Questões Militares Comentadas por alunos sobre morfologia em português

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Q724199 Português

Histórias das três batalhas de Rosario


    Nos livros de história, há duas batalhas de Rosario. A de 18 de junho de 1978 é a segunda. Essa de hoje [05.09.2009], pelo visto, corre o risco de ser a terceira. Espera-se que nesta, pela primeira vez, os brasileiros ganhem.

    Na primeira, batalha de verdade, com canhão e cavalaria, ocorrida no século 19, os republicanos da aliança argentino-uruguaia levaram a melhor sobre as tropas imperiais brasileiras. Não foi uma vitória acachapante, mas os “castelhanos” ficaram com o terreno.

    Ganharam e ainda se apropriaram da partitura de uma marcha, que tocam sempre que um presidente brasileiro vai a Buenos Aires.

    Essa primeira batalha aconteceu em 1827. Morreram cerca de 400 pessoas – e o nome da batalha na verdade era “Passo do Rosario”, ou ainda “de Ituzaingó”, e aconteceu no Rio Grande do Sul, um pouco distante do Pampa argentino.

    Na segunda, não morreu ninguém, que se saiba (ao menos não em campo). Nos dois países, estava-se em uma ditadura, mas, como o jogo era em Rosario, os ditadores de lá estavam mais perto do evento em si.

    Batalha horrível, diga-se. Joguinho feio, que acabou em empate. A Argentina, nem invicta era. Perdera da Itália na fase inicial. Se perdesse do Brasil, provavelmente ficaria fora da final. Provavelmente, não, ficaria. Note-se: o Brasil, com Maracanazo e tudo, era tri; a Argentina nunca vencera nada.

    O jogo, a batalha, acabou no 0 a 0. Os argentinos tinham um jogador, Luque, que deveria ter sido preso. Bateu o jogo inteiro, abaixo da linha da cintura. Bateu no primeiro lance, um pontapé em Batista ouvido no planeta. O árbitro, um húngaro de nome Palotay e lisura sem par, não viu nada demais, já que de modo geral saía pouco sangue.

    Para compensar a classe alviceleste, o Brasil colocou em campo o ínclito meio-campista Chicão, conhecido pela sua técnica admirável. Na base da pancada mútua, o jogo acabou parelho, com Roberto Dinamite perdendo um gol no finzinho.

    Empate na batalha, faltava um jogo pra cada lado.

    O Brasil pegou a Polônia e, aos trancos e barrancos, enfiou 3 a 0. A Argentina precisava ganhar de quatro do Peru.

    A alegria brasileira durou algumas horas. À noite, os comandados de Menotti, o técnico argentino, surraram os peruanos (cujo goleiro era... argentino naturalizado peruano, coitado). O jogo foi 6 a 0. Finalistas e campeões.

    Parte da torcida no Brasil ficou até feliz, assim a ditadura não poderia usar a Copa a seu favor. Já a ditadura deles, usou. Sem nenhum pudor.

(Folha de S.Paulo, 05.09.2009. Adaptado)

Leia a frase: Os brasileiros, __________ efeito da vitória de 3 a 0 _________ a Polônia, ficaram felizes por algumas horas.
Com base no sentido do texto, as preposições que completam, correta e respectivamente, os espaços da frase são:
Alternativas
Q724193 Português

Histórias das três batalhas de Rosario


    Nos livros de história, há duas batalhas de Rosario. A de 18 de junho de 1978 é a segunda. Essa de hoje [05.09.2009], pelo visto, corre o risco de ser a terceira. Espera-se que nesta, pela primeira vez, os brasileiros ganhem.

    Na primeira, batalha de verdade, com canhão e cavalaria, ocorrida no século 19, os republicanos da aliança argentino-uruguaia levaram a melhor sobre as tropas imperiais brasileiras. Não foi uma vitória acachapante, mas os “castelhanos” ficaram com o terreno.

    Ganharam e ainda se apropriaram da partitura de uma marcha, que tocam sempre que um presidente brasileiro vai a Buenos Aires.

    Essa primeira batalha aconteceu em 1827. Morreram cerca de 400 pessoas – e o nome da batalha na verdade era “Passo do Rosario”, ou ainda “de Ituzaingó”, e aconteceu no Rio Grande do Sul, um pouco distante do Pampa argentino.

    Na segunda, não morreu ninguém, que se saiba (ao menos não em campo). Nos dois países, estava-se em uma ditadura, mas, como o jogo era em Rosario, os ditadores de lá estavam mais perto do evento em si.

