição.

Ao entender o papel da lactulose no manejo da encefalopatia hepática, fica claro porque a alternativa D é a mais adequada. A lactulose, em combinação com uma dieta equilibrada, ajuda a controlar os níveis de amônia sem comprometer o estado nutricional do paciente.

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Comentários

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  • Administra-se lactulose para reduzir os níveis séricos de amônia.
  • Outras estratégias de manejo incluem: administração via intravenosa de glicose para reduzir a degradação das proteínas;
  • Antibióticos também podem ser acrescentados ao esquema de tratamento. Neomicina, metronidazol e rifaximina têm sido utilizados 
  • O aporte de proteína é moderadamente restrito apenas para clientes que estão comatosos ou que apresentam encefalopatia refratária à lactulose e antibioticoterapia. 

Brunner 13ªed. cap 49.

Porquê usar lactulose na encefalopatia hepática?

Lactulose tem uso restrito em encefalopatia hepática. É um dissacarídeo semissintético que não é absorvido no trato gastrintestinal. Produz diarreia osmótica de baixo pH fecal e inibe a proliferação de organismos produtores de amônia. A queda do pH fecal induzida por lactulose retém amônia na luz intestinal.

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