Questões Militares

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Q1874194 Português
Instrução: Leia atentamente o texto a seguir para responder à questão.


A etiqueta digital
Regras para você não se tornar um inconveniente no celular

Falta de educação no celular e nas redes sociais é o que não falta. Novos tempos exigem novas regras. Eis algumas, mas não todas. Tornou-se importante aprender a não ser invasivo, chato ou simplesmente mal-educado.
[...]
KKKKKKKKKK – E quem responde tudo com “KKKKKKK”? É uma risada ou um relincho? A conversa não avança. “Como você está?” Resposta: “De quarentena KKKKKKK”. E por aí vai. Um kkk de leve, tudo bem. Mas o excesso é ridículo.
Fim de papo – Tem gente que não quer terminar a conversa. Eu trabalho de noite, todo mundo sabe. Se vem mensagem, me despeço rapidinho. “Tudo bem então, bjs”. A pessoa continua como se não tivesse lido. Eu me despeço de novo: “Ótimo, bjão”. Imediatamente desaba sobre mim uma conversa do tipo: “Estou triste hoje”. É o momento de iniciar confidência? Antes, eu me preocupava. “Está triste? O que houve?”... Hoje sou rápido: “Espero que fique bem. Bjs”. E desligo.
Vácuo – Horrendo é deixar o interlocutor no vácuo. Alguém me diz que vai viajar no fim de semana. “Para onde?” A pessoa some. Dali a três, quatro dias, reaparece. “Tudo bem?” Não se fala mais na conversa anterior. É péssimo.
Incluir alguém em um grupo sem perguntar – Abro meu celular. Há cinquenta mensagens de um grupo que não conheço. Piadas, papos... Alguém me botou na roda! Saio imediatamente. Mas meu número particular já se espalhou por não sei quantas pessoas. É muito deselegante. Antes de incluir alguém, pergunte se a pessoa concorda!
Pedir curtidas – Não tem coisa mais brega do que mendigar curtidas. Muitas vezes, se elogio um post, no direct, por amizade, vem o pedido: “Curte lá”. Se não curto, a pessoa fica ofendidíssima! Inacreditável. Curtida virou prova de amizade?

A deselegância impera. Tudo o que a pessoa não faz na vida real, apronta na internet. Por exemplo, mandar um nude sem que seja pedido. Nude está tão facinho! Diz aí: quando é apresentado a alguém, você tira a roupa imediatamente?

(CARRASCO, W. In: Revista Veja, edição de 8 de julho de 2020.)
A palavra composta mal-educado (linhas 2 e 3) é grafada com hífen, pois as palavras compostas com bem e mal devem ser escritas com hífen quando a segunda palavra começa por vogal ou h. Assinale a alternativa que apresenta exemplos da regra: O hífen não deverá ser usado quando a segunda palavra começar com uma letra diferente da última letra do prefixo. 
Alternativas
Q1872889 Português
Conforme a regra ortográfica apresentada no primeiro quadrinho, deverão ser escritos sem acento gráfico os vocábulos 
Alternativas
Q1872888 Português

No terceiro quadrinho, a personagem menciona duas noções gramaticais: “ditongo” e “paroxítona”.

O vocábulo que exemplifica essas duas noções é 

Alternativas
Ano: 2021 Banca: Marinha Órgão: EAM Prova: Marinha - 2021 - EAM - Marinheiro |
Q1870282 Português
Assinale a opção em que todas as palavras destacadas estão corretas quanto ao emprego do “s”. 
Alternativas
Ano: 2021 Banca: Marinha Órgão: EAM Prova: Marinha - 2021 - EAM - Marinheiro |
Q1870275 Português

Texto 1

Eu sei, mas não devia

        Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

        A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

        A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

        A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

         Agente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando - precisava tanto ser visto.

        A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

        A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. À ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, tançado na infindável catarata dos produtos.

        A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

        A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

        A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.

COLASANTI, M. Eu sei, mas não devia. Jornal do Brasil, 1972.

Em “A comer sanduíche porque não dá para almoçar.” (3º §), a palavra destacada segue a mesma regra de acentuação da opção:  
Alternativas
Respostas
91: E
92: C
93: E
94: D
95: C