    Batalha horrível, diga-se. Joguinho feio, que acabou em empate. A Argentina, nem invicta era. Perdera da Itália na fase inicial. Se perdesse do Brasil, provavelmente ficaria fora da final. Provavelmente, não, ficaria. Note-se: o Brasil, com Maracanazo e tudo, era tri; a Argentina nunca vencera nada.

    O jogo, a batalha, acabou no 0 a 0. Os argentinos tinham um jogador, Luque, que deveria ter sido preso. Bateu o jogo inteiro, abaixo da linha da cintura. Bateu no primeiro lance, um pontapé em Batista ouvido no planeta. O árbitro, um húngaro de nome Palotay e lisura sem par, não viu nada demais, já que de modo geral saía pouco sangue.

    Para compensar a classe alviceleste, o Brasil colocou em campo o ínclito meio-campista Chicão, conhecido pela sua técnica admirável. Na base da pancada mútua, o jogo acabou parelho, com Roberto Dinamite perdendo um gol no finzinho.

    Empate na batalha, faltava um jogo pra cada lado.

    O Brasil pegou a Polônia e, aos trancos e barrancos, enfiou 3 a 0. A Argentina precisava ganhar de quatro do Peru.

    A alegria brasileira durou algumas horas. À noite, os comandados de Menotti, o técnico argentino, surraram os peruanos (cujo goleiro era... argentino naturalizado peruano, coitado). O jogo foi 6 a 0. Finalistas e campeões.

    Parte da torcida no Brasil ficou até feliz, assim a ditadura não poderia usar a Copa a seu favor. Já a ditadura deles, usou. Sem nenhum pudor.

(Folha de S.Paulo, 05.09.2009. Adaptado)

Na frase – Sem nenhum pudor. – o substantivo pudor significa
Alternativas
Q718386 Português

A casa das ilusões perdidas  


            Quando ela anunciou que estava grávida, a primeira reação dele foi de desagrado, logo seguida de franca irritação. Que coisa, disse, você não podia tomar cuidado, engravidar logo agora que estou desempregado, numa pior, você não tem cabeça mesmo, não sei o que vi em você, já deveria ter trocado de mulher havia muito tempo. Ela, naturalmente, chorou, chorou muito. Disse que ele tinha razão, que aquilo fora uma irresponsabilidade, mas mesmo assim queria ter o filho. Sempre sonhara com isso, com a maternidade – e agora que o sonho estava prestes a se realizar, não deixaria que ele se desfizesse. 

            – Por favor, suplicou. – Eu faço tudo que você quiser, eu dou um jeito de arranjar trabalho, eu sustento o nenê, mas, por favor, me deixe ser mãe.

            Ele disse que ia pensar. Ao fim de três dias daria a resposta. E sumiu.

           Voltou, não ao cabo de três dias, mas de três meses. Àquela altura ela já estava com uma barriga avançada que tornava impossível o aborto; ao vê-lo, esqueceu a desconsideração, esqueceu tudo – estava certa de que ele vinha com a mensagem que tanto esperava, você pode ter o nenê, eu ajudo você a criá-lo.

          Estava errada. Ele vinha, sim, dizer-lhe que podia dar à luz a criança; mas não para ficar com ela. Já tinha feito o negócio: trocariam o recém-nascido por uma casa. A casa que não tinham e que agora seria o lar deles, o lar onde – agora ele prometia – ficariam para sempre.

           Ela ficou desesperada. De novo caiu em prantos, de novo implorou. Ele se mostrou irredutível. E ela, como sempre, cedeu.

           Entregue a criança, foram visitar a casa. Era uma modesta construção num bairro popular. Mas era o lar prometido e ela ficou extasiada. Ali mesmo, contudo, fez uma declaração.

          – Nós vamos encher esta casa de crianças. Quatro ou cinco, no mínimo.

         Ele não disse nada, mas ficou pensando. Quatro ou cinco casas, aquilo era um bom começo.


                                                                                                             Moacyr Scliar. Folha de S.Paulo, 14/06/99.  

Para responder à questão 2, leia a oração abaixo e considere como classes de palavras: substantivo, adjetivo, artigo, pronome, numeral, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição.

“Eu faço tudo que você quiser [...]”

Assinale a alternativa cujo vocábulo destacado pertence à mesma classe de palavra de “tudo”, na oração acima.

Alternativas
Q718063 Português
Assinale a alternativa em que a relação expressa pela preposição está incorreta:
Alternativas
Q718062 Português
Identifique a alternativa em todos os substantivos nela contidos apresentem a mesma forma no singular e no plural.
Alternativas
Respostas
721: B
722: B
723: D
724: B
725: